“O sucesso não acontece por acaso. É trabalho duro, perseverança, aprendizado, estudo, sacrifício e, acima de tudo, amor pelo que você está fazendo ou aprendendo a fazer”, foi o que disse Edson Arantes do Nascimento. Em dezembro o Brasil perdeu o nome mais representativo do futebol: o Rei Pelé. Seu falecimento trouxe à tona a memória de grandes momentos e vitórias da seleção brasileira.
O professor do Centro de Comunicação e Letras (CCL) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Anderson Gurgel explica a quantidade de impactos sociais e esportivos que Pelé deixou no para o país.
“Há algo importante entre a perda de uma das maiores figuras míticas da cultura brasileira, que transcende o futebol, e o fim de 2022 que geram um espaço de profunda reflexão de significado sobre que Brasil queremos ser daqui para frente”, explica o professor.
De acordo com o docente, a morte de Pelé, logo após o novo fracasso da seleção nacional na Copa do Catar, acentua os imensos desafios que o futebol brasileiro, como importante motor da cultura e do entretenimento nacional, tem pela frente. "O nosso esporte mais amado precisa mudar, e a perda do seu maior símbolo de sucesso, na figura do Rei do Futebol, reverbera numa pergunta incômoda: Seremos o país do futebol deste século?”, pontua Gurgel.
Para o professor, os feitos alcançados no século passado são inegáveis. Entretanto, a indústria futebolística e toda sociedade brasileira vai ter de se reinventar para legitimar esse título no mundo contemporâneo. “O futebol no Brasil não é só futebol, é uma indústria importante na economia simbólica e, também, tradicional”, concluiu.