15.10.2024 - EM

Coordenação

"Conheça a história acadêmica de Raquel Botelho, professora de Comércio Exterior e coordenadora do MLC"

Quem não tem uma lembrança marcante de algum professor? O Dia do Professor, comemorado em 15 de outubro, é uma oportunidade de celebrar a importância desses profissionais na educação e no desenvolvimento de milhares de pessoas. Eles desempenham um papel fundamental, influenciando escolhas que impactam não apenas a vida pessoal, mas também a trajetória profissional de seus alunos. 

Para destacar a importância deste profissional na sociedade, entrevistamos Raquel Botelho, professora de Comércio Exterior e coordenadora do Mackenzie Language Center (MLC).

Como foi o início da sua carreira como professora? O que a motivou a seguir essa profissão?

Minha mãe é professora e isso me inspirou muito. Eu via sua dedicação quando ela trabalhava e a paixão que ela tinha, como ela tratava sua profissão. Eu entendi que era uma coisa que eu podia fazer e com a qual eu me identificava. Isso me motivou bastante a seguir essa carreira.

Eu comecei minha carreira como professora bem nova, eu tinha 16 anos.  Eu fiz na época o que se chamava de Magistério, era o Ensino Médio, e como era um curso profissionalizante, então eu iniciei como auxiliar de sala em uma escola na minha cidade, em Arujá. No ano seguinte eu assumi uma turma e desde então eu não saí mais da sala de aula. Depois de terminar o Ensino Médio, eu fui fazer a Faculdade de Letras, bacharelado e licenciatura para poder lecionar para outros níveis.

Como professora, tive a oportunidade de ensinar desde o Ensino Infantil, Ensino Fundamental e Médio. Entrei no Mackenzie como professora de Línguas Estrangeiras, no então chamado CLEM, agora MLC, e fui chamada para dar aulas na Educação de Jovens e Adultos (AEJA) e na Universidade Aberta do Tempo Útil (UATU). Tive o privilégio de atuar em diversas áreas e conhecer como elas funcionam.  Iniciei na universidade em 2008, como professora de francês no curso de tradução que tínhamos aqui no Mackenzie.

Durante 15 anos, trabalhei com a UATU, atendendo um público acima de 50 anos, o que foi extremamente gratificante. Ensinar na AEJA também foi muito enriquecedor, pois esses alunos são muito gratos pela oportunidade de voltar a estudar. Trabalhar com crianças é uma delícia, pois elas aprendem muito rápido, e dar aulas na faculdade também é excelente, já que sempre se aprende algo com os jovens. Estar no Mackenzie me proporcionou essa experiência única de trabalhar com uma grande variedade de idades, desde o Infantil até a pós-graduação, algo raro em outras instituições. Sou muito grata ao Mackenzie, pois a instituição contribuiu imensamente para o meu crescimento pessoal e profissional como educadora.

Que conselhos você daria aos novos professores que estão entrando na profissão agora?

Não adianta tentarmos competir com a tecnologia, porque, se tentarmos, vamos acabar perdendo. Precisamos usar a tecnologia a nosso favor e entender que não podemos carregar esse peso sozinhos. Podemos tentar motivar os alunos, mas percebi que a motivação deve partir da própria pessoa. Se o aluno não está ali porque realmente quer aprender, não há nada que possamos fazer para garantir que ele aprenda. A motivação precisa vir de dentro. Não adianta insistir e se estressar. As aulas devem ser agradáveis e harmoniosas. Ser professor é uma profissão que precisa ser levada a sério.

Como você enxerga o futuro da educação, especialmente no Brasil? Quais mudanças acredita que serão essenciais para o progresso do ensino?

No futuro, a profissão de professor vai continuar existindo com o uso das tecnologias. É muito importante sempre ter alguém que nos ensine, nos guie e que tenha mais experiência do que nós. Assim como a profissão de professor existia há séculos, ela vai continuar existindo no futuro. As pessoas mudaram a forma de usar a tecnologia e de aprender, mas ainda precisam de alguém que as oriente e ensine, com ou sem essas ferramentas. Acredito que podemos mudar o formato da sala de aula e incorporar novas tecnologias, mas o aprendizado ainda é necessário. Podemos, sim, alterar a disposição em que nos reunimos, a forma, mas a troca de aprendizado entre as pessoas, o fator humano não vai deixar de existir. Para poder ensinar às novas gerações, é preciso manter-se atualizado, o professor deve ter isso em mente. Fico tranquila em relação a isso, pois ser professora está ligado à comunicação, e hoje em dia, saber se comunicar e se posicionar é essencial para ter sucesso na profissão.