No dia 16 de abril, a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) comemora seu sexagésimo nono aniversário, mas sua história começou bem antes. Em 1896, o Mackenzie inaugurou a Escola de Engenharia, a mais antiga do país, de natureza privada, comunitária e confessional, com diplomas emitidos pela Universidade de Nova Iorque. Depois de seis décadas implementando novos cursos e unidades no ensino superior, em 1952, o presidente Getúlio Vargas assinou o decreto elevando a instituição à condição de Universidade.
Atualmente, a Universidade está presente em diversas áreas do conhecimento e oferece cursos na graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado. Com base no tripé: ensino, pesquisa e extensão, a UPM incentiva o protagonismo estudantil, empreendedorismo, internacionalização, programas de extensão, prática esportiva, responsabilidade social e outros.
Ao longo desses 69 anos, a instituição de educação mantém seu prestígio nacional e internacional. De acordo com o reitor da UPM, professor Marco Tullio de Castro Vasconcelos, existem muitas razões às quais podemos atribuir essa reputação, como: os altos índices de empregabilidade dos egressos; estágios oferecidos pela própria Universidade, que ajudam os estudantes a vivenciar o ambiente empresarial; o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas; parcerias com universidades estrangeiras e uma equipe de profissionais renomados, reconhecidos em suas áreas do saber.
Para o reitor, os docentes, dedicados ao processo de ensino e à produção de resultados importantes com suas próprias pesquisas, trazem prestígio à UPM, por atender às demandas da sociedade e beneficiar a população. “Recentemente, a UPM realizou importantes atividades de extensão direcionadas para combater ou mitigar os impactos da covid-19”, comenta. A criação de respiradores e a produção de protetores faciais, ambos desenvolvidos pela Escola de Engenharia (EE), é um exemplo. Confira mais ações aqui.
Durante seus 69 anos de vida, a UPM acompanhou o progresso do estado de São Paulo e o crescimento da capital, como pontua o presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), José Inácio Ramos. “Nossa Universidade tem fornecido, ao longo de sua existência, tanto à cidade, quanto ao estado e ao país, profissionais dos mais competentes em várias áreas do conhecimento, que honram o nome do Mackenzie com denodo e elevado comprometimento” completa.
Além disso, o presidente aproveitou para prestigiar os colaboradores, dedicados e comprometidos e o corpo docente, reconhecido, qualificado e respeitado. “O salto na inovação, na pesquisa e aprimoramento dos métodos de ensino colocam nossa Universidade como uma das mais importantes no cenário da educação do Brasil”, afirma.
O chanceler do Mackenzie, reverendo Robinson Grangeiro Monteiro, parabenizou a UPM por quase sete décadas de atuação no meio educacional, com repercussões mundiais, por meio dos educadores e alunos, que oferecem seus serviços a órgãos públicos, empresas privadas e instituições em todo o mundo.
“Nós queremos agradecer porque, 150 anos depois daquele humilde começo do casal Chamberlain fundando a Escola Americana aqui em São Paulo, podemos ver como o Mackenzie cresceu. Hoje, são escolas, faculdades, hospitais e principalmente a Universidade Presbiteriana Mackenzie, a joia da coroa do IPM, seu mantenedor”, diz o chanceler.
O espírito mackenzista
O Mackenzie tem um significado emocional muito especial para todas as pessoas que passam por ele. Para Rônix Lima, aluno de Publicidade e Propaganda do Centro de Comunicação e Letras (CCL) da UPM, por exemplo, o espírito mackenzista é feliz, determinado e cheio de objetivos, “e nos leva a fazer tudo o que fazemos da melhor forma possível”, diz.
Já para Joana Pereira Gomes, aluna do curso de Fisioterapia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da UPM, esse sentimento se reflete em “valorizar o ensino dado pela Universidade no mercado de trabalho e em questões acadêmicas”.
Com 20 anos de Mackenzie, o diretor da Faculdade de Direito (FDir), professor Gianpaolo Poggio Smanio, comenta sobre a amizade e a fraternidade entre todos os mackenzistas, estendidos em ações para o benefício de toda a comunidade. “Daí a importância de nossa Universidade para a sociedade, pois o nosso trabalho acadêmico e a nossa pesquisa científica são voltados para a melhoria de vida dos cidadãos em todas as áreas”, completa.
As memórias do percurso dentro do Mackenzie fortalecem laços de amizade, respeito e de amor, segundo a professora Berenice Carpigiani, diretora do CCBS. “Os profissionais que se formam nos nossos cursos se reconhecem em qualquer parte do mundo, festejam seus encontros”, enfatiza ela.
A opinião do reitor complementa esse sentimento, para ele, o significado do “espírito mackenzista” é promover uma comunidade solidária, dinâmica, criativa, animada, colaborativa e inovadora, fruto das experiências e trocas por meio da convivência com colegas, professores, profissionais de grandes empresas, representantes de governos e pessoas de outros países.
“O Mackenzie é um lugar onde se aprende a valorizar o esforço, o trabalho, o estudo. Ficamos contentes com o sucesso dos outros, dos prêmios recebidos pelos nossos professores e dos postos alcançados por nossos alunos”, pontua o professor Marco Tullio.
Portas abertas
Com foco na carreira de fisioterapeuta, Joana afirma receber de seus docentes instruções de como ser uma profissional notável, com valores de saúde e tratamento, e a relevância de saber lidar com o paciente como um todo, “para além da doença, com um olhar mais aberto e humano”, explica.
Para Rônix, a UPM sempre proporcionou experiências acadêmicas, mas também prestou apoio emocional, intelectual e espiritual. “Mostrar como ter uma conduta ética e moral contribuiu no meu crescimento pessoal, o que acabou afetando minha vida profissional”, assinala.
A aproximação do futuro publicitário com o universo do empreendedorismo aconteceu dentro da Instituição. “O Empreenda Mack me abriu os olhos”, conta. Segundo ele, o Mackenzie garante vivências práticas, seja pelos projetos ou até mesmo incentivo dos professores, que os convidam para serviços e trabalhos, voluntários ou não.
Fora o aprendizado acadêmico, Rônix construiu laços de amizade e aproveitou momentos descontraídos, como o Mackenzie Day e o Acampa Mack. Já Joana, fã assumida de seu curso, diz ter as melhores lembranças dentro da Universidade, mas destacou algumas: o Interclasses, campeonato de esporte criado e realizado para o curso de Fisioterapia; a prova de primeiros socorros e os atendimentos em sua área.
Desafios enfrentados
No ano de 2020, as instituições de ensino do Brasil fecharam suas portas devido à disseminação do coronavírus e as aulas passaram a ser ministradas de forma remota, excepcionalmente. Segundo o reitor, ao longo desses 69 anos foram enfrentados muitos desafios derivados das transformações demográficas, políticas, culturais, sociais e tecnológicas. “O que nos ajuda a superar esses desafios é o esforço, ou tentativa, de estarmos sempre um passo à frente de nosso tempo, o que não é uma tarefa fácil”, explica.
Por isso, a pesquisa por novas tecnologias e a escolha das melhores é um diferencial positivo. “Isto tem sido possível graças à boa capacidade técnica e à intelectual existentes de antecipar tendências. Nossos professores são fundamentais para que isto ocorra com efetividade”, afirma Marco Tullio, ao comentar sobre como a Universidade demonstrou capacidade de resposta, mesmo que ninguém no mundo pudesse prever todos os impactos negativos da pandemia de covid-19.
O investimento na capacitação dos docentes e o ajuste da prática pedagógica e dos processos acadêmico-administrativos foram feitos por meio das Faculdades e Centros Acadêmicos, como explica o reitor. Além disso, hospitais receberam auxílios e foram produzidas pesquisas de alto nível para atravessar a situação social e econômica do Brasil. Em meio à pandemia, foi disponibilizado o Benefício Conectividade, ação responsável pela distribuição de chips de dados móveis para alunos bolsistas e prounistas com dificuldade de acompanhar as aulas pela falta de internet.
“Este é um momento histórico. De muita dificuldade, pressão, medo, sofrimento. A UPM, entidade confessional e comunitária, reconhece estes problemas e entende que precisa agir com competência e diligência para que o papel social de uma universidade seja plenamente cumprido. Creio que é nessa direção que ela tem caminhado”, pontua Marco Tullio.
Para a professora Berenice, a proatividade da Reitoria nas decisões sobre o andamento da nova rotina, critérios e planejamento dentro da pandemia fazem toda a diferença. “Outro motivo é o empenho dos professores em acompanhar, aprender, acalmar, redimensionar suas disciplinas e as didáticas de ensino”, assinala.
O chanceler aproveitou para deixar uma mensagem de agradecimento aos educadores e gestores que, mesmo em meio a uma crise como a da pandemia, têm se desdobrado e se dedicado com o objetivo de oferecer o mesmo serviço aos alunos e à sociedade brasileira. “Têm sido dias difíceis, desafiadores, como muitos falam, e que nós precisamos nos reinventar, como instituição e como educadores, mas Deus tem estado acima de tudo e a nossa frente”, completa.
Juntos construímos nossa história
Antes de tomar posse da Reitoria, Marco Tullio atuava como vice-reitor da UPM. Para ele, comemorar o aniversário da Universidade nessa posição é uma oportunidade de contribuir com a transformação social e a propagação da fé cristã reformada. “Deus tem sido meu ajudador, mas tenho contado, também, com muitos amigos e colegas, todos profissionais qualificados que têm atuado com o mesmo propósito”, comemora ele.
Vasconcelos aproveitou para comentar que não imaginava ter essa experiência em meio à pandemia, e que vê, por outro lado, o privilégio de poder fazer algo de positivo e diferente nesse momento.
“A missão recebida não mudou, mas sua execução ganhou novos, e não esperados, contornos. Não posso deixar de mencionar, ainda, a dedicação de todos nesse momento, seja com as aulas on-line, tecnologias e as questões de acesso de alguns alunos, dentre outros pontos. Sou, e sempre, serei grato por tudo”, comenta o reitor.
Com 33 anos de docência, a diretora do CCBS se diz grata em celebrar essa data. “Cresci como pessoa e profissional. Enquanto isso, meus filhos cresciam juntos e aqui se formaram”, conta. Já para o professor Smanio, estar presente nessa celebração é “sentir que fazemos parte de sua história, de sua tradição, que foi construída por gerações de mackenzistas”, assinala o diretor da FDir.
Sobre as expectativas para o novo ano, a professora Berenice deseja que “o Mackenzie continue forte, digno e humano e que seus valores impulsionem e sejam a base desta força”. A continuidade do trabalho com foco no crescimento e aperfeiçoamento da Instituição são os anseios do professor Smanio, que almeja “vencermos a pandemia e podermos voltar ao convívio presencial com nossos companheiros e nossos alunos”, finaliza.
Confira, abaixo, as mensagens do reitor, presidente e chanceler: