A campeã mackenzista de hipismo, Giullia Atrasas Bolson, conquistou a medalha de bronze no Sul-Americano da Juventude pré-mirim 2019 - FEI Americas Championship -, ocorrido no Clube Hipico Paraguayo, na capital Assunção, entre 16 e 22 de setembro. Com a égua SL Bali III, a amazona brasiliense garantiu um percurso sem faltas em 33 segundos e 62 milésimos, na categoria para jovens de 11 a 13 anos.
Dos 39 conjuntos de seis países, apenas 9 fecharam a 3ª e última prova sem faltas no campeonato, ocasião que levou a corrida pelo pódio a um emocionante desempate. O Brasil também conquistou a medalha de ouro, com Lina Barreto Capelo Beltrão, outra amazona de Brasília, que montou a égua Kamila G e cruzou a linha de chegada em 32 segundos e 85 milésimos. O argentino Francesco Urtubey Moreno, Z foi prata, sem faltas, em 33 segundos e 52 milésimos.
Na competição por equipes, que aconteceu durante os dois primeiros dias de prova, Giulla alcançou o lugar mais alto do pódio, ao lado de Lina, Henrique Dias Rennó Silva (Oracle Tok) e Carol Sztamfater Chocolat (Chiya Z). Das 10 equipes competidoras na categoria Pré-Mirim, apenas a equipe verde do brasileiro, fechou o campeonato sem um único ponto perdido (pp) conquistando a 1ª medalha de ouro para o país neste campeonato.
“Foi a realização de um sonho pra mim. Foi emocionante ouvir o hino nacional com o uniforme do Brasil, ao lado da minha família e dos meus amigos”, comenta a atleta. “Os resultados foram fruto de muito trabalho, do carinho que eu recebi e também da confiança. Eu abri o Campeonato, fui a primeira a entrar na pista. Foi maravilhoso saber que acreditaram em mim nessa hora”, acrescenta.
Segundo Marcus Magalhães, técnico da amazona no Espaço Equestre, uma das melhores escolas de hipismo de Brasília, o nível de concentração e consciência da mackenzista são qualidades que a elevam a um outro patamar entre os competidores de mesma idade. “Ela não se abate pela pressão, tem muita concentração e consegue se destacar quando a equipe precisa dela. Ou seja, além de montar muito bem está sempre muito focada, determinada. É impressionante. Não vejo esse nível de competitividade em outros atletas”, explica.
“Ela foi escolhida pelo comitê técnico do Brasil para abrir a prova por equipes, no primeiro dia, e no segundo, com muita pressão, ela foi a última a competir. Ou seja, se dependesse de um resultado, seria com ela. E ela tirou de letra. Sensacional. Isso se dá também porque ela nos escuta, tem muita atenção em tudo e sabe o que quer”, completou o professor.
Brasil se destaca no Sul-Americano
Participaram da disputa anual jovens talentos de seis países Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Peru e Paraguai, um total de 109 conjuntos. A competição reuniu cinco categorias: Pré-mirim, Mirim (12 a 14 anos), 1.20/1.25m; Pré-junior, 1.30/1.35m; Junior (14 a 18 anos), 1.35/1.40m; e Young Riders (16 a 21 anos), com definição do pódio das equipes e títulos individuais.
O saldo brasileiro correspondeu às expectativas e foi mais do que positivo: quatro ouros por equipes em todas categorias (exceto na categoria Young Riders que não teve disputa por equipes), e ainda três pratas por equipes Mirim, Pré-junior e Junior. No individual não foi diferente: ouro e bronze na categoria Pré-mirim, ouro e prata na Mirim, ouro, prata e bronze nas categorias Pré-junior e Junior e finalmente, prata e bronze na série Young Riders.