A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) inaugurou, no dia 28 de abril, no campus Higienópolis, dois novos laboratórios voltados para pesquisa e atendimento à população, ambos estão localizados no prédio da Rua Piauí, 181. A inauguração dos espaços contou com a presença do reitor da Universidade, professor Marco Tullio de Castro Vasconcelos; do diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Jan Carlo Delorenzi; do secretário de Educação de Embu das Artes, Pedro Ângelo da Silva Lima; além de diversos pró-reitores, diretores de unidades acadêmicas e professores da UPM.
De acordo com Vasconcelos, a inauguração dos dois novos espaços se dá num momento muito emblemático, em primeiro lugar porque ocorreu na mesma data em que se celebra o Dia da Educação e, em segundo, porque se dá no ano de aniversário dos 70 anos da UPM e vem coroar o importante trabalho em pesquisa, desenvolvimento, atendimento à população e formação de bons profissionais e cidadãos que a Universidade realiza desde seu início.
Pesquisa, formação e cuidado
O novíssimo Centro de Pesquisa pela Infância e Adolescência, ligado ao CCBS, funciona no 9º andar do edifício e é um espaço preparado com diversas salas para atendimento e pesquisa, que recebeu alto investimento. Há equipamentos para análises de atividades cerebrais, jogos e itens lúdicos para avaliação motora e laboratórios para entrevistas e dinâmicas, tanto com crianças e adolescentes, quanto com pais e responsáveis.
“Hoje é dia de dar graças a Deus! Quero agradecer a presença de todos e ressaltar que estamos dando continuidade a um trabalho muito importante. A ideia desse programa é muito especial, atendendo a nossos adolescentes e crianças. São desejos auspiciosos que tratam de preservar, cuidar e abençoar a vida das pessoas. Temos de atuar sob a perspectiva do carinho, do zelo, do cuidado e sentimento com as pessoas. Está em nosso coração e propósito o desejo de fazer as coisas bem-feitas”, pontuou o reitor da UPM.
Segundo o professor Delorenzi, no Serviço Escola, somente no último bimestre já foram atendidas mais de 700 pessoas, o que já conta cerca de três mil atendimentos em geral. “Esse Centro que inauguramos é mais um local de pesquisa e desenvolvimento para nossos professores e alunos do CCBS, e de atendimento à comunidade em geral”, disse o diretor.
Para o reitor, ao tratar dessas pessoas, que são o patrimônio de nossa sociedade, “estamos fazendo algo a mais, ajudando-os a terem um futuro mais digno. De alguma forma, são as utopias que devem mover o nosso coração”, adicionou ele.
De acordo com Vasconcelos, a ideia é transformar o centro em uma referência nacional e, quem sabe, internacional em pesquisa pela infância e adolescência. “Não é apenas fazer pesquisa, mas pesquisa de qualidade. Até o ano que vem, queremos criar mais cinco centros de excelência em pesquisa na nossa Universidade. E aproveito aqui para enfatizar o apoio do presidente de nosso Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), Milton Flávio Moura, em toda essa trajetória”, destacou.
A professora Ana Alexandra Caldas Osório, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, do CCBS, também presente no evento, aproveitou a oportunidade para agradecer todo o corpo docente da unidade acadêmica, bem como todo “apoio material, institucional e sentimental do reitor e de toda equipe, incluindo nossos pró-reitores, a professora Berenice Carpigiani, antiga diretora do CCBS, e a coordenadora Maria Cristina Triguero Veloz Teixeira, da Coordenadoria de Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu (CPG) da UPM”, ressaltou.
Clínica Escola de Fisioterapia
Já o novo espaço da Clínica Escola de Fisioterapia do CCBS funciona no primeiro andar do edifício da Rua Piauí, 181 e, como pontua o diretor Delorenzi, “queremos que o Mackenzie continue a ser uma referência em saúde, mostrando para nossa população que fazemos saúde e atendimento com qualidade”.
O diretor destaca que há muita demanda para o trabalho das clínicas que efetuam atendimento à comunidade, como o trabalho da Serviço Escola de Psicologia Mackenzie e da Clínica Escola de Nutrição. “Temos muita demanda e, com o novo espaço, ainda vamos ampliar, para glória de Deus!”, completou.
Claramente emocionado com o momento, o reitor da UPM afirmou que a expectativa com o novo espaço é de um aumento de cerca de 60% nos atendimentos realizados. “Apesar de ser um dever nosso de bem atender, cuidar de pessoas e trazer mais qualidade à vida de todos, devemos ficar gratos por podermos realizar o que estamos fazendo nesse momento. Precisamos nos mover em direção às realizações, ter este ímpeto. E são nossos professores que trazem essa motivação também”, assinalou.
Para a professora Berenice Carpigiani, essa é uma oportunidade de lembrar a trajetória do curso de Fisioterapia e sua importância na realidade brasileira. “Um curso que teve de se reorganizar, mas sobreviveu e cresceu. Agradeço a todos os professores, essa equipe maravilhosa, em especial ao brilho no olhar de cada um que fez com isso se tornasse realidade”.
Qualidade no ensino e no atendimento
O professor Marcelo Fernandes, coordenador do curso de Fisioterapia, conversou com a gente para explicar um pouco mais a respeito do novo espaço e de como beneficiará os estudantes e a sociedade.
Quais são os principais ganhos com o novo espaço, professor?
Marcelo Fernandes: São muitos. A ideia é que a Clínica Escola de Fisioterapia atenda ao público externo, e esse é o grande e principal benefício, ou seja, vai prestar serviço para a comunidade no entorno e nós esperamos expandir, inclusive, os horizontes de captação de pacientes. Dessa forma, nossa expectativa é que não venham apenas pacientes dos arredores, mas que a gente consiga a consolidação desse espaço de diversas formas. Assim, nosso prédio será um centro de saúde, com a perspectiva de expandir essa captação para territórios mais distantes de São Paulo e de municípios vizinhos.
Para os alunos, a clínica é um espaço fundamental de consolidação dos conhecimentos que eles adquirem ao longo dos anos na Fisioterapia. Dos cinco anos de curso, ao longo dos quatro primeiros, o estudante recebe treinamento, aulas teóricas e práticas, e vivências e afins, mas ele consolida todo esse conjunto de conteúdos no último ano na clínica. Dessa forma, este é um espaço onde ele vai aplicar, junto ao paciente, todo o conjunto de saberes que ele adquiriu, é o local em que ele se mostra apto a ser reconhecido e posicionado na sociedade como fisioterapeuta capaz, com formação de qualidade! Assim, ali o aluno consegue desenvolver todo o seu potencial técnico.
Para o Mackenzie é algo que o coloca dentro da perspectiva da saúde municipal, porque a Clínica Escola de Fisioterapia, integrando esse centro de saúde que temos, torna-se um local de referência em função das parcerias que nós já temos e que vamos desenvolver ainda mais. Ou seja, o Mackenzie se firma ainda mais no cenário da saúde.
É importante dizer que esses atendimentos são gratuitos. Então, para a comunidade, o espaço se constitui em uma oportunidade de atendimento para pessoas que talvez não teriam acesso a determinados tratamentos e isso vai ao encontro da grande missão confessional do Mackenzie, que é de prestar acolhimento, uma formação adequada para os seus alunos e ser realmente uma referência, transformando a vida das pessoas.
Como as pessoas podem ter acesso ao atendimento?
MF: As pessoas podem ter acesso ao nosso atendimento ligando no telefone da clínica e passando algumas informações de cadastro. A partir daí ela entra em uma lista de pacientes que os professores vão convocando. Essencialmente, na clínica, nós prestamos atendimentos na área da neurologia, fisioterapia neurológica, fisioterapia musculoesquelética e casos de pacientes pneumopatas ou cardiopatas (pacientes infantis).
Qual a expectativa de aumento nos atendimentos com o novo espaço?
MF: Num cenário pré-pandemia nós chegávamos em um número de 1.000 pacientes atendidos no semestre no nosso espaço de clínica anterior. Com essa abertura, esperamos um aumento de até 60%, podemos chegar até 1.500 ou 1.600 pacientes atendidos no semestre.
É um número bem alto, como funciona esse trabalho?
MF: É um número expressivo. Conseguimos isso porque temos horários de atendimentos e diversos alunos que acompanham os pacientes. O rodízio de pacientes é muito dinâmico e permite esse volume. Com o novo espaço, vamos otimizar o rodízio, por isso a previsão de aumento em 60%.
A clínica funciona do período da manhã, das 07h30 às 12h para atendimento ao público externo. Quem presta os atendimentos são os alunos em estágio obrigatório sob supervisão direta e contínua dos professores.
No período da tarde, a clínica é aberta para receber e acolher os nossos projetos de extensão. Nós temos, atualmente no curso, quatro projetos de extensão em que alunos que não estão no último ano têm uma vivência prática na clínica. Fazemos isso no período da tarde e com pacientes de menor gravidade, na perspectiva da saúde do atleta, da cardiorrespiratória, da saúde da mulher e da fibromialgia. Ambos os projetos ocorrem sob supervisão direta de dois professores: da área da neurologia e da musculoesquelética.
Como são os equipamentos da clínica?
MF: A clínica é equipada com equipamentos da fisioterapia de ponta. Além do novo espaço, ainda realizamos a aquisição de diversos equipamentos que nos coloca na posição de tratamento de vanguarda, na área da musculoesquelética, da neurologia etc. São equipamentos tecnológicos na área da eletroterapia, fototerapia, termoterapia, fisioterapia funcional, com uma abordagem funcional, treinamento físico. Há todo um conjunto de aparatos que nos permite dizer que a clínica está dentro de um alto padrão técnico.
Reforço aqui também o trabalho da professora Marília Rezende Callegari, que é a nossa coordenadora direta da clínica. Ela conduz as atividades de forma presente no dia a dia e tem feito um trabalho único que beneficia a todos: alunos mackenzistas, comunidade e nossa Universidade.