O desenvolvimento de habilidades socioemocionais tem como objetivo fazer o estudante reconhecer, denominar e entender suas emoções para a tomada de decisões responsáveis. Além da prática já ser comum nos Colégios Presbiterianos Mackenzie (CPM), ela ganha ainda mais força no trabalho com as competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
As competências socioemocionais, autoconsciência, autogestão, consciência social, habilidades de relacionamento e a tomada de decisão responsável estão presentes nas 10 competências gerais da Base, portanto, devem fazer parte de todo o currículo escolar, do Ensino Infantil ao Ensino Médio. No Mackenzie, diferentes estratégias foram desenvolvidas a fim de atender às demandas socioemocionais e às determinações da BNCC para a Educação Básica. Compreender a importância de focar nessas habilidades e competências é imprescindível para lidar com as emoções e fortalecer a inteligência emocional dos alunos.
A orientadora educacional do CPM Tamboré, Keila Frassei, aponta que o trabalho com habilidades socioemocionais é essencial para o desenvolvimento global dos alunos, "pois ajusta a maneira dos estudantes de se relacionarem e de perceberem o outro no contato social diário", destaca.
Segundo ela, é no ambiente escolar que a criança amplia os contatos sociais e começa, gradativamente, a elaborar estratégias para interagir com a diversidade de novas pessoas, trazendo à tona conflitos, vitórias, mas também a frustração, o medo e, por vezes, a insatisfação.
“Ouvir o ‘não’, compartilhar regras e estabelecer uma rotina diferente da que conhece em sua casa proporcionam um movimento que atinge diretamente o emocional infantil, trazendo, inicialmente, o desconforto. Contudo, na sequência, isso traz crescimento, força e novos recursos para o seu desenvolvimento'', acrescenta Keila.
Na prática
O Castelo das Emoções é um projeto-piloto iniciado em agosto deste ano, no CPM Tamboré, mas deve ser ampliado para todas as unidades. É baseado em um livro escrito pela professora Keila Frassei e retrata esse caminho de apropriar-se das próprias emoções, utilizando como metáfora as partes que compõem um castelo como universo das emoções humanas - que necessitam de tempo e planejamento para que sejam edificadas, desde a infância.
“Com estratégias lúdicas, crianças e adolescentes são estimulados a identificar suas emoções e aprimorar as competências socioemocionais. As atividades no ambiente escolar os auxiliarão a compreender e modelar as emoções que serão despertadas durante esse processo de autoconhecimento. Ao longo do semestre, acolheremos também os pais, com o intuito de agregar novas ferramentas que os capacitem a compreender a fase emocional que os filhos estão e a melhor forma de ajudá-los a lidar com suas dificuldades”, destaca a orientadora.
O alvo principal é o desenvolvimento global do aluno baseado numa tríade: aspectos cognitivos, emocionais e espirituais. “Como Escola Confessional Cristã, cremos na direção de Deus e faremos o trabalho em parceria com a família”, finaliza Keila Frassei.
Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se.