No dia 30 de setembro, no auditório do prédio João Calvino, representantes do Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas – FONIF reuniram-se para discutir os novos passos a serem feitos em busca do reconhecimento da importância do setor Filantrópico para a sociedade, implantando uma política de estado para a Filantropia, uma política clara para o terceiro setor.
“Precisamos nos unir, andamos pouco e temos um longo caminho a percorrer”, constata o presidente do FONIF, Custódio Pereira. Ele ainda explicou que no Planejamento Estratégico de 2015 estão sendo analisados os projetos de lei que tramitam no Senado, sendo que 14 deles estão ligados à educação. “Com a ajuda do deputado Antônio Brito, estamos tramitando um documento chamado de 17 pontos, com reinvindicações. Em 24/03/15 criamos uma frente parlamentar da Saúde e Filantrópicas, discutindo a Lei 13.019. ”
O vice-presidente do FONIF e presidente do Mackenzie, Mauricio Melo de Meneses, explicou que o Fórum visa a união em torno do bem comum. “Juntos não quebraremos. O FONIF nasceu dentro do Mackenzie, em 2013, com 40 Instituições Filantrópicas sérias, algumas com mais de 300 anos, unindo esforços para lutar junto ao governo para uma mudança no olhar do trabalho filantrópico”. E prossegue: “Fazemos filantropia em todos os níveis, no Mackenzie, dos 45 mil alunos, 20 mil têm algum tipo de ajuda e, desses, apenas em sete mil temos retorno do governo. Quer dizer, 13 mil nós bancamos. Temos o DNA da filantropia, servindo ao próximo. Precisamos fazer com que tenhamos justiça junto aos representantes do governo. O FONIF prega a união de todas as instâncias. ”
Durante a reunião, a diretora de comunicação da FONIF, Liliane Pellegrini fez uma retrospectiva dos trabalhos iniciados há dois anos e, na sequência, foi apresentado um trabalho de pesquisa, feito para mapear as entidades filantrópicas e suas atividades no país.
Em maio aconteceu a visita de membros do FONIF a parlamentares em Brasília, com o objetivo de dialogar com o poder legislativo e executivo. O deputado Eduardo Barbosa (PSDB/MG) convidou o FONIF para uma audiência pública sobre a Lei 13.019, que estabelece um marco regulatório das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil. O Fórum protocolou um documento pleiteando prorrogação da data de entrada em vigor, bem como modificações e/ou supressões no texto da Lei. “Lembramos que 70% das atividades de assistência social no Brasil são feitas por Instituições Filantrópicas”, destaca Custódio Pereira.
Todos os parlamentares de Brasília foram uníssonos em destacar que o FONIF deve estar mais presentes e levar propostas para uma representação. “Parlamentares não sabiam de nossos problemas, há um desconhecimento e desinteresse sobre a questão. Temos de mudar esse jogo e somente com a participação de todos conseguiremos alcançar nossos objetivos”, finaliza Custódio Pereira.