Retranca: Excelência
Título: Hospital Mackenzie torna-se referência em transplantes de rim e fígado
Título: Hospital Mackenzie torna-se referência em transplantes de rim e fígado

Em menos de três anos, a Instituição já realizou mais de 100 transplantes hepáticos.

Fotos: NTAI/Mackenzie

A espera por um transplante, em geral, é um processo aflitivo e desgastante para o paciente e para a família. Sensibilizada por essa realidade, a direção do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), em Curitiba (PR) — um centro de referências em transplantes renais —, começou a realizar também transplantes de fígado em novembro de 2020, colecionando muitas histórias com final feliz. Em maio, a Instituição atingiu a marca de 100 transplantes de fígado em menos de três anos, o que só foi possível pelo suporte oferecido pela coordenação do hospital e pelo empenho de toda a equipe em um trabalho de excelência.

“Hoje já somos um dos três centros que mais realizam transplantes no estado do Paraná”, diz um dos coordenadores do serviço de transplante hepático, o cirurgião Igor Peixoto. De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), dos 158 procedimentos de fígado realizados em Curitiba em 2022, 45 (ou 28%) aconteceram no HUEM. Além disso, 18% dos transplantes de rim efetuados em Curitiba, em 2022, foram em pacientes da Instituição. “Os números são uma consequência natural do esforço de toda uma equipe que ‘abraçou a causa’ do transplante e faz a diferença na vida das pessoas”, acrescenta o médico.

O primeiro transplantado hepático do HUEM, Leonardo Ogrodovicz, 56 anos, é muito grato pela vida normal que desfruta há mais de dois anos. “Foram praticamente três meses internado quando descobri a necessidade do transplante. Eu ficava em casa apenas alguns dias e já tinha de voltar ao hospital. Agora posso viver plenamente e curtir meus netos, que tanto amo”, celebra ele.

Leonardo Ogrodovicz

Os pacientes que a Instituição recebe são provenientes de uma lista de transplantes única de todo o estado, que contempla tanto os oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto dos convênios. Segundo o médico, “a maioria dos casos são pacientes com hemorragia digestiva; o hospital já é conhecido na cidade como um centro de referências nessa especialidade”.

Foi o caso do aposentado José Carlos Pereira, 64 anos, que passou pelo transplante hepático em abril, depois de aguardar dois anos na fila pelo órgão. Ele tinha uma cirrose secundária, depósito de gordura no fígado e apresentou um sangramento que o levou às pressas ao hospital. Hoje, ele celebra a vida normal que pôde retomar após a cirurgia. “Estou me sentindo superbem, não tive nenhum intercorrência, graças a Deus. Ainda estou de repouso, mas já estou fazendo planos para viajar, visitar meus parentes e ir para o sítio, de que eu gosto muito”, comemora.

José Carlos Pereira

UTI exclusiva

Todas as etapas do transplante são monitoradas com proficiência pela equipe do hospital; contudo, sobretudo para acompanhar a etapa crítica do pós-transplante, o HUEM implantou uma UTI exclusiva com catorze leitos para os pacientes que recebem um novo órgão. “Temos pessoal treinado para esse manejo, desde os médicos, os fisioterapeutas, o corpo de enfermagem, o que é essencial para o transplantado”, comenta Peixoto.

As famílias também são parte essencial para que os órgãos cheguem aos receptores, afinal, são elas quem autorizam a doação. Um levantamento nacional da ABTO apontou que, em 2022, mais de 45% das famílias consultadas não concordaram com a doação. “É uma decisão muito delicada, pois acontece no momento em que as famílias estão perdendo alguém”, reconhece o médico. Felizmente, o contingente de 55% de famílias que optam pela doação permite que os 59 mil pacientes na fila em todo o Brasil possam ter a esperança de sobrevida, assim como aconteceu com os pacientes José Carlos Pereira e Leonardo Ogrodovicz.

O coordenador faz questão de frisar que os excelentes resultados obtidos pelo HUEM são fruto do empenho de todos os envolvidos. “Ninguém é mais importante que ninguém”, afirma. A equipe é formada por: Igor Peixoto e Nertan Luiz Tefilli, coordenadores; Guilherme Furlan, cirurgião; Caue Azevedo e Ane Batista, intensivistas; Alysson Bernini, hepatologista; Susanne Edinger, infectologista; Alekxandra Santana, Jocemara Pontes e Silvia Cruz, enfermeiras, além dos profissionais de Psicologia, Serviço Social, Nutrição e Fisioterapia.

A partir da esquerda, Dr. Nertan Luiz Tefilli, Silvia Cruz, Dr. Igor Peixoto e Alekxandra Santana

É esta equipe que tem encantado os pacientes, proporcionando um acolhimento integral. “Nos mais de dez dias que fiquei internado e até hoje quando volto para realizar os exames, recebo um atendimento ótimo, nota dez”, diz Pereira. Ogrodovicz também reconhece que os profissionais foram de fundamental importância para convencê-lo a fazer o transplante. “Eu tinha muito medo, não sabia o que ia acontecer. Mas eles me explicaram tudo, principalmente o Dr. Igor e sua equipe, e foi tudo maravilhoso”, diz o paciente emocionado.

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