“O Fórum congrega dirigentes de empresas e instituições de ensino superior filantrópicas que estão unidas para mostrar à sociedade e ao governo a contribuição que tem sido dada em todo o Brasil. São hospitais, casas de saúde, sanatórios, escolas de todos os níveis, desde a Educação Básica até o Ensino Superior, creches. Todas elas são entidades essenciais que estão onde o Estado não tem condições de estar. O FONIF tem essa missão: para que juntos possamos mostrar à sociedade o real significado de sermos filantrópicos e o benefício advindo dessas ações”.
A fala de José Inácio Ramos, presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), resume o objetivo e o trabalho desenvolvido pelo Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (FONIF), do qual Ramos é também vice-presidente. O FONIF em Ação, evento ocorrido sexta-feira, 21 de setembro no campus Higienópolis do Mackenzie, contou com autoridades mackenzistas e de diversas instituições filantrópicas associadas.
O presidente do Fórum, Custódio Pereira, agradeceu a parceria de todos e ressaltou que desde a primeira reunião do FONIF, em 2013, já estavam escrevendo uma nova história. Pereira destacou o suporte de Benedito Guimarães Aguiar Neto, reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), que “logo em nosso início nos apoiou como presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB), colocando toda confiança dessa entidade no FONIF, sem contar a participação da Instituição desde o início”.
Durante o evento, foram apresentadas as principais atividades desenvolvidas pela instituição filantrópica; o trabalho para a aprovação do Dia Nacional da Filantropia (que tramita sob o Projeto de Lei 8.697/2017); e atualização da pesquisa “Contrapartida das Filantrópicas”, que apresentou dados relevantes para a defesa da filantropia no Brasil. De acordo com o presidente do FONIF, “para cada um real de imunidade concedido, as filantrópicas retornam mais de sete vezes em benefícios, se fosse um investimento, quem não iria aderir?”.
Desafios
Atualmente, o FONIF enxerga três grandes desafios a serem vencidos: diminuir a percepção negativa do setor filantrópico pela sociedade; melhorar o conhecimento das pessoas de uma maneira em geral quanto à contribuição para sociedade; e a atuação articulada e cooperativa que ainda é insuficiente.
Para abordar essas questões, foram desenhadas ações voltadas para: esclarecer e fortalecer o conceito da filantropia; valorizar o trabalho de tais instituições no Brasil; mobilizar a sociedade em favor dos necessitados; promover sinergia entre as classes empresariais, Governo e sociedade civil; e educar e engajar novas gerações para ações de solidariedade.
Reconhecimento
Pereira pontuou que o Fórum visa o reconhecimento pelo grande trabalho que tais instituições desenvolvem há séculos, independentemente de leis e ministérios que hoje existem. “Congregamos quase que toda a representatividade das filantrópicas do país, hoje são 11.100 instituições no Brasil trabalhando pelo bem das pessoas e defesa de princípios que tocam a dignidade humana”, disse.
“Estou muito feliz em receber o Fórum em nossa casa aqui no Mackenzie. Desde sua primeira reunião, ficou claro que não seria uma entidade qualquer, mas sim uma que trabalharia em conjunto para dar mais eficiência a todos os projetos já desenvolvidos por cada uma das integrantes da entidade, que iniciou com cerca de 40 instituições. Os objetivos do FONIF são os nossos objetivos como instituições filantrópicas e, portanto, pautado em princípios e valores”, afirmou Aguiar Neto, reitor da UPM.
História filantrópica
Segundo contou José Inácio Ramos, o Mackenzie pratica filantropia desde 1870 ao alcançar crianças menos favorecidas e colocá-las nas mesmas salas que outras com melhores condições, proporcionando educação de qualidade para dignidade da população.
“Está no DNA do Mackenzie a filantropia e nossa participação no FONIF é parte disso, o presidente do Fórum, inclusive, já foi o nosso diretor-presidente e reconhecemos a importância de congregar num fórum as lideranças das grandes instituições confessionais. Temos aqui entidades filantrópicas confessionais católicas, metodistas, batistas, adventistas, nós, presbiterianos, e muitos outros. É um exemplo de união entre várias entidades e que a própria sociedade consegue através de instituições sérias e que têm princípios bem fundamentados para promover o bem-estar que o Estado nem sempre consegue”, completa o presidente mackenzista.