Nadador mackenzista é campeão sul-americano no Open da Argentina

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Membro da Seleção Brasileira Sub-20, Élcio Cunha é um dos nadadores mais cotadas para as Paralimpíadas de Paris em 2024

27.09.2022 Esporte


A seleção brasileira de natação Paralímpica participou do Open na Argentina com o desfecho da competição na última sexta-feira, 23 de setembro. No total, os brasileiros levaram para casa 22 medalhas. Um dos destaques foi o atleta brasiliense da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília (FPMB), Élcio Cunha, que ficou em primeiro lugar nos 200m medley (melhor marca pessoal), nos revezamentos 4x100m medley e 4x100m livres misto. Além disso, levou a prata em quatro modalidades: 100m livre, 100m borboleta (melhor recorde pessoal), 100m peito e 50m livre. 

Para o nadador, a experiência em competições internacionais auxiliam no desenvolvimento ao estar próximo de grandes atletas do mundo. “É sempre uma experiência que agrega, estar com os melhores, pois é onde almejamos chegar. Todo atleta de alto rendimento quer alcançar o topo, e é só competindo com os melhores que você tem condições de chegar lá’’, destaca.

Élcio se diz satisfeito com os resultados alcançados e tem trabalhado para melhorar seu próprio tempo visando as competições internacionais, como o Parapan-americanos e as Paralimpíadas de Paris 2024. Segundo o nadador, cada competição é um degrau a ser conquistado e com o tempo, os ajustes vão sendo feitos para alcançar o objetivo principal. ‘’Só de ter essa oportunidade de competir internacionalmente, trazendo cada vez mais experiência, as condições que precisamos para poder ajustar, visando ao objetivo maior é o que mais me alegra, além de poder representar o meu país e me consagrar campeão brasileiro e agora sul-americano’’, destaca.

Nome conhecido nas águas da Capital Federal, o nadador passou a ser patrocinado pela FPMB, instituição em que cursa Direito. O apoio mackenzista, além do mérito do próprio atleta, o ajudou a se destacar em competições por todo o país. No entanto, as vitórias de hoje não escondem os desafios que ele precisou enfrentar para chegar até aqui, mas deixam ainda mais evidente a história de superação do garoto que perdeu a visão logo cedo.

Élcio nasceu com catarata congênita, uma turvação na cristalina do olho que pode afetar boa parte ou completamente a capacidade de enxergar. A primeira das muitas cirurgias pelas quais o pequeno passaria, aconteceu logo aos três meses de idade. Aos 4 anos, descobriu um glaucoma, uma lesão no nervo óptico, que o fez perder a visão do olho esquerdo. A partir daí, foram realizados diversos procedimentos para diminuir a pressão no olho. ‘’Eu operava e a pressão baixava, duas semanas depois estava novamente no hospital para lidar com o mesmo problema’’, relembra ele como foram os anos da luta contra a doença.