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Esporte

Atletas e comunicadores discutem cobertura jornalística de Olimpíadas e Paralimpíadas

Conversa aconteceu durante evento sobre comunicação e esporte promovido pelo Mackenzie

22.10.202111h22 Comunicação - Marketing Mackenzie

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O I Fórum Internacional Mackenzie para o Esporte e Mídias Esportivas aconteceu na última quarta-feira, 20 de outubro, como parte da programação do Encontro do Centro de Comunicação e Letras (CCL) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Ao todo, foram seis sessões que discutiram diversos temas relacionados à comunicação e ao mundo esportivo.

A sessão, que teve como tema A cobertura das Olimpíadas e Paralimpíadas Tóquio 2020: balanço e perspectivas para o futuro do esporte, contou com a participação de atletas, jornalistas e empreendedores que atuaram ativamente nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020. Na primeira parte da sessão, a conversa girou em torno da cobertura jornalística do mega evento esportivo, enquanto a segunda parte foi voltada para um bate-papo com dois atletas renomados: Hebert Conceição, do boxe, e Wendell Belarmino, paratleta da natação. 

No encontro, o vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Yohansson do Nascimento, ex-atleta paralímpico, contou sobre participar da sua primeira edição de Paralimpíada como gestor. “Fiquei feliz em contribuir com o esporte paralímpico como atleta. Eu pude ser inspiração para esses atletas que estão dando continuidade ao que eu fiz”, disse.

Os dois jornalistas presentes na conversa foram Fernando Gavini e Giovana Pinheiro, do Portal Olimpíada Todo Dia (OTD). De acordo com Pinheiro, com os jogos atípicos que ocorreram neste ano, além da ansiedade por cobrir o tão esperado evento, o veículo também teve de lidar com o medo e receio da covid-19.

“Nós falamos das Olimpíadas e das Paralimpíadas da mesma forma. Nós acreditamos em uma nova forma de comunicar. O esporte é uma ferramenta de transformação social. Nós trabalhamos de uma forma que fortaleça o esporte. Nosso objetivo é falar e trabalhar a educação esportiva”, afirmou Giovana Pinheiro, sobre a cobertura realizada em Tóquio.  

Por serem de um portal considerado alternativo, os dois jornalistas foram questionados sobre como é empreender como um veículo de imprensa. “Um ponto importante é acreditar e outro, mais importante ainda, é ir atrás de conhecimento”, destacou Gavini.

Yohansson do Nascimento ainda deixou um conselho aos futuros profissionais de comunicação que desejam trabalhar com esportes paralímpicos. “Suem a camisa, vão em busca de conhecimento e sejam apaixonados pelo movimento porque o melhor prazer do mundo é trabalhar com o que ama”, declarou.

Atletas contam experiência olímpica

Após a conversa com os jornalistas, foi a vez dos atletas entrarem no bate-papo com os alunos da UPM para contar como foi o período de treinamentos e fazerem um balanço da participação em Tóquio. 

“Consegui esse grande resultado, fico muito feliz com essa conquista e de poder representar o Brasil da melhor forma possível”, destacou o medalhista de ouro no boxe em Tóquio, Hebert Conceição. 

A ausência de público também foi discutida no evento, já que a realização das Olimpíadas e Paralimpíadas ocorreu em meio à pandemia de covid-19. Apesar de sentir falta da torcida, Wendell Belarmino ressaltou que se adaptou bem com a ausência. “A falta da torcida veio para o bem. Todos que queriam estar lá, e não puderam ir, acompanharam e passaram para outras pessoas, o que resultou em algo gigante. A Paralimpíada teve um alcance muito grande, talvez por conta da ausência do público, e isso me deixa muito feliz”, afirmou o nadador, que é patrocinado pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM). 

Os atletas também comentaram sobre a proximidade dos jogos seguintes, que serão em 2024. Hebert e Wendell concordaram que será um ciclo olímpico bastante intenso para os atletas, mas que, para o público, será bom, pois a espera será menor. “O espectador que está ali querendo assistir será beneficiado porque terá que esperar menos um ano”, disse Wendell Belarmino, que conquistou três medalhas em Tóquio.

Ao final, Wendell e Herbert agradeceram a oportunidade de poder compartilhar seus pensamentos. “Se vocês tiverem a meta e a oportunidade de cobrir os jogos olímpicos, tenho certeza de que será incrível a experiência e que será algo que irá enriquecer muito. Não só por conhecer outras culturas, mas por vivenciar coisas incríveis”, destacou o pugilista.


Para assistir o evento na íntegra, clique aqui.