Já parou para refletir em como é para um pai ou uma mãe pensar nas perspectivas de vida de seu filho deficiente? Observar o quão difícil pode ser se formar em uma universidade devido às suas limitações? Hoje em dia existem artifícios que tornam essa etapa da vida menos complicada, e uma delas pode ser encontrada no próprio Mackenzie.
Com a intenção de proporcionar acessibilidade ao deficiente também na sala de aula a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), por meio do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), com o programa de pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento e da pró-reitoria de Graduação e Assuntos Acadêmicos, oferece aos alunos com necessidades especiais uma atenção diferenciada, o Programa Proato.
O Proato funciona oficialmente desde agosto de 2015, mas gera resultados há cinco anos, em virtude de ações que já eram desenvolvidas antes mesmo do programa. Seu público-alvo são estudantes que possuem algum tipo de deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação, transtornos funcionais específicos ou transtornos mentais. Os alunos são atendidos conforme sua necessidade desde o vestibular até a conclusão do curso. Por exemplo, um aluno surdo terá em sua sala de realização de prova um intérprete para auxiliá-lo durante o exame.
Segundo o coordenador do Programa, Rinaldo Molina, o Proato ajudou a promover as condições de permanência dos alunos nos cursos. “O programa levou os professores e coordenadores a questionarem suas práticas, favorecendo seu desenvolvimento profissional e, consequentemente, melhorando também o sucesso escolar do aluno ”, explica Rinaldo.
Os professores durante a Semana de Preparação Pedagógica, evento que acontece em todo início de semestre com os docentes da universidade, são preparados em palestras e oficinas com convidados especialistas no assunto, que auxiliam no entendimento de como se deve agir e atuar em sala de aula para atender a necessidade de todos. “Sabemos que nunca estaremos totalmente preparados, porque cada aluno é singular e deve ser atendido de forma diferenciada, conforme sua necessidade”, afirma a professora Marili Vieira, coordenadora de Apoio Pedagógico.
Os novos cursos de Educação a Distância (EAD), oferecidos pela universidade, também estão adaptados para todos os tipos de necessidades especiais. Vale ressaltar que os trabalhos feitos pelos profissionais são realizados juntamente com a família do aluno, visando o bem-estar do estudante durante os anos do curso.
A adesão ao programa pode acontecer por iniciativa do próprio discente, sendo pessoalmente no Mezanino do prédio João Calvino - ao lado do auditório, por e-mail - proato@mackenzie.br, ou por encaminhamento da coordenação do Curso.
Na foto: Yoana Stefany Kovelis, deficiente auditiva, formada no curso de pedagogia da UPM, faz gesto em LIBRAS que simboliza "eu te amo".