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Mulheres no pódio do esporte

As mulheres encaram diariamente desafios impostos pela sociedade, como a desigualdade salarial e de oportunidades; no esporte, esse cenário também é comum. Vencendo desafios e impedimentos legais de praticar certas modalidades, elas foram conquistando cada vez mais seu espaço. Três esportistas do Mackenzie vivem essa história em suas carreiras e revelam um pouco mais sobre esses desafios.

Jady Malavazzi, atleta de handbike, é patrocinada pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM); sua história no esporte começou no basquete em cadeira de rodas, em 2010, conheceu o paraciclismo, e hoje faz parte da seleção brasileira. Simone Formiga é mãe, diretora técnica de nado artístico da Federação de Desportos Aquáticos do Distrito Federal (FDADF), professora de Educação Física no Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) Brasília e treinadora da equipe de nado artístico, além de ser inspiração para suas alunas. Júlia Alboredo é atleta do xadrez, estudante de Química da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e está à frente do projeto “Damas em ação”, que incentiva a inclusão das mulheres no xadrez. Atualmente, Júlia ocupa a segunda posição do ranking brasileiro e sonha em alcançar o primeiro lugar.

Para Simone Formiga, a mulher é sinônimo de força de vontade, resiliência e perseverança. “No esporte, ela exerce sua autonomia, seu poder de escolha, superação física, psicológica e veia competitiva, mostrando para a sociedade e para ela mesma como é capaz, como atleta e ser humano, de fazer a diferença onde atua”, afirma a professora. Jady Malavazzi acredita que homens e mulheres, para conseguir resultados, necessitam de esforço e dedicação. “Nada mais justo do que a mulher ser valorizada tanto quanto o homem. A importância da igualdade de gênero é mostrar que a mulher precisa ter seu espaço, ela tem potencial para estar lá e por meio do esporte isso se refletirá na sociedade”, expõe a atleta. No xadrez, Júlia Alboredo observa que, mesmo sendo pequena a participação das mulheres, isso tem aumentado ao longo dos anos. “Um fator que acho muito importante são as referências e, sem dúvida alguma, após o lançamento no mercado de entretenimento de séries sobre o tema, houve um aumento na prática e introdução de mulheres nesse esporte”, relata a enxadrista.

Divulgação

O Mackenzie e a introdução do basquete no Brasil

O basquete surgiu nos Estados Unidos em dezembro de 1891. Não demorou muito para a modalidade chegar ao Brasil, e o responsável foi o professor estadunidense Augusto Shaw, convidado em 1896 para lecionar no Mackenzie College em São Paulo. Em sua bagagem, trouxe, além dos livros, uma bola de basquete; e a partir disso, o Mackenzie se tornou o pioneiro na modalidade no Brasil, com nossos alunos sendo os primeiros a praticarem o novo esporte. Naquele mesmo ano, ele formou a equipe Mackenzie College. Mesmo depois de tanto tempo, a relação entre o Mackenzie e o basquete continua afinada. A técnica da seleção Mackenzie de basquete feminino, Alessandra Santos de Oliveira, foi jogadora da seleção brasileira e medalhista olímpica. “Eu tenho vários momentos marcantes, mas primeiro a gratidão pela oportunidade oferecida de ter jogado basquete, ser campeã mundial, medalhista olímpica de prata em 1996 e de bronze em 2000 e também de ter jogado no Madison Square Garden”, aponta. Além dela, é importante destacar que Oscar Schmidt, o maior atleta brasileiro de basquete de todos os tempos e um dos maiores do mundo, é mackenzista. Ele jogou na equipe Mackenzie entre 1998 e 1999. Atualmente, a professora busca alunas da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) para montar uma equipe e compor a seleção feminina e convida todas após esse período pandêmico a conhecer o trabalho. “Basta ter comprometimento e responsabilidade com o grupo para se tornar uma jogadora”, finaliza.

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