Nobel em detalhe: Química
01 de novembro de 2024 | Pesquisa e Inovação Universidade Destaque
O Prêmio Nobel de Química de 2024 foi concedido a três pesquisadores que conseguiram mapear estruturas de proteínas utilizando Inteligência Artificial. Os norte-americanos David Baker e John M. Jumper, e o britânico Demis Hassabis, foram premiados por suas descobertas ao decifrar os segredos da estrutura que compõe a base da vida no planeta.
“O Nobel de Química de 2024 é sobre proteínas, ferramentas químicas engenhosas da vida. Essas descobertas têm um enorme potencial”, classificou a premiação.
David Baker foi laureado por sua pesquisa que possibilitou a criação de novas proteínas, por meio do design computacional, que cria macromoléculas pela manipulação de aminoácidos. Segundo o Nobel, ele “conquistou o feito quase impossível de criar completamente novos tipos de proteínas”.
Já Demis Hassabis e John Jumper desenvolveram um modelo de IA que revolucionou a forma como a ciência entende a formação proteica, em uma pesquisa que permitiu o mapeamento de praticamente todas as fórmulas de proteínas identificadas no planeta. O Nobel destacou que os cientistas projetaram uma tecnologia para “resolver um problema de 50 anos: prever estruturas complexas de proteínas”.
De acordo com o professor de Química da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Thiago da Cruz Canevari, o mapeamento da estrutura da proteína é um processo para entender como aminoácidos - por exemplo a timina, adenina, citosina, guanina, que formam a estrutura do DNA - se configuram e se constituem em moléculas maiores, que formarão substâncias constituintes de células, tecidos e tudo o que compõe o corpo humano.
Para o professor, esse mapeamento usa a espectrometria de massa para identificar a conformação das proteínas e tem o potencial de ajudar a entender melhor o corpo humano e a entender como determinadas doenças afetam os organismos, contribuindo ainda para a criação de novos medicamentos que ajudarão no tratamento dessas doenças.
“Isso é muito importante basicamente para você entender o funcionamento do corpo, ter noção de algumas enfermidades que hoje em dia não tem muita solução e, a partir disso, você consegue resolver muitos desses problemas que enfrentamos”, diz Canevari.
Ainda segundo o professor, a Inteligência Artificial é bastante importante principalmente nos cálculos, na coleta de amostras e na identificação das proteínas. Para o docente, a IA tem o potencial de revolucionar todas as pesquisas. “A IA vai facilitar a identificação e o tratamento de enfermidades, o surgimento de novos equipamentos e a precisão de algumas das operações que, hoje em dia, o ser humano ainda falha”, menciona.
Em 2024, além do prêmio de Química, o Nobel de Física também premiou pesquisas relacionadas à Inteligência Artificial ao condecorar dois cientistas que usaram cálculos físicos que permitiram o aprendizado de máquina e os processos de funcionamento de uma IA.
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