Cinco títulos regionais seguidos. A marca foi alcançada pela MackZero1, equipe de Robótica do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília Internacional (CPMB), no último sábado, 14 de agosto, após vencer a edição 2021 da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). O time já coleciona 14 troféus do torneio e será, mais uma vez, o representante do Distrito Federal na competição nacional, que reúne os vencedores estaduais de todo o país.
O grupo é formado pelos estudantes do Ensino Médio, Arthur de Paula, Josué Costa e Juliano Tupiná, que se formam neste ano e deixam suas cadeiras para outros mackenzistas continuarem a trajetória vitoriosa do MackZero1 a partir de 2022. No quarto lugar geral da competição, a equipe Lynx, constituída pelos mackenzistas Rafael Rezende (9º ano) e Victor Wahrendorff (6º ano), esquenta os motores e começa a preparação da Robótica do CPMB para 2022.
“A OBR, para nós mackenzistas, sempre foi algo incrível e, como instituição, participamos desde o início dela aqui em Brasília. Esse é nosso último ano na OBR, e essa vitória fez nossa trajetória como equipe valer a pena, visto que eu, Juliano e Josué ganhamos todas as nossas competições. Ter ganhado nesse ano de despedida foi algo incrível”, comemorou Arthur de Paula.
A OBR foi novamente realizada em formato totalmente remoto, seguindo os protocolos de segurança instituídos para o combate à pandemia do coronavírus. Os integrantes do time precisaram conduzir um veículo robótico virtual no circuito digital proposto pela organização, salvando vítimas de um desastre urbano. As regras não mudaram, mas os competidores precisaram focar no conjunto de códigos de programação para a orientação do carro. O desafio, no entanto, foi superado com relativa facilidade pelo grupo, que já estava em fase de preparação há algum tempo.
“Apesar das dificuldades e desânimo por não termos a competição presencial, nossa equipe superou o ambiente virtual e trabalhou para manter a sequência de vitórias do colégio”, comentou Josué Costa.
A MackZero1 somou 685 pontos, ficando 95 à frente da segunda colocada, a PotterHeads que registrou 580 pontos. A “Nível 2 - Grupo 5”, com 340 pontos, e a LYNX, com 335, ocuparam o 3º e o 4º lugar, respectivamente - confira o quadro de classificação completo aqui. A pontuação foi calculada de acordo com o sucesso obtido pelo robô ao longo do percurso determinado na prova de resgate de vítimas. Na disputa, a máquina devia estar pré-programada para superar desafios e conseguir salvar vidas ou recolher corpos em uma arena que simula um ambiente de desastre hostil. O trajeto a ser percorrido tinha rampas, paredes, relevos e outros dificultadores que caracterizaram sua não-linearidade.
“Apesar da pandemia, nossos encontros continuaram em nossa plataforma de estudos virtual, ocorrendo semanalmente, durante esse ano de 2021. No primeiro semestre, aprimoramos nossa habilidade de programação com aulas de Python e, no segundo semestre, nos dedicamos exclusivamente a OBR. Agora, com a classificação para o nacional, vamos buscar aprimorar nosso robô em busca de uma boa classificação. Nossos estudantes, todos do 3º ano, estão bastante envolvidos com vestibulares e isso toma o tempo deles, mesmo assim sei que se dedicarão com muito afinco para mais um nacional”, explicou o técnico e responsável pela Robótica do Mackenzie Brasília, Mauro Azevedo.
"Nossa maior dificuldade foi a sala de resgate de vítimas, pois não conseguimos bolar, antes da competição, uma boa estratégia de salvamento, porém reprogramando e repensando durante a competição conseguimos na última rodada pegar todas as vítimas representadas por bolinhas”, explicou Juliano Tupiná. Cada vítima resgatada acrescenta 60 pontos, se o robô conseguir executar a ação na primeira chance. As duas oportunidades seguintes acumulam 40 e 20 pontos, respectivamente. As vítimas foram representadas por pequenas bolas de colorações diferentes.