Cyberbullying: como proteger as crianças e os adolescentes
29 de enero de 2024 | Cá, entre nós Destaque
O Governo Federal aprovou, no início de janeiro, uma lei que inclui os crimes de bullying e cyberbullying no Código Penal. Com as mudanças, há agora uma penalidade, podendo chegar até em reclusão, para aqueles que cometerem os crimes pela internet.
Segundo a definição dada pela lei sancionada, o bullying pode ser caracterizado como "intimidar sistematicamente, individualmente ou em grupo, mediante violência física ou psicológica, uma ou mais pessoas, de modo intencional e repetitivo, sem motivação evidente, por meio de ações verbais, morais [...], sociais, psicológicas, físicas, materiais ou virtuais".
Já o cyberbullying pode ser definido como qualquer violência direcionada, feito por um indivíduo ou grupo, com o intuito de intimidar alguém via internet. Disparo de imagens comprometedoras, piadas em grupos de mensagens e outros podem se enquadrar. Já as consequências psicológicas causadas por tais ações podem variar, passando por estresse, ansiedade, distúrbios de imagem e até a depressão.
Monitoramento
Não é fácil identificar uma vítima de cyberbullying, porém, existem alguns padrões de comportamento que se manifestam mais comumente dentre pessoas que sofrem este tipo de violência. Queda do rendimento escolar, diminuição ou aumento excessivo do apetite, isolamento social, baixa autoestima e outras atitudes incomuns podem ser alguns sinais.
Já para o reconhecimento de perpetuadores, a questão pode ser mais delicada. Mudanças de hábitos como a demonstração de comportamentos agressivos, uso de palavras inadequadas e intolerância, em geral, são indícios comuns.
O monitoramento das redes sociais e aparelhos eletrônicos pelos pais é uma ferramenta fundamental durante a formação dos jovens. Embora seja importante respeitar a privacidade das crianças, acompanhar seus posts e interações entre os amigos é de extrema importância, principalmente para aqueles com filhos mais jovens.
Como ajudar?
Embora seja um tópico presente em diversos ambientes escolares, o assunto ainda pode ser delicado quando tratado dentro de casa. Não é incomum que crianças e adolescentes escondam de seus responsáveis o que acontece na escola.
Para evitar que crianças e adolescentes sofram com o cyberbullying, é importante educá-los por meio de medidas corretivas ao longo do período de formação escolar. É interessante, por exemplo, utilizar de mecanismos para propiciar um ambiente saudável e seguro tanto na sala de aula quanto dentro de casa, para acolher e compreender qualquer dificuldade que os jovens estejam passando.
Independentemente de ter sido vítima ou perpetuador do cyberbullying, o acompanhamento psicológico é uma peça essencial para o tratamento do jovem afetado. Com o acolhimento de profissionais, a discussão do tema é o primeiro passo para o tratamento da saúde psicológica infantil.
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