Universidade Presbiteriana Mackenzie contra pandemia de covid-19
17 de novembro de 2020 | Especial Covid-19 Covid-19 Atualidades Universidade Campus Alphaville Campus Campinas Campus Higienópolis Destaque
A pandemia de covid-19 promoveu uma série de mudanças no cotidiano de todos. Em meio a essas transformações, a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), por meio de sua Coordenadoria de Fomento à Pesquisa (CFP), colocou em movimento diversas ações e estudos a respeito do coronavírus e os reflexos da pandemia na vida humana. Com medidas práticas - como a criação de respiradores e montagem de máscaras - ou com pesquisas importantes - a exemplo dos estudos sobre o impacto da doença sobre a literatura e criações no período -, estas ações se tornaram cada vez mais comuns na rotina da UPM e, hoje, fazem parte da realidade.
Separamos algumas das principais ações desenvolvidas pela Universidade desde o início do período pandêmico e os trabalhos realizados por cada unidade acadêmica, numa verdadeira força-tarefa para combater o vírus e suas consequências e ajudar a comunidade em diversas frentes. Confira:
Respiradores, Máscaras e Testes
A Escola de Engenharia (EE) aproveitou a estrutura e equipamentos de seus laboratórios para desenvolver projetos que criaram mecanismos que auxiliam no tratamento e na prevenção da covid-19. O Mack-Shield, por exemplo, liderado pelo professor André Luís Heleno, produziu protetores faciais que foram doados para diversos hospitais. E o Mack Breathe, comandado pelos professores Antonio Newton Licciardi Jr. e Gustavo Rocha da Silva, se ocupou de pesquisar a montagem de respiradores de baixo custo. Além destes, há também um projeto com grafeno para o desenvolvimento de um imunossensor eletroquímico que auxilia no diagnóstico rápido da doença, visto que a testagem em massa é um dos protocolos mais importantes para o controle da disseminação da doença. Este último projeto é liderado pelo professor Dunieskys Roberto González Larrudé.
O "Projeto Ensinano", idealizado pelo professor Delmárcio Gomes da Silva, também é outra frente de trabalho que busca criar um espaço de ensino complementar a alunos e professores de escola públicas, numa plataforma que reúne diversos cientistas e profissionais para compartilhar seus conhecimentos de forma didática para levar informação e conhecimento de qualidade com temas que estimulam a aprendizagem, a interdisciplinaridade e o intercâmbio de informações e conhecimento sobre nanotecnologia e inteligência artificial.
Já a frente de trabalho conduzida pelo professor Paulo Bernal realiza estudos sobre estratégias de boa comunicação e prevenção de notícias falsas (fake news) da covid-19 e outras síndromes respiratórias agudas graves para a população, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de revisões sistemáticas, sínteses de evidências ou estudos qualitativos, incluindo abordagens para avaliação do medo, estigma, ansiedade e rumores relacionados ao tema.
Há também o estudo e verificação da relação entre “gig economy” (ou uberização) e inovação social em contexto de pandemia e pós-pandemia. Neste trabalho, liderado pelos professores Roxana Maria Martinez Orrego e José Tadeu Coutinho, o primeiro passo foi, com a participação de alunos, o desenvolvimento emergencial de um canal de comunicação virtual com a finalidade de informar sobre a pandemia à comunidade de trabalhadores em condições precárias (entregadores, profissionais de limpeza em serviços diversos, serviços de transporte mediados por aplicativos, dentre outros), de modo a contribuir com a sua segurança, de suas famílias e das regiões onde moram. O Canal do MackSolidariedade no YouTube traz profissionais da saúde e outras áreas, convidados a oferecer esclarecimentos, dicas de comportamento e atitudes preventivas - tudo em uma linguagem direta e de fácil acesso.
Com a pandemia, a internet se tornou uma protagonista ainda mais presente em nossas vidas, gerando impactos sobre o lazer, trabalho e estudos das pessoas. A Faculdade de Computação e Informática (FCI) da UPM se ocupa de alguns estudos relacionados ao uso da internet. Um deles, organizado pela professora Daniela Vieira Cunha, procurou criar uma fórmula e um aplicativo que fosse capaz de medir a quantidade de pessoas presentes em um determinado local, por meio do acesso à internet, como uma forma de se evitar aglomerações. Já a pesquisa feita pela docente Cibelle Albuquerque de La Higuera Amato, faz um levantamento sobre percepção de professores quanto à relação de aprendizagem estabelecida com os sistemas de ensino on-line.
Outro estudo, feito pelo professor Leandro Nunes Castro, investigou, por meio de Inteligência Artificial, problemas de comunicação e transmissão de Fake News. Já o professor Arnaldo Valim Filho orientou dois projetos de iniciação científica: um realiza uma comparação entre modelos de análise e previsão aplicados à curva de casos e mortes por covid-19; enquanto outro desenvolve um processo de agrupamento de regiões geográficas com comportamento semelhante em termos de variáveis socioeconômicas, que podem ser correlacionadas a níveis semelhantes de contágio da covid-19.
Usando a tecnologia de GPU (Unidade de Processamento Gráfico, em inglês), projeto do professor Luciano Silva procura analisar a estrutura do genoma do coronavírus que circula pelo Brasil. E o professor Orlando Bisacch desenvolveu um projeto para fosse construído um agregador de notícias que tratassem sobre a covid-19, como forma de facilitar o processo de informação da população.
A Faculdade de Direito (FDir) direcionou parte de seus estudos para avaliar os impactos da pandemia sobre a prática docente, identificando as dificuldades nas ferramentas educacionais digitais. Este estudo é coordenado pelos professores Washington Carlos de Almeida e José do Carmo Veiga de Oliveira.
Em um outra linha de frente, o professor Diogo Rais coordena um grupo de docentes que analisa o impacto da desinformação sobre grupos etários diferentes, principalmente em idosos, crianças e adolescentes. A pesquisa identificou as principais Fake News que circulam entre pessoas dessas faixas etárias, mapeou projetos de leis que tratavam sobre a desinformação e procurou desenvolver estratégias educativas para combater esse problema.
O Centro de Comunicação e Letras (CCL) da UPM reuniu um grupo de professores, das diferentes de linhas de pesquisa, em torno de um objetivo central: identificar e compreender as estratégias e formas inovadoras de comunicação, em diferentes meios e sistemas, que demonstram práticas voltadas ao benefício comum que possam orientar ações de comunicações nas diversas esferas sociais.
Os estudos desenvolvidos giraram em torno de temas bastante específicos: as representações ficcionais da pandemia na literatura, com um levantamento sobre como os contos e romances passaram a tratar a doença, desenvolvido pelo professor Cristhiano Aguiar Motta; o comportamento de marcas, principalmente quanto às ações de comunicação de corporações, realizado pelo docente Gustavo Lassala; comportamento do consumo durante o período pandêmico, que sofreu diversas mudanças, conforme a pesquisa de Francisco Mitraud.
Além disso, o professor Roberto Gondo realizou uma pesquisa que analisou a forma como a comunicação pública e governamental se comportou durante a pandemia. Em outra linha de frente, o docente João Batista Cardoso e a mestranda Lidiane Rodrigues estudaram o uso de narrativas gráficas (cartuns, animações e quadrinhos) como forma de informação e conscientização.
Por fim, Cardoso e a professora Fenanda Nardy Bellicieri organizaram o site Vivendo nas Janelas, que reuniu a produção de alunos e professores, em vídeo, fotos, podcasts e ilustrações, sobre a experiências na área da Comunicação que possuem um impacto positivo na sociedade, no contexto da pandemia.
O Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) procurou estudar os diversos impactos da doença sobre a saúde física e mental dos brasileiros. Um dos estudos, coordenado pelo professor Antônio Maspoli de Araujo Gomes, analisou as consequências da perda de familiares pelo coronavírus, abordando ainda a forma como profissionais da área passaram a lidar com a morte de seus pacientes pela enfermidade. Uma outra pesquisa, sob a tutela das professoras Camila Sacchelli e Mirian Oliveira Ribeiro, procura identificar possíveis reservas de coronavírus e analisar potencial de transmissão por pets e bichos de estimação.
Já o estudo feito pela professora Juliana Masami Morimoto, teve como foco o hábito alimentar dos brasileiros durante a pandemia, abordando a relação entre mudanças no comportamento alimentar com alterações em hábitos de saúde. Também foi publicado um artigo, realizado pelo docente Paulo Boggio, sobre o impacto do distanciamento social sobre as relações humanas, com orientações para a população lidar com isolamento.
A unidade também realizou, sob a coordenação do professor Eder de Carvalho Pincinato, a produção de álcool em gel, que foi doado para a Prefeitura de São Paulo e usado nos campi da UPM.
Percepção do Ensino a distância
Um importante estudo feito durante o período pandêmico foi conduzido pelo Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT) da Universidade sobre a percepção dos alunos quanto ao processo de aprendizagem on-line. Os resultados demonstraram que 54% dos estudantes não tinham qualquer contato com o ensino a distância e precisaram passar por um processo de adaptação. O projeto foi coordenado pelas professoras e pesquisadoras Marili Moreira Vieira, Ana Lúcia Lopes, com a pesquisadora Suzana Mesquita Barbosa.
A unidade também foi responsável pelo projeto que criou um banco de alimento para famílias cadastradas com perda do sustento alimentar em função da pandemia covid-19. O projeto ficou a cargo do professor Lindberg Morais.
Preocupada em analisar a maneira como o distanciamento social poderia impactar o aproveitamento do espaço urbano, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) desenvolveu um projeto, coordenado pelo professor Fernando Mello Franco, para estudar as estratégias e adaptações quanto ao uso do espaço em locais vulneráveis. Um outro estudo, organizado pelo docente Carlos Andrés H. Arriagada, procurou investigar cenários de disseminação do coronavírus em territórios vulneráveis.
Além disso, a unidade realizou a Campanha Costurando Solidariedade, encabeçada pelo professor Ivo Pons, que criou um fundo de emergência para empreendedores sociais passarem pelo período de isolamento. Cerca de 35 grupos e 140 pessoas foram apoiadas pelo projeto. Outra iniciativa solidária foi o #FauDesignAcolhe, uma campanha para arrecadação de alimentos, materiais de proteção e de higiene para população necessitada.
E os trabalhos da força-tarefa da Universidade Presbiteriana Mackenzie seguem intensos. Fiquem atentos para saber mais!
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