Com o objetivo de lançar luz à pesquisa científica desenvolvida na Universidade Presbiteriana Mackenzie, o Na Lupa! é um novo quadro de divulgação científica mackenzista. Com tradição em inovar e empreender, a pesquisa é uma das preocupações da UPM, o que coloca a instituição como uma referência no fazer científico.

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O uso de estruturas de bambu na construção civil

A utilização de materiais sustentáveis e que promovam a redução de impactos ambientais é uma das preocupações das pesquisas na área da construção civil. Encontrar esses materiais que ajudem na preservação e possam ter melhor viabilidade econômica é o fator motivador de uma pesquisa da UPM organizada pelo professor da Escola de Engenharia (EE), Alfonso Pappalardo. Ele explica que recentemente foram feitas diversas publicações de normas nacionais e internacionais que atestam o uso do bambu para a elaboração de projetos de estruturas de bambu in natura ou engenheirado. No Laboratório de Estruturas da EE, Pappalardo busca desenvolver estruturas de bambu de baixo orçamento, que poderiam ser utilizadas em moradias, o que contribuiria para a construção rápida e sustentável de casas populares. Este é um dos projetos disponíveis na Vitrine Tecnológica, plataforma que pretende dar visibilidade a projetos de pesquisa e desenvolvimento de novas patentes realizados na UPM. Os interessados em ampliar o desenvolvimento dessa pesquisa podem entrar em contato com o Núcleo de Inovação Tecnológica (cit.nit@mackenzie.br) ou com a Coordenadoria de Inovação Tecnológica (cit@mackenzie.br).

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Observatório de contratações públicas

Como forma de analisar e fiscalizar o cumprimento da lei nas compras públicas e para estudar possíveis caminhos para combater a corrupção nos processos licitatórios, a Faculdade de Direito (FDir) da UPM criou o Observatório das Contratações Públicas, em parceria com diversas instituições, organizações e universidades do exterior. De acordo com a professora Lilian Pires, uma das organizadoras, o objetivo principal é ser um espaço de disseminação de conhecimento, para que a academia, a administração pública, a iniciativa privada, a sociedade civil organizada possam, com base em dados, dialogar e encontrar caminhos para a contratação pública eficiente e sustentável.

De acordo com Lilian Pires, o grupo analisa as compras públicas sempre à luz do Direito Administrativo, com o objetivo de demonstrar como essa matéria se concretiza como instrumento de cidadania em toda sua profundidade e extensão. Além disso, o Observatório constitui-se como um ambiente em que as pesquisas vão partir de dados e evidências, possibilitando a correção da rota das políticas públicas que promovam contratações eficientes e o desenvolvimento sustentável. O Observatório das Contratações Públicas conta com a parceria do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), da Associação Brasileira de Direito Administrativo e Econômico (Abradade) e de outros grupos de pesquisa da FDir, de pesquisadores da Universidade do Mino, da Universidade de Coimbra, da Universidade Católica do Porto, da Universidade de Lisboa e do Instituto Savver de Sustentabilidade.

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Pesquisa analisa casos de corrupção na pandemia

O Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) da UPM desenvolveu a pesquisa “A racionalidade da corrupção desvendada pela CPI da covid-19”, com base nos resultados do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que revelou grande parte dos esquemas de superfaturamento de vacinas e na aquisição de outros elementos necessários para o combate ao coronavírus, como a montagem de hospitais de campanha. O estudo do CMLE analisa de que forma as mudanças legais, que visaram atender situações emergenciais no âmbito da saúde pública durante a pandemia, podem ter facilitado a prática de atos ilícitos. Para efetuar a análise, foi realizada uma pesquisa qualitativa por meio das abordagens da Nova Economia Institucional (NEI), da Teoria da Escolha Pública (TEP) e da Escola Austríaca de Economia (EA), a fim de codificar as teses apresentadas no relatório da CPI. Foram reveladas 247 evidências textuais associadas a essas categorias, explicando a lógica econômica da corrupção pública sistêmica, que envolveu políticos, burocratas e grupos de interesse durante a crise do coronavírus no Brasil. O projeto foi coordenado pelos pesquisadores Roberta Muramatsu, professora adjunta de Economia da UPM, e Paulo Rogério Scarano, professor dos cursos de graduação em Ciências Econômicas e pós-graduação em Economia e Mercados.

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Qual é a relação entre valores morais e escolhas políticas?

Uma pesquisa desenvolvida no Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social da UPM procura entender a relação entre escolhas políticas — quanto à identificação de uma pessoa de esquerda ou de direita — e valores morais. O pesquisador Gabriel Rego, que integra o Laboratório, explica que a análise partiu de um questionário criado nas universidades de Toronto (Canadá) e de Kent (Inglaterra), fundamentado na teoria do cientista George Lakoff. O Questionário de Política Moral foi aplicado no contexto brasileiro. “Segundo essa teoria, conservadores e liberais têm visões e ideias distintas sobre o papel do Estado na sociedade, e essas visões surgem de noções familiares mais básicas”, explica o pesquisador.

No total, foram coletados dados de mil pessoas de diversas regiões do país. Com base nessas informações, foi analisado se um questionário e seus itens estão em consonância com o modelo teórico que guiou a construção da escala, ou seja, se realmente medem o que se propuseram a medir, usando técnicas estatísticas para investigar possíveis padrões ou estruturas subjacentes nos dados coletados. Com a pesquisa em desenvolvimento, ainda não é possível apontar resultados, mas ficou claro que os modelos teóricos e questionários aplicados em outros países apresentam problemas quando são aplicados no Brasil. O que também parece indicar na pesquisa é que decisões políticas importantes ganham ares de escolha moral.

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