29.10.2019 - EM Atualidades

Coordenação

"Oceanógrafo explica principais linhas de pesquisa da disciplina"

Os alunos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) puderam ter um maior contato com a Oceanografia, disciplina que estuda mares, oceanos e zonas costeiras, durante a aula, realizada nesta terça-feira, 29 de outubro, no campus Higienópolis, com o pesquisador brasileiro Rafael Gonçalves Araújo, que atua na Universidade Técnica da Dinamarca. 

O oceanógrafo narrou, via Skype, para os estudantes mackenzistas, a sua atuação em expedições para a Antártica e também no círculo ártico. Atualmente, Araújo lidera uma pesquisa que monitora os níveis de salinidade e gás carbônico nestas regiões. Tal estudo pode levar ao melhor entendimento das mudanças climáticas no mundo. “Se você tem diminuição da salinidade, reduz também a circulação dos oceanos e isso influencia na forma como o clima se comporta”, disse o pesquisador.

Ele defendeu a Oceanografia como um estudo multidisciplinar, pois seria dividida em áreas diversas: física, química, geográfica, biológica, e social. Cada uma analisa a relação dos mares e oceanos com aspectos específicos. Por exemplo, a Oceanografia Física estuda a formação das ondas e a circulação das correntes marítimas, enquanto a vertente social busca entender a relação de comunidades costeiras com ecossistemas marítimos. 

A professora do Centro de Ciências Biológicas e Saúde (CCBS) da UPM, Paola Lupinhaes, afirmou que mesmo não tendo um curso específico em Oceanografia na Universidade, estudar a disciplina é importante para se analisar outros aspectos importantes. “Faz a gente pensar em impacto antrópico, ecologia e a própria educação, e em quanto é importante termos essas informações para repassar para futuros alunos”. Na UPM, existe uma disciplina específica de Oceanografia. 

Além de mostrar uma outra possibilidade de atuação para os futuros biólogos, Paola explicou que ter contato com estudos específicos das regiões árticas é também importante. “É um ambiente super controlado, porque tem pouco impacto humano. Faz a gente pensar desde mudanças climáticas, defesa de território, estoque de carbono. É fundamental”, declarou.