Por que inundações são cada vez mais frequentes nas cidades?

Infraestrutura urbana e questões climáticas são causas para desastres

19.03.202517h18 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Por que inundações são cada vez mais frequentes nas cidades?

Os desastres naturais de grandes proporções, causados pelo aquecimento global, como as secas e inundações, estão cada vez mais frequentes, causando consequências nas cidades brasileiras e no cotidiano da população. O fenômeno das inundações é resultado do extravasamento da água de determinado corpo hídrico para sua planície, entre outros motivos, pelas chuvas volumosas. Suas causas antrópicas, isto é, pela ação humana, incluem assoreamento dos rios, remoção da mata ciliar e impermeabilização do solo nas cidades. 

De acordo com estudo desenvolvido por pesquisadores das universidades de Bristol, na Inglaterra, e Cardiff, no País de Gales, em parceria com a ONG internacional WaterAid, aproximadamente uma em cada cinco, o que representa 17%, das cidades estudadas experimentam a intensificação de secas e inundações, e 20% das cidades testemunharam grandes mudanças de um extremo ao outro. 

O livro “Por que as cidades inundam? Dos fenômenos naturais à construção dos desastres”, publicado pela Editora Mackenzie e escrito pelos professores da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Afonso Celso Vanoni de Castro, Pérola Felipette Brocaneli e Antonio Eduardo Giansante, oferece uma análise abrangente sobre os desastres naturais causados pelas inundações urbanas no Brasil.  

Ao investigar desde o ciclo hidrológico natural até as complexas interações entre a urbanização e o meio ambiente, a obra revela como a ação humana exacerba esses fenômenos naturais. Os autores guiam o leitor por uma compreensão profunda e necessária desses desastres.  

O professor do curso de Arquitetura da UPM e um dos autores, Afonso Celso, explica que recursos hídricos são as soluções adotadas para as infraestruturas urbanas e supressão de vegetação que ampliam as consequências das mudanças climáticas em todo o mundo. Mas, segundo o especialista, há iniciativas que podem mudar esse cenário, como a atuação na superfície das cidades, onde as chuvas caem com um novo sistema de infraestrutura verde para controle do escoamento, redução de impactos e tratamento das águas pluviais. 

A estratégia é retardar o escoamento, espalhar e ampliar a infiltração, reduzindo volume e velocidade e, assim, diminuir risco de impactos. “São Paulo levará muito tempo para corrigir esses problemas históricos. É fácil estragar, agora corrigir requer muito esforço”, completa o professor da Engenharia Civil da UPM e autor da obra, Antonio Giasante. 

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