Em clima de comemoração e saudade, os alunos do último semestre do Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) se reuniram e promoveram o apitaço, tradicional ação do curso, na última quarta-feira, 25 de maio.
Com camisetas personalizadas e a presença da bateria Comando Vermelho Direito Mackenzie, os alunos celebraram os cinco anos de faculdade em frente ao prédio 3, do campus Higienópolis, e, após uma apresentação da bateria, foram em direção ao prédio 24, onde continuaram com as músicas e os gritos de guerra.
De acordo com o coordenador de graduação da Faculdade de Direito (FDir) da UPM, Everton Luiz Zanella, não há um registro oficial do início do apitaço, mas estima-se que a tradição tenha começado nos anos 90.
“Alguns dizem que o apitaço dos alunos da FDir tenha como inspiração os movimentos pelas diretas já, outros nos movimentos feministas de busca de igualdade. De toda forma, é certo que o ato de apitar simboliza uma luta por direitos e por justiça social. Quem apita quem chamar a atenção da sociedade para o fato de todos possuem direitos a serem tutelados”, disse Zanella.
O professor explicou que o apitaço desse semestre é especial, pois vem em conjunto com a retomada das atividades do ensino presencial. “Simboliza que estamos mais fortes e prontos para a retomada da vida normal, após um período muito sofrido de pandemia”, afirmou.
A aluna Tainá de Paula Dias disse que, durante todo o curso, os estudantes nutrem um amor pela Universidade, pela profissão e pelas pessoas que estão à sua volta e participar de uma tradição do Mackenzie os torna mais mackenzistas e encerra um ciclo com chave de ouro.
Tainá também falou sobre o quão simbólico foi o momento. “Achamos que íamos perder tudo, que não ia ter formatura, apitaço. Estarmos reunidos, sem máscara, sem colocar ninguém em risco é mais um motivo de alegria”, disse sobre a comemoração e o sentimento de ter vencido a parte mais crítica da pandemia.
O aluno Christian Taeguer também celebrou a retomada das atividades presenciais. “Somos a primeira turma que está fazendo o apitaço depois de dois anos de pandemia, isso mostra que estamos conseguindo passar por essa fase de alguma forma”, pontuou. Christian estava com o colega de turma Gabriel Antônio Rodrigues e ambos comentaram que ficaram dois anos sem se ver e que agora estão juntos novamente todos os dias.
Sobre participar do apitaço, Gabriel definiu como uma realização. “A gente entra na faculdade vendo outras turmas fazendo o apitaço e ficamos na expectativa de quando vai chegar o nosso momento”, e ainda completou: “É um momento legal porque reúne todo mundo e vemos que, de fato, fizemos amizades na faculdade. Dá um friozinho na barriga saber que está acabando, passou rápido”.
Outra aluna presente no apitaço, Julia Toledo Brocanelli, falou sobre cultivar as tradições do curso de Direito ao longo dos anos, mas principalmente agora com as aulas presencias e a possibilidade de todos os alunos estarem juntos. “Fomentar e sempre preservar a tradição do apitaço é bem importante, inclusive por ser um costume do próprio Mackenzie”, finalizou.