09.09.2019 Atualidades
A XXXI Semana da Escola de Engenharia (EE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) teve sua abertura com um auditório Ruy Barbosa lotado e palestra de Sidney Simonaggio, vice-presidente da Enel Brasil, grupo italiano que adquiriu a Eletropaulo no ano passado e que atua na área de distribuição, geração e transmissão de energia, presente em mais de 30 países.
Sergio Lex, diretor da EE, esteve presente na abertura, destacando que o evento como um todo, que ocorre no campus Higienópolis do Mackenzie entre 09 e 13 de setembro, terá cerca de 100 atividades, entre palestras, mesa-redonda e workshops. “Todas atividades terão a participação de profissionais do mercado, presidentes de empresas, gente que tem uma grande bagagem, tanto no ambiente empresarial, quanto no ambiente de pesquisa”, enfatiza o diretor ressaltando o tema Ciência, Tecnologia e Inovação em Engenharia que permeia a Semana.
De acordo com ele, as experiências passadas por todos esses especialistas serão úteis para os futuros engenheiros, fazendo com que os alunos, além do ambiente puramente acadêmico, tenham um contato com a realidade de mercado.
“O ambiente de trabalho exige uma série de competências e conhecimentos dinâmicos que precisam complementar a formação acadêmica. O convívio com esses palestrantes abre os horizontes, permite a eles desenvolverem competências, avaliarem a importância da inovação e do empreendedorismo”, complementa Lex.
Exemplo disso foi a apresentação de Simonaggio, que diz ser um prazer palestrar no Mackenzie sobre a carreira do engenheiro. O atual vice-presidente da Enel Brasil conta que iniciou sua história na área em 1972, quando seu pai disse que o matricularia num curso técnico de eletrotécnica, entrando em 75 no curso de Engenharia Eletrotécnica.
Para Simonaggio, ser engenheiro é estar em constante movimento e acompanhamento do desenvolvimento tecnológico. “O engenheiro é aquele que materializa as coisas, mais que em outras carreiras até. Não se pode atuar na profissão sem deixar sua marca, sua produção, aquele que acrescenta algo é quem faz a diferença e obtém sucesso. É preciso criar em todas as áreas, e isso é mais verdade ainda para o engenheiro”, pontua.
Além disso, ele coloca que o produto deve ter possibilidade física, que torne o mundo mais eficiente, que simplifique a vida ou torne algo anterior obsoleto. “Tem de ter sentido econômico. O engenheiro tende a se apaixonar pela técnica e esquecer a perspectiva financeira do que tem de fazer, e não se pode perder isso de perspectiva”, adiciona Simonaggio.
Ele complementa que durante a atuação, o profissional não pode perder nunca a noção de equilíbrio ambiental. “Esse é o tripé da sustentabilidade: algo que possa ser viável física e economicamente, que faça sentido e melhore algo na sociedade, e que esteja em equilíbrio com o ambiente”.
Como exemplo, ele citou a inovação dos medidores de energia elétrica que sua empresa está promovendo, mas que tem foco na logística reversa. “Sendo o novo medidor ambientalmente justificável e o velho totalmente desmontado para reciclagem”, assinala.
“Busquem esse tripé da sustentabilidade, o resto é técnica. E esta casa, o Mackenzie, ensina muito bem a técnica e os valores”, finaliza Simonaggio.
Protagonismo estudantil
Segundo conta Lex, a XXXI Semana da Escola de Engenharia é também uma oportunidade de desenvolver o protagonismo estudantil dos mackenzistas, já que o evento oferece uma amplitude muito grande de atividades. “O aluno pode escolher as palestras. Se quiser, pode assistir palestra de manhã, tarde e noite durante os cinco dias da semana. Ele vai trilhando o rumo das próprias escolhas”, diz.
Para ele, a grande oportunidade está no fato de que o estudante não necessariamente deve escolher os assuntos que estão ligados ao curso. “Podem escolher assuntos diferentes do que estão acostumados a vivenciar no dia a dia da Escola. Assim, têm a possibilidade de ampliar seu conhecimento, seu horizonte de atuação”, encerra o diretor da Escola de Engenharia.
Reflexão
A abertura contou ainda com a presença do capelão Jonatas Abdias de Macedo, que em sua reflexão destacou que o cristianismo é um grande entusiasta da tecnologia e que foi através de ferramentas que Deus resolveu salvar a raça humana durante o dilúvio, e deixou uma ressalva importante: “precisamos tomar cuidado, pois tecnologia muda como pensamos e não podemos deixar que ela nos comande, ela é serva e não senhor”.