No dia 03 de setembro, o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis, realizou um evento para comemorar os 45 anos do seu curso de Ciências Biológicas.
No evento, diversos antigos alunos e professores foram convidados para contar histórias do curso e experiências na profissão, compartilhando com os futuros profissionais os diversos momentos pelo qual o curso passou ao longo do tempo. Além disso, a comemoração, realizada no auditório da Escola Americana, do campus Higienópolis, contou também com exposição de fotos antigas, sarau de música e outras atividades durante o dia.
Comemoração e reencontros
A diretora do CCBS, Berenice Carpigiani elogiou a organização do evento e também parabenizou os alunos e professores por fazerem parte da batalha que é ensinar e aprender as teorias e as práticas “que colocam o biólogo como papel de cuidador, cuidador de toda e qualquer espécie de vida e de ambiente que elas se desenvolvem”, disse.
Marco Tullio de Castro Vasconcelos, vice-reitor da UPM, definiu a celebração como algo alegre e significativo, principalmente pelo espírito de gratidão visível no ambiente. “Nós aprendemos com as derrotas e com o sucesso durante a caminhada. Acredito que uma trajetória de 45 anos tem ensinado muito a todos que têm participado dessa história", completou ele.
Para Adriano de Castro, professor e coordenador do curso, os reencontros são uma das coisas mais legais e que aquecem o coração. “Senti isso quando vi antigos alunos e colegas. Os abraços, com muita saudade, em quem não está mais no cotidiano, mas sim em nossas histórias”, pontua.
O Mackenzie e a Biologia
Duplamente mackenzista: formada na graduação e agora professora do curso, Esther Ricci define o ofício de biólogo como um profissional que estuda a vida, em todos seus aspectos. “A vida das plantas, animais, humanos. Uma profissão que existe há muito tempo e vai continuar existindo, porque a vida faz parte de tudo. Esse curso tem uma relevância enorme na minha vida e estar aqui comemorando com todo mundo é muito importante”, disse ela.
A antiga aluna do colégio, graduação e professora do Mackenzie, Maria Lucila Ribeiro Martins, teve a oportunidade de reencontrar amigos e colegas de trabalho. Um deles foi Horácio Bernardo Rosário, um dos fundadores do curso e antigo professor de Lucila durante o colégio e a graduação. “Encontrar todo mundo aqui, grande parte trabalhando na área, feliz e realizado na profissão, é algo incrível”, comentou.
Para Waldir Stefano, aluno da primeira turma de Ciências Biológicas e atual professor do curso, a melhor parte em ser biólogo é a diversidade da profissão e suas amplas áreas de atuação. Maria Lucila também mencionou a diversidade e disse se maravilhar e se encantar com ela todos os dias.
Domingos Savio Mariano da Silva é técnico de laboratório do curso desde 1º de agosto de 1985. No Mackenzie, sua história já tem 42 anos, começou no 02 de setembro de 1977. “Quando entrei, fiquei no laboratório de Química e depois vim para biologia, lembro-me até hoje”, conta. Apesar de não ser formado em Ciências Biológicas, se diz apaixonado pela profissão.
Silva conta animado que os primeiros laboratórios do curso foram construídos no espaço onde hoje se encontra o auditório Escola Americana. “Eu não cheguei a ficar aqui, mas foi aqui que o curso começou. Hoje, cuido do biotério, onde ficam os ratinhos. Aprendi muito com os professores e ensinei muitas coisas aos alunos”, diz.
Formação acadêmica e desafios na profissão
Segundo Esther, quando se pensa na formação dos alunos, o foco é em um ensino integrado, não só na matéria, mas na vida universitária como um todo, ligando a vida profissional a outras questões que compõem a vida pessoal, como a política por exemplo. “A biologia se insere em diversas áreas, não só em determinado conteúdo. Pensamos no curso como uma coisa muito ampla”.
Os professores do Mackenzie sempre levam para o ambiente da sala de aula questões além do conteúdo já estabelecido, como assuntos atuais, sustentabilidade, reciclagem, tudo para estimular o protagonismo estudantil. No próprio dia do evento, foi realizado um lanche coletivo, no qual todos evitaram materiais descartáveis. “Todos trouxeram canecas para beber, pensando no meio ambiente, porque nossa profissão está ligada a ele, bem como à saúde e à vida”, finaliza Esther.