A Apple Developer Academy | Mackenzie é um laboratório dentro da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis, em que os alunos participantes têm a possibilidade de desenvolverem diversas ideias tecnológicas, acompanhados de professores e profissionais, e que permite o protagonismo estudantil. A partir desse programa, os três estudantes, Beatriz Duque, Gabriel Batista e Thallis Sousa, criaram o aplicativo SPerifa.
O objetivo do aplicativo é criar e estabelecer uma rede colaborativa entre moradores de periferias, que compartilharão opções de lazer existentes nos seus bairros, buscando ampliar as opções culturais nas quebradas da cidade de São Paulo. A criação ainda contou com um estande na ExpoFavela - feira de negócios cujos expositores são empreendedores e startups de comunidades, que aconteceu entre os dias 15 e 17 de abril.
“É muito bom quando percebemos que os estudantes estão trabalhando em soluções que vão ao encontro das necessidades da população. É importante para nós que os alunos percebam o lado humano da profissão, não se trata apenas de ser bem sucedido ou de acumular riquezas, mas de retribuir à sociedade o que eles têm recebido na Universidade. Me sinto muito honrado em ser parte de histórias como essa”, expressa o professor do programa que acompanhou de perto o grupo, Pedro Cacique, que atua na Faculdade de Computação e Informática (FCI) da UPM.
Os alunos relatam que, por viverem em regiões periféricas, perceberam que para realizarem atividades de lazer é necessário se locomover por horas. “Ao mesmo tempo, sabemos que há várias opções interessantes perto das nossas casas, mas que a maioria das pessoas sequer sabem que existem. Então, criamos o SPerifa para resolver este problema, apresentando essas opções de lazer dentro das nossas próprias comunidades e dando visibilidade ao que existe ao nosso redor”, explicou Beatriz.
“A maior motivação, acreditamos, é criar uma alternativa tecnológica que consiga melhorar a qualidade de vida das pessoas das nossas ‘quebradas’, trazendo a periferia para o centro da questão”, completa Thallis Sousa.
O aplicativo teve repercussão em diversos veículos de comunicação do país, o que causou grande empolgação no grupo para seguir com a ideia, que foi inicialmente idealizada por Thallis Sousa. Após o primeiro mês de trabalho, convidou os desenvolvedores Gabriel Batista e Beatriz Duque para trabalharem também. O trio optou por utilizar a metodologia aprendida na Academy: Challenge Based Learning (Aprendizagem Baseada em Desafios), que envolve engajamento, investigação e ação.
Eles ainda contam que, atualmente, o maior desafio tem sido lançar o projeto em outras lojas de aplicativos, e estão focados em encontrar parcerias que ajudem com o desenvolvimento e lançamento da versão para os usuários desse sistema operacional. Enquanto isso, é possível acessar o conteúdo, clicando aqui.
Sobre o apoio da Apple Academy, os estudantes afirmam que o programa proporciona um ambiente extraordinário para que consigam desenvolver ao máximo os projetos e trabalhar com aquilo que acreditam poder impactar o mundo. “Além disso, é muito enriquecedor conviver com pessoas de cursos, carreiras e históricos tão distintos, que sempre conseguem agregar às nossas ideias e apontar caminhos que nos ajudam a desenvolver um aplicativo da melhor forma possível”, finaliza Gabriel.