09.01.2024 - EM Atualidades
O século XXI se tornou a era dos dispositivos móveis onipresentes, tornando sua influência na educação das crianças é inegável. Pensando nesse cenário dinâmico, conversamos com a especialista em Educação e Tecnologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), professora Ana Lúcia Lopes, para compreender a fundo os desafios e as oportunidades que essa revolução tecnológica apresenta, especialmente no contexto educacional.
De acordo com a professora, o excesso de telas não só impacta a concentração e aprendizagem, mas também as interações sociais das crianças. É necessário estar alerta a respeito do vício em jogos digitais, e a exposição a crimes cibernéticos nas redes sociais, como cyberbullying.
“A questão é muito séria, portanto, é necessário um alerta sobre a responsabilidade de proteção social no mundo digital”, enfatiza Lopes. Controlar o tempo das telas, supervisionar o que as crianças acessam e educar o bom uso dos recursos digitais, são ações importantes para precaver esses perigos.
Para Lopes, é crucial uma abordagem integrada entre escola e família. O desafio está em desenvolver habilidades digitais para que as crianças explorem as potencialidades dessas ferramentas de maneira educativa. " Infelizmente o celular se tornou a nova chupeta para acalmar as crianças. E isso traz problemas de aprendizagem. A escola deve não só incorporar as tecnologias na educação, mas também conscientizar sobre os riscos do uso excessivo”, alerta.
A especialista enfatiza que o celular pode ser um desafio, mas por outro lado, também é uma ferramenta, que pode contribuir para o planejamento, intencionalidade e domínio das tecnologias, expertises essenciais na atualidade. "Recomendo buscar informações em guias especializados e, principalmente, reconhecer a complexidade do tema e pedir ajuda quando necessário”, destaca.