No dia 13 de março foi inaugurado o Laboratório Drug Discovery & Pharmaceutical Development-Neguebe Química e Biológica, espaço de pesquisa voltado para descoberta e desenvolvimento de novos fármacos dentro da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis, realizado por meio do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) em parceria com a Indústria Farmacêutica Hebron, com apoio do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM).
O evento contou com a presença de Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPM); reverendo Juarez Marcondes Filho, presidente do Conselho de Curadores do IPM; Hésio César de Souza Maciel, presidente do Conselho Deliberativo do IPM; José Inácio Ramos, presidente do IPM; Davi Charles Gomes, chanceler do Mackenzie; Benedito Guimarães Aguar Neto, reitor da UPM; Marco Tullio de Castro Vasconcelos, vice-reitor da UPM; Berenice Carpigiani, diretora da CCBS; Jan Carlo Bertassoni Delorenzi, diretor científico do novo Laboratório Neguebe Química e Biológica; e outras autoridades dos conselhos mackenzistas.
Josimar Henrique Júnior, presidente Executivo da Hebron Farmacêutica, também esteve presente ao lado de Joás Henrique da Silva, vice-presidente Executivo da Hebron; Bruno de Mattos Henrique, diretor de Operações; e Wedja Daniele Henrique Pires, diretora de Marketing e Relações Internacionais.
Pesquisa e inovação
Como destacado pelo conselheiro Maciel na inauguração, o novo espaço é o resultado da soma de uma indústria farmacêutica e biológica com a área acadêmica. “O Mackenzie reconhece nessa parceria o legado do Dr. Josimar (pai do atual presidente Executivo da Hebron), que idealizou este projeto. Precisamos incentivar essa visão de trabalho conjunto entre indústria e academia em nossos jovens executivos”, afirmou.
Para o vice-presidente da Hebron, o Laboratório Neguebe é o desdobramento natural do que nasceu com a empresa, “e querendo consolidar as inovações, damos um salto ao instalar um laboratório dentro de um ambiente acadêmico conceituado e de qualidade. Esse é o primeiro centro de pesquisa brasileiro localizado numa universidade e teremos, sem dúvida, resultados ótimos, pois acreditamos no potencial do Mackenzie de gerar conhecimento”, pontuou ele.
Para o Mackenzie, “é nossa responsabilidade como Universidade não apenas produzir conhecimento acadêmico, mas também transformar em inovação, com aplicabilidade. É de oito a 10 anos o tempo de maturação de um produto farmacológico, desde sua pesquisa até que ele entre no mercado efetivamente. Dessa forma, sabemos que os resultados não serão imediatos, mas serão produtivos. Estamos conscientes de nossa responsabilidade social e econômica para contribuir com o desenvolvimento do Brasil”, destacou o reitor da UPM.
Aguiar Neto apontou ainda a importância deste espaço na Universidade para desenvolver pesquisa aplicada. “É importante que o aluno possa se apropriar desse conhecimento científico e aplicá-lo para a realidade do mundo do trabalho, aquilo que ele vai encontrar no dia a dia, quando deixar nossa Universidade. Para nossos alunos, o Neguebe será de grande proveito”, complementou.
De acordo com Henrique Júnior, a Hebron, desde o início, buscou parcerias com universidades, sendo este passo agora junto ao Mackenzie um marco. “Desenvolvendo novos fármacos, trazendo pesquisa, inovação e acesso a medicamentos; pois parte da população brasileira ainda não tem fácil acesso a eles, então esse trabalho tem como objetivo trazer saúde para o povo brasileiro”, disse ele.
O Brasil e a indústria farmacêutica
Segundo contou Delorenzi, coordenador do laboratório Neguebe, o Brasil está muito atrasado no desenvolvimento de fármacos no mundo, apesar desta ser uma das indústrias de maior crescimento. “O Brasil tem hoje alta fabricação de medicamentos similares e genéricos, mas uma dificuldade muito grande em produzir inovação e é ela que de fato impacta na melhoria do medicamento oferecido para a população e que precisamos buscar”.
Ele explica que o laboratório fará desde o design, o desenho das moléculas, até o desenvolvimento, a parte sintética, bem como testes que permitirão avaliar se esse fármaco pode ser usado pela população ou não. “Mas este ainda não é o produto acabado”.
Questionado a respeito do posicionamento do Brasil, Delorenzi afirma que falta investimento na área em nosso país, pois é de risco. “A cada mil moléculas desenvolvidas, apenas uma vai virar produto acabado”, pontuou ele. Ele conta que o laboratório deve atuar no desenvolvimento de moléculas para várias áreas, mas que o foco inicial é em doenças infecciosas, para a produção de antimicrobianos. Esse é o pontapé inicial.
Apoio institucional
Ramos, presidente do IPM, destaca o imenso prazer do Instituto em prover as melhores condições de infraestrutura para que professores, pesquisadores e alunos desenvolvam seu campo de pesquisa. “Acrescento a alegria dessa parceria em homenagem ao nosso saudoso conselheiro Josimar Henrique, inaugurando algo que foi sonho de um conselheiro nosso e que certamente fará um bem enorme a toda comunidade acadêmica, científica e a comunidade e população geral”, completou ele.
“Ninguém constrói nada se não construir para os outros. Que Deus use cada um dos senhores para o bem e que semeiem como quem planta no deserto do Neguebe, que dá nome ao novo local de pesquisa, sabendo que um dia a água virá”, finalizou o reverendo Brasileiro abençoando a iniciativa.
Sobre a Hebron
A Hebron foi fundada em 1990, e derivou de um projeto que teve início em 1980. Além de seus objetivos comerciais, tem também a missão de levar o evangelho por meio de sua atuação. Em 2010 a empresa chegou aos EUA. Hoje tem produtos em todo território Brasileiro com visitas a cerca de 60 mil médicos mensalmente. Possui um parque industrial em Caruaru e preza pela qualidade de seus produtos, investindo muito na área de controle.