Colégio Mackenzie retoma aulas presenciais

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Garota em sala de aula com a mão levantada sentada na sua carteira
Orientadoras pedagógicas comentam sobre retorno à sala de aula

18.11.2021 Atualidades


Em 2020, foi necessário interromper as atividades acadêmicas devido à pandemia de covid-19. Porém, desde outubro do ano passado, de forma gradativa, as aulas voltaram a acontecer de forma presencial nas unidades do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM), com todas as medidas de segurança como uso de máscaras, álcool gel e distanciamento.

Conversamos com as orientadoras pedagógicas Ana Junqueira, do Fundamental I de São Paulo; Flávia Giacomin, do Fundamental II de São Paulo; Laura Pires, da Educação Infantil de Brasília; e Sandra Ferrari do Ensino Médio de Tamboré para entender como os alunos estão lidando com o retorno à rotina escolar. Confira:

A espera pelo retorno

O ensino remoto foi um momento desafiador para os professores e para os alunos, já que ambos aguardavam o dia de voltar à “normalidade”. A orientadora Flávia Giacomin afirma que a equipe técnica da unidade sempre acompanhou os posicionamentos de especialistas e autoridades para que o retorno pudesse acontecer sem ninguém ser prejudicado.

“A equipe compreendia as oportunidades e fragilidades das aulas on-line e estava ciente dos desafios que deveriam ser superados com o início do ensino híbrido. Certamente, foi um momento muito esperado por todos e penso que as escolas do mundo inteiro ansiavam por este momento”, conta ela.

Para a orientadora Laura Pires, a pandemia foi um grande marco para a educação como um todo. “O ensino on-line demandou dos professores uma reinvenção e muita resiliência para transformar suas casas em salas de aula remotas. Podemos dizer que foi uma longa espera, mas o melhor fruto deste tempo foi o estreitamento do vínculo família e escola, e o grande reconhecimento e valorização dos profissionais da educação infantil”, expressa.

Recepção dos alunos

Na unidade São Paulo, o retorno foi marcado pelo dia do abraço, em que foram utilizadas capas de chuvas e face shields. Assim, os estudantes e funcionários puderam se abraçar com os cuidados necessários e as capas eram descartadas após o contato físico. “Foram momentos inesquecíveis em que alunos e educadores se alegraram e verbalizaram o quanto foi bom e emocionante voltar a abraçar, mesmo que de forma diferente”, revela Ana Junqueira.

De acordo com a orientadora Laura, na unidade de Brasília foram desenvolvidos trabalhos de conscientização com crianças ao longo da pandemia e no retorno. “Além de orientá-las sobre os protocolos, também falamos sobre a importância de confiar em Deus mesmo em momentos difíceis e criamos recursos para que pudessem demonstrar afeto e generosidade de maneiras alternativas” completa.

“Escola silenciosa não é escola! O som das crianças no local significa muito aprendizado, experimentação e diversão”, diz Laura.

A Equipe Técnico-Pedagógica do Colégio Tamboré realizou o Projeto Acolhimento - Recomeço, com recepção, dinâmicas, devocional, rodas de conversas, músicas e palestras. “O propósito do projeto foi de dar as boas-vindas aos alunos e toda comunidade escolar num gesto de amor e de acolhimento sincero, e curar feridas”, explica a orientadora pedagógica Sandra Ferrari, sobre o plano de “desconfinamento”, que proporcionou um retorno acolhedor e harmonioso, sobretudo no aspecto socioemocional.

Apesar de alguns alunos estarem inseguros e fragilizados com a situação incerta da pandemia, Flávia conta que a maioria está feliz e já adaptada à nova rotina. “Há aqueles que enfrentaram dificuldades durante este período e, agora, estão reconstruindo uma rotina de estudos, buscando superar possíveis lacunas no processo de aprendizagem. Unânime é a felicidade de voltar a socializar, reencontrar e conviver diariamente com os amigos”, destaca.

O desenvolvimento dos alunos e dos professores

As orientadoras concordam que os alunos têm surpreendido com seus avanços, e se tornando cada vez mais protagonistas no processo, que não parou mesmo no período de aulas remotas. Mas não foram só eles. Segundo Sandra, os professores estão mais maduros e experientes. “Aprenderam a transitar entre o ensino remoto e presencial. Exploraram novas formas de ensinar, utilizaram as metodologias ativas para potencializar a aprendizagem, combinando tecnologias e ferramentas para atingirem melhores resultados de desempenho dos nossos alunos”, conta.

Para Flávia, quem escolheu educar, há tempos entendeu que precisa ser criativo e flexível. “Não foi por causa da pandemia que o professor aprendeu a se reinventar, é um processo que acontece há alguns anos. Os professores voltaram a ensinar da forma como faziam antes da pandemia, mas com a vantagem de não abandonar os recursos tecnológicos que, agora, eles dominam melhor”, ressalta.

Ana conta que é o momento de retomar atividades importantes e de colocar em prática o que foi aprendido neste tempo. “Estar de volta, primeiramente, representa a graça e o amor de Deus por nós, significa a vida que nos foi preservada e uma chance para valorizarmos o hoje como presente, nas nossas vidas e nas vidas de nossos alunos”, aponta.

Esse tempo de distanciamento trouxe a certeza de que o convívio com o outro, a troca e o compartilhamento de experiências são essenciais para o desenvolvimento, individual e coletivo, na opinião da orientadora Sandra. “A criança e o jovem longe da escola perdem habilidades sociais e até mesmo os conflitos gerados pela convivência e os impasses cotidianos são importantes, pois são elementos relevantes para a aprendizagem”, finaliza.

Amai o SENHOR, vós todos os seus santos. O SENHOR preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo. Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no SENHOR.

Salmos 31: 23-24