Duas alunas da Faculdade de Direito (FDir) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) foram contempladas com bolsa integral e semi-integral no Programa de Dupla Titulação da Faculdade de Direito da UPM, em parceria com University of Dayton School of Law.
As mackenzistas são Beatriz Álvares Silva, do 8º período, e July Samary, do 10º, que já estão cursando a formação simultânea. De forma on-line, elas acompanham as aulas ministradas na universidade norte-americana. O curso Direito Estadunidense e Transnacional é na modalidade Latin Legum Magister (LLM), que corresponde ao nível de pós-graduação Lato Sensu.
O programa permite que mackenzistas possam obter não apenas o diploma de bacharel em Direito pela UPM, como também o certificado na instituição norte-americana, que também habilita a participar dos exames da ordem de estados como Califórnia e Washington. A inédita parceria entre a FDir e a universidade norte-americana possibilitou que 11 mackenzistas fossem aprovados no curso. A parceria beneficia a comunidade mackenzista ao prever bolsas parciais, aproveitamento de créditos, bem como a participação de programa de bolsa integral específico, como o Law in the Americas Fellowship.
Na quarta-feira, 1º de setembro, as duas estudantes foram homenageadas pelo Mackenzie e receberam uma medalha de condecoração, em uma reunião que contou com a presença de autoridades mackenzistas.
Milton Flávio Moura, presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), parabenizou as alunas e celebrou a conquista da UPM. “Nós sempre trabalhamos com a visão de transformação e desenvolvimento de pessoas. E quando nós participamos de uma solenidade como essa, percebemos que estamos no caminho certo”, declarou.
Já Marco Tullio de Castro Vasconcelos, reitor da UPM, comemorou a conquista das estudantes, pois elas conseguiram dobrar as bolsas do processo seletivo: inicialmente, a Universidade de Dayton havia disponibilizado uma bolsa para o Mackenzie, porém os desempenhos de destaque de Beatriz e July tornaram difícil a escolha de uma única candidata.
“Isso demonstra a capacidade de interlocução da FDir e da nossa Coordenadoria de Cooperação Internacional e Interinstitucional (COI), além da qualidade de nossas estudantes. Nossos alunos estão aptos a brigarem pelos espaços importantes nas universidades americanas e europeias. Isso abre muitas portas para nós”, afirmou o reitor.
Presente na cerimônia, o reverendo Robinson Grangeiro Monteiro, chanceler do Mackenzie, aconselhou as estudantes a jamais esquecerem suas origens. “A árvore é mais frondosa quanto mais profundas forem suas raízes. Por isso, jamais se esqueçam das suas origens e os princípios ensinados pela família de vocês”, aconselhou.
O professor Pedro Buck, coordenador da COI, reiterou a responsabilidade da UPM em promover mudanças significativas na vida das pessoas e também na sociedade. “O que vocês estão realizando é o propósito desta Universidade, que nasceu para transformar vidas, não apenas no sentido acadêmico, mas no sentido de ter um caráter completo. Preparamos os alunos para serem íntegros, não apenas no Brasil, mas no mundo todo”, adicionou.
A professora Mariana Baeta, da FDir, ressaltou o pioneirismo da UPM nessa Dupla Titulação. “É um passo que nós estamos dando na formação global dos nossos alunos, eles não só saem capacitados na qualidade de bacharel em Direito no Brasil, mas também pós-graduandos nos EUA, para concorrer a posições profissionais em qualquer outro lugar do mundo”, disse.
Momento de Euforia
July Samary ficou bastante feliz com a conquista, pois realizou um sonho antigo. “Eu queria fazer o LLM, porque no mundo corporativo é bem difundida a necessidade de fazer esse curso. Normalmente, são pessoas mais experientes que fazem a formação, pois exige dedicação exclusiva. Então, acho que o fato de ser on-line viabilizou e tornou mais acessível a Dupla Titulação”, disse a estudante.
“Eu tinha uma visão de ser algo inalcançável, que era para poucas pessoas e eu acho que essa parceria do Mackenzie veio para mudar isso e tornar ainda mais acessível, porque não envolve o custo de você sair do país, por exemplo”, pontuou a aluna.
Já Beatriz Álvares destacou que sempre teve interesse em exercer uma profissão que a permitisse ver para além das fronteiras. “Eu tinha uma visão de que o Direito era um pouco engessado, por ser apenas voltado para o Brasil, que as leis daqui só funcionavam aqui. Quando fui procurar um pouco mais sobre o Direito Internacional, descobri que ele não tem limite, pois todo país precisa do Direito e todo país precisa ter uma comunicação Internacional. Eu não sei onde eu poderia ter essas asas para voar, senão aqui”, reiterou ela.
Processo árduo
Tanto July quanto Beatriz ressaltaram a dificuldade do processo seletivo, afinal, tiveram que fazer uma série de exames e entrevistas, incluindo uma conversa em inglês para certificação do idioma. Todavia, elas afirmaram que a COI teve papel fundamental no processo e o professor Buck deu boas contribuições para que elas obtivessem a aprovação.
Ambas deram diversos conselhos para quem tem interesse em fazer algum curso no exterior: ter uma boa média de notas, ficar atento ao site da COI e realizar atividades extracurriculares. July completou com um conselho: definir os objetivos da vida acadêmica, além de buscar saber mais sobre todos os ramos, para ter uma visão mais ampla acerca da profissão.