Hospital Universitário Evangélico Mackenzie alcança reconhecimento mundial em tratamento de AVC

Somente 1,5% das instituições cadastradas no estudo receberam a premiação de nível máximo

27.08.202412h07 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Hospital Universitário Evangélico Mackenzie alcança reconhecimento mundial em tratamento de AVC

O Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) foi premiado com o selo Diamond no programa Angels Awards 2024 – prestigiada iniciativa mundial que reconhece centros de excelência no tratamento de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Participaram 8.690 hospitais de 34 diferentes países e menos de 1,5% (114 instituições) atendeu aos critérios para obter a certificação mais elevada, a Diamond.

Foram avaliados indicadores como o tempo entre a entrada do paciente no hospital e a aplicação do trombolítico (medicamento que desobstrui o vaso sanguíneo); se a avaliação inicial do paciente é feita por neurologista; se a instituição conta com unidade específica de AVC; porcentagem de pacientes que passam por exames de imagem; se os pacientes recebem os medicamentos corretos como anticoagulantes; e outros aspectos em uma criteriosa avaliação para determinar a qualidade do serviço.

O objetivo do prêmio é incentivar a pesquisa clínica para qualificar o atendimento de AVC ao redor do mundo. Participaram hospitais da Argentina, Austrália, Brasil, Croácia, Espanha, Grécia, Hungria, Itália, México, Portugal, Polônia, Ucrânia, entre outros países.

Participação acadêmica

A conquista do HUEM contou com a colaboração dos acadêmicos de Medicina da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (Fempar), Frederico Otto Flores Moraes, Eduardo Takashi Sunaga e João Pedro Gorski Ribas de Araújo, que fazem parte da Liga Acadêmica de Neurologia do HUEM.

Sob supervisão do coordenador do serviço no hospital, o neurologista Dr. Marcos Seefeld, os acadêmicos analisaram os dados de 360 prontuários referentes aos atendimentos de suspeita de AVC no Pronto-Socorro do HUEM nos meses de abril, maio e junho.

Seefeld explica que a agilidade no atendimento dos acidentes vasculares cerebrais isquêmicos é fundamental para uma melhor qualidade de vida do paciente após a alta. “São 270 minutos para conseguirmos executar nosso protocolo de AVC com a aplicação do medicamento trombolítico, que rompe o coágulo. A população precisa estar atenta para dificuldades súbitas no corpo, como paralisação de um lado, visão dupla, dificuldade na fala. Quanto menor o tempo entre o episódio e a intervenção médica, melhor é a recuperação”, destaca.

Dos 198 hospitais brasileiros cadastrados no estudo, 59 conseguiram a certificação: 16 receberam o selo Diamond e foram considerados de excelência no tratamento de AVC, 21 alcançaram a certificação Platinum (alto desempenho), e outros 22 foram contemplados com a categoria Gold, a certificação de primeiro nível.

Prevenção

Também conhecido como derrame, o AVC é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo. No Brasil, é responsável por cerca de 10% das internações hospitalares públicas. Pode ser classificado como isquêmico, que ocorre devido ao entupimento de artérias cerebrais, ou hemorrágico, que resulta do rompimento de vasos sanguíneos. O AVC isquêmico é mais comum, representando aproximadamente 85% dos casos.

Alguns fatores de risco para o AVC incluem hipertensão, diabetes, tabagismo, consumo frequente de álcool, estresse, colesterol elevado e sedentarismo. A prevenção é fundamental e envolve o controle desses fatores, junto com a prática regular de exercícios físicos e uma dieta balanceada.

Além da intervenção médica imediata, a reabilitação desempenha um papel essencial na recuperação pós-AVC. Equipes multiprofissionais, incluindo neurologistas, enfermeiros e fisioterapeutas ajudam os pacientes a recuperar habilidades físicas e funcionais, além de reintegrá-los socialmente.