O Fórum de Aprendizagem Transformadora e a Recepção Solidária já fazem parte da programação da UPM e estão direcionados, respectivamente, aos professores e aos alunos e seus familiares.
De 28 a 30 de julho, a Pró-Reitoria de Graduação (PRGA) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) deu continuidade ao Fórum de Aprendizagem Transformadora, que chega à sua terceira edição. A proposta é reunir os docentes da Instituição para promover a busca, o aprofundamento e a compreensão do processo reflexivo e de transformação; aplicar os conceitos de reflexão que promovem a aprendizagem transformadora às atividades docentes; e conectar essas tarefas reflexivas às competências-chave que serão desenvolvidas com os alunos. “Nosso objetivo é criar condições para que os docentes desenvolvam propostas transformativas na sala de aula”, declara a pró-reitora da PRGA, professora Janette Brunstein.
Além de autoridades mackenzistas, como gestores e coordenadores, a abertura do evento contou com a participação do reitor da UPM, professor Marco Tullio de Castro Vasconcelos, e do chanceler do Mackenzie, reverendo Robinson Grangeiro, que realizou o momento devocional e apresentou os ícones das competências-chave: Liderança e competências empreendedoras; Ética; Reflexão crítica e comunicação; Sustentabilidade e bem-estar coletivo; e Competências culturais e globais.
Alunos previamente inscritos participam de tour pelo campus
Foto: NTAI/Mackenzie
A professora Melissa Peet, do Generative Knowlegde Institute, da Universidade de Michigan, Estados Unidos, foi convidada para o TED-Talk dessa edição, abordando o tema “Generative and embodied knowledge methods in higher education” (Métodos de conhecimento generativo e incorporado no Ensino Superior). A docente compartilhou sua sólida experiência sobre como promover aprendizagem profunda e significativa, além de expor sua descoberta a respeito do conhecimento generativo e da reflexão incorporada.
A pesquisa de doutorado da professora estadunidense acompanhou um grupo de alunos com o objetivo de entender como eles mudavam por meio de uma aprendizagem transformadora. Ao longo desse processo, ela identificou que os alunos viviam uma fragmentação: não conseguiam traduzir a aprendizagem para o mundo real e se sentiam impostores. “A experiência de aprendizagem transformadora, sem a integração, estava levando à fragmentação. Se eles não conseguem se concentrar e pensar o que isso significa para a vida como um todo, então não percebem o benefício do que aprendem”, explicou.
Ela chegou à conclusão de que eram utilizadas premissas muito antigas na natureza do conhecimento e da aprendizagem e que precisavam ser atualizadas. Outro ponto era o conflito entre as necessidades institucionais e as dos alunos. Por fim, a doutora pontuou outra premissa errônea: a de que os alunos aplicam os ensinamentos recebidos imediatamente. “Esse é o problema que temos com alguns alunos. Eles entram e saem de contextos e de lugares de conhecimento o dia inteiro, muito mais rápido do que nós fazíamos quando éramos jovens. Quando entro e saio, perco conhecimento”, explicou. Segundo ela, isso acontece porque, dependendo do local em que estamos, codificamos a aprendizagem de determinada maneira. “É assim que nós nos tornamos fragmentados”, disse.
Na sequência da palestra, a professora convidou todos os presentes para participar de uma atividade prática. Eles tiveram de listar cinco locais de conhecimentos diferentes, onde se sentem engajados, vivos, presentes; e dois lugares em que se sentem sugados e frustrados. “Também é importante pensar com quem vocês estão nesses lugares. Para mim, um dos lugares de conhecimento seria a sala de aula, é um local em que me sinto viva e engajada”, finalizou ela.
Além das palestras, o Fórum teve uma programação composta de grupos de trabalho que realizaram diferentes experiências. Na tarde do dia 28, na atividade “Aplicando os princípios de reflexão incorporada”, os participantes puderam interagir com a Dra. Peet e trabalhar com os colegas, a fim de aplicar princípios generativos e de conhecimento incorporados em sua área de ensino — a segunda parte desta atividade foi aplicada no dia 29. No último dia, o Núcleo de Educação Empreendedora (NEE) fez a socialização dos resultados da experiência piloto de registro da aprendizagem transformadora. Para encerrar o evento, o professor Marco Tulio Zanini, da Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou palestra com o tema “Confiança interpessoal no contexto da educação superior”. Zanini é especialista nas áreas de Cultura Organizacional, Gestão Estratégica de Pessoas, Liderança, Gestão Integrada de Ativos Intangíveis e autor do livro Confiança – o principal ativo intangível de uma empresa (2009).
Recepção Solidária
Primeiro contato dos ingressantes com a UPM, a recepção aos novos mackenzistas foi realizada de 2 a 6 de agosto, com a apresentação institucional on-line em três períodos do dia, de modo que todos se ajustassem ao melhor horário. No evento, os campi Higienópolis, Campinas e Alphaville e a história do Mackenzie foram apresentados para os calouros, por meio de um vídeo que evidenciou os grandes momentos da Instituição ao longo de seus 150 anos. O reitor da UPM saudou os novos alunos e explicou sobre o funcionamento das aulas durante o período da pandemia de covid-19, em que passou a vigorar na UPM o Regime Excepcional por Contingência (REC).
De acordo com o reitor, apesar de não haver uma expectativa para o retorno às aulas presenciais, a Instituição está analisando possibilidades para trazer, aos poucos, os alunos de volta para o Mackenzie. “Já estamos organizando formas para que os alunos tenham mais acesso ao campus neste semestre, à biblioteca, aos laboratórios, às salas de estudos, entre outras áreas. Não temos, ainda, uma data exata, mas estamos monitorando as atualizações do plano de imunização”, apontou.
O presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), Milton Flávio Moura, também participou do evento e deixou seu cumprimento aos novos alunos. “A partir de hoje, vocês já são considerados mackenzistas. Viver essa realidade é uma bênção, usufrua disso e nós estamos à espera de vocês”.
A UPM oferece muitas oportunidades para os alunos em atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico e todas elas foram apresentadas para os calouros durante a recepção. O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Felipe Chiarello, explicou os processos e as dimensões do funcionamento da pesquisa no Mackenzie. Além dos programas de pós-graduação stricto e lato sensu, a Instituição preza pela inovação em seus programas de cursos. Outro destaque foi o processo de internacionalização da UPM, apresentado pelo coordenador de Cooperação Internacional e Interinstitucional (COI), Pedro Buck.
Também estiveram presentes na Recepção Solidária o coordenador-geral de cursos de graduação, Sergio Dantas; o capelão universitário, reverendo Marcelo Coelho Almeida; e a presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Camila Carolina Bonfim. Após a apresentação, os alunos seguiram para o acolhimento pelas Unidades Acadêmicas, com atividades específicas.
Em 30 de julho, foi realizada a Recepção aos Pais, com o intuito de apresentar um pouco sobre as oportunidades que a Instituição oferece e o universo acadêmico. Como acontece tradicionalmente, a recepção aos calouros também contou com o Drive-Thru Solidário, em 7 de agosto, nos três campi da UPM. Foram recebidas doações de alimentos, itens de higiene e roupas. Os produtos serão doados a instituições apadrinhadas pelo Mackenzie Voluntário.
Os alunos tiveram, ainda, a oportunidade de participar do Esquenta Mackenzie, um tour presencial pelo campus Higienópolis, respeitando todas as medidas sanitárias contra a covid-19. Já os alunos dos campi Alphaville e Campinas conheceram o local onde estudarão em 7 de agosto.