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IX Fórum de Aprendizagem Transformadora se encerra com debate sobre educação responsável

Entre depoimentos marcantes e apresentação cultural, Universidade inicia 2º semestre de 2024 

02.08.202416h59 Comunicação - Marketing Mackenzie

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IX Fórum de Aprendizagem Transformadora se encerra com debate sobre educação responsável

Encerrado na quarta-feira, dia 31 de julho, o IX Fórum de Aprendizagem Transformadora, realizado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), por meio do Centro de Excelência em Ensino e Aprendizagem Transformadora (CEAT), trouxe debates, palestras e workshops orientados pelo tema “O papel da universidade sob a perspectiva do impacto social”. O evento, que aconteceu no auditório Ruy Barbosa do Mackenzie, teve mesa de discussão sobre Educação Responsável, apresentação de resultados do MackSTLR e momento cultural com Orquestra Maré do Amanhã. 

Durante a mesa de Educação Responsável, os participantes trouxeram um pouco das ações dos Principles for Responsible Management Education (PRME, Princípios para a Educação em Gestão Responsável, em tradução livre), ação apoiada pelas Nações Unidas que visa elevar o perfil da sustentabilidade na educação de futuros líderes, equilibrando metas econômicas, ambientais e sociais. 

O pró-reitor de Extensão e Cultura da UPM, Cleverson Pereira de Almeida, mediou a mesa, destacando que uma educação responsável tem a função para com os seres humanos, o que se conecta com todos os cursos oferecidos pela Universidade Mackenzie. “Este será um espaço para conheceremos também a atuação do Instituto Fazendinhando, voltado à transformação territorial, cultural e socioambiental em favelas. Além de vermos também o Ateliê Sol, organização dedicada a apoiar mulheres em situação de vulnerabilidade social, pelo depoimento de Pablina Veloso”. 

Formar líderes para o futuro 

O gerente de Educação para Liderança no PRME, Gustavo Loiola, trouxe um pouco do contexto no qual o programa foi desenvolvido, pensando nos conflitos de governança corporativa enfrentados em 2005/2006. “De lá para cá, já temos mais de 880 instituições signatárias, em mais de 90 países, que pensam a ética na sociedade e dentro da formação de estudantes, atingindo mais de 3 milhões de alunos”, assinala ele. 

“Dentre os princípios norteadores, está a educação com sua capacidade de promover uma transformação na vida das pessoas. Precisamos pensar não apenas na educação básica, mas também no nível superior e, especialmente, na formação de líderes para os próximos anos”, pontua Loiola. 

Flávio Hourneaux Junior, presidente do PRME capítulo brasileiro, endossou a fala de Loiola e ressaltou a importância de que, para se ter lideranças éticas em dez, 20 ou 30 anos, é preciso trabalhar desde já. “É necessário atuar no ensino com esse modelo mental voltado para o desenvolvimento sustentável e responsável. O futuro depende, literalmente, disso”, diz. 

Envolvimento da sociedade 

Comentando sobre sua atuação, Ester Carro, presidente do Instituto Fazendinhando, arquiteta, empreendedora social e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) Mackenzie, lembra a relevância da atuação social para encontrar soluções conjuntas em comunidades. 

Ela pontua que, “de acordo com o IBGE (2022), existem mais de 11.400 favelas no Brasil, onde vivem cerca de 16 milhões de pessoas e, apenas com a atuação do Estado, é muito difícil que todas as questões desses espaços sejam resolvidas, portanto, é importante termos o envolvimento das empresas, universidades, da sociedade civil como um todo”. 

O Fazendinhando atua para promover o engajamento comunitário, a transformação cultural, com governança compartilhada, design circular e promoção da economia local. “Quanto mais pessoas verem e entenderem tais situações, mais conseguiremos sensibilizar pessoas e líderes para colaborar e investir em projetos que tragam mais dignidade para as pessoas”, adiciona Ester. 

Vida transformada 

Pablina Veloso, CEO do Ateliê Sol, trancista e instrutora da área, é formada em Gestão de Recursos Humanos pela UPM e é egressa do sistema prisional, que teve acesso à educação pelo projeto de Reinclusão Social de Residentes do sistema prisional brasileiro por meio da educação superior do Mackenzie. 

Dividindo um pouco de sua história até se tornar empreendedora e multiplicadora de conhecimento, Pablina é clara ao falar de sua mudança de vida. 

“Se o crime é uma ilusão, a oportunidade de educação que o Mackenzie me proporcionou foi uma experiência transformadora que me fez questionar por que perdi tanto tempo da minha vida em outra situação. Hoje, eu impacto a vida das pessoas pela capacitação de trancistas pelo Ateliê Sol”, relata Pablina. 

Segundo conta, o conhecimento e a educação a resgataram de um lugar do qual nem ela acreditava ser possível sair. “Esse conhecimento e acesso mudaram todos os meus conceitos, hoje faço dessa oportunidade uma chance para outras pessoas, multiplicando esse conhecimento”, complementa ela. 

Presente em todo o evento, o reitor da UPM, Marco Tullio de Castro Vasconcelos, no encerramento do IX Fórum, deixou claro que esse sentimento de empatia que foi trazido ao longo dos três dias de encontro, “deve nos trazer a força para retroalimentar nossa esperança e capacidade criativa da nossa governança. Essas emoções e disposição farão com que vençamos. Desejo um excelente semestre a todos”, finaliza ele. 

Para acompanhar o evento na íntegra clique aqui.