Marcel Mendes é mackenzista há mais de 50 anos. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela UPM, doutor em Ciências e atual diretor do Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT). Para muitos de seus alunos e colegas, Mendes é uma sumidade em vários temas, mas para Ester Morais Mendes e Sara Morais Mendes, ele é o vovô, definido pelas palavras “carinho e amor”.
Neste dia 26 de julho, quando comemoramos o Dia dos Avós, conversamos com o professor Mendes e suas netas para tratar um pouco dessa linda relação e como um dos mackenzistas notáveis vive essa experiência.
Mendes, conhecido pelas suas pesquisas sobre a história do Mackenzie, tem cinco filhos, todos mackenzistas, e oito netos. Dentre eles, estão Sara, de 11 anos, e Ester, de 16, que também são alunas do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) São Paulo. “É muito bom andar pelo campus ou estar na praça de alimentação e de repente ouvir alguém chamar: ‘ô, vô!’”, diz Mendes animado.
Ester conta que foi muito bom vir estudar onde o avô já trabalha há 47 anos. “A gente sentia segurança e ficou muito feliz, porque podíamos encontrá-lo durante o dia, abraçar e beijar”, afirma Ester. Sara também se sente assim, principalmente quando os encontros acontecem de repente. “Uma vez eu estava fazendo trabalho fora da sala e encontrei o ‘vô’”, relembra.
Das brincadeiras e lembranças da infância, ficaram marcadas as idas à casa do avô. Mendes conta que as netas sempre brincavam de profissões e que ele participava ativamente, sendo o personagem que elas escolhessem no dia. Aos risos, Ester relembra: “quando o vovô ia à nossa casa, a gente brincava de colocar presilhas na cabeça dele”.
Hoje, eles fazem trilhas, conversam e almoçam juntos. O avô, conhecido pelos alunos por contar muitos “causos” em suas aulas e palestras, também tem essa fama com a família. “No Natal, todo mundo se reúne e ele sempre conta a história de Jesus. Nós gostamos muito disso!”, assinala Ester.
Para ela, as melhores coisas em se ter um avô é poder brincar à vontade (quem nunca fez na casa dos avós as brincadeiras que não podia fazer em casa?). “Ele também sempre tem presentes para gente!”, diz.
Já Mendes enfatiza que a melhor parte em ser avô é “ter todas as alegrias e oportunidades de curtir os netos, sem as responsabilidades e encargos de educação”, responde aos risos. “É só a parte boa mesmo de ter os netos aqui, que são o prolongamento da vida. É um privilégio ser avô!”, completa ele.
As netas de Mendes são a terceira geração de mackenzistas da família e, apesar de muita coisa ter mudado em sua vida desde que entrou no Mackenzie pela primeira vez, outros hábitos permanecem. “Eu frequentava essa mesma praça como aluno, há 50 anos”, rememora ele no Bosque das Fadas do campus Higienópolis.
“O tempo vai passando, as pessoas mudam, novos prédios surgem... É interessante fazer essa comparação, pois muitas coisas se preservam, têm continuidade, mas também há as novas. Temos um campus que se renovou, pessoas diferentes e que não são os meus contemporâneos do tempo de estudante, mas que estão aqui dando sua contribuição. Ao mesmo tempo que é uma emoção pela lembrança e por aquilo que permanece, é também pelo novo e por aquilo que está acontecendo no dia a dia”, finaliza ele.