O Laboratório de Neurociências, ligado ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), foi reinaugurado no dia 20 de junho, com novos equipamentos para estudos e pesquisas na área. A reestruturação foi pensada na adequação do espaço, permitindo a condução de mais estudos e acomodando um número maior de pesquisadores e alunos.
O novo laboratório pretende ampliar as pesquisas e permitir que mais alunos produzam trabalhos. O doutor Paulo Boggio, coordenador do laboratório, explica que "nos últimos anos temos recebido alunos de pós-doutorado (brasileiros e estrangeiros), além de um número crescente de iniciação científica, mestrandos e doutorandos. O grupo de pesquisa tem atualmente cerca de 35 alunos". Além do professor Paulo, os doutores Elizeu C. Macedo e Ana Caldas Osório também coordenam o laboratório.
O professor Boggio ressalta que o local receberá, em breve, um equipamento para realização de neuroimagem por infravermelho, patrocinado pelo Mackpesquisa, que possibilitará o estudo do funcionamento cerebral. “Além disso, a reforma permitiu acomodar sistemas de eye-tracking, de eletroencefalografia de alta densidade, estimulação magnética transcraniana, estimulação transcraniana por corrente contínua e salas de avaliação adequadas”.
O evento contou com a participação de autoridades da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), professores, funcionários e alunos, que prestigiaram as novas instalações e o lançamento simultâneo do livroNeurociências e Psicologia aplicadas à vida cotidiana, obra de autoria dos professores Paulo Sérgio Boggio e Elizeu C. Macedo (organizadores).
Os capítulos da obra foram escritos por professores em conjunto com alunos de iniciação cientifica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. A coletânea aborda avanços recentes em Neurociências e Psicologia e trata de temas como a linguagem, o cálculo matemático e o aprendizado até os impactos da influência social nos processos de tomada de decisão, empatia, preconceito e dor social. Ele é direcionado a pesquisadores, estudantes e interessados no assunto. “A ideia foi levar, por meio desse livro, o conhecimento de laboratório para fora da academia, de modo que pudesse ser compreendido pelo público geral e fosse um conhecimento relevante. Começamos a pensar então em um elemento que unisse os vários trabalhos, envolvido com os alunos e com linhas de pesquisa do laboratório. Assim, criamos a história de uma família e, com os dilemas existentes no dia a dia, de certa forma, pudéssemos explica-los a partir do conhecimento das neurociências”, afirma Elizeu.
Para a diretora do CCBS, Berenice Carpigiani, vale ressaltar o peso dessa linha de pesquisa em termos da produção intelectual e do reconhecimento dentro e fora do Brasil. “É superimportante lembrar que o nome do Mackenzie está ganhando mais espaço porque temos parcerias nos EUA, na Inglaterra. Com isso, vamos ampliando e expandindo nosso conhecimento. Quanto mais formos conhecidos, mais força teremos aqui dentro. ”
O projeto do Laboratório de Neurociências conta com parcerias da USP e da UNIFESP, além da FAPESP, que em conjunto pretendem atender à demanda da pesquisa estabelecida com a Natura. “A FAPESP e a Natura lançaram um edital para criação de um centro de bem-estar, juntando neurociências e psicologia. A meta do centro é estudar bem-estar por uma perspectiva biológica, das vertentes e de uma perspectiva da psicologia, em particular da psicologia positiva. Parte das pesquisas em mercúrio serão desenvolvidas aqui”, explica Paulo Boggio.
O reitor da UPM, doutor Benedito Guimarães Aguiar Neto destacou o investimento que vem sendo feito nos programas de pós-graduação, pela visibilidade cada vez maior que esses programas estão tendo e, por consequência, o ganho que a universidade adquire. “A consequente visibilidade que temos, por meio dos programas de pós-graduação e de pesquisa, impactamos também na graduação e atraímos mais talentos. Com isso, a universidade fica mais conhecida e a instituição ganha como um todo” comemora o reitor.