03.05.2021 Atualidades
No dia 29 de abril, no campus Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), foi realizado o evento de lançamento do Baú da Memória Mackenzista, que só será aberto em 2070 e tem como principal objetivo preservar a memória do Mackenzie, da cidade de São Paulo e do Brasil.
O evento é fruto de uma parceria entre a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (PREC) UPM, Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM), ligado à Chancelaria, e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade, e faz parte das comemorações dos 150 anos do Mackenzie, comemorado no dia 18 de outubro de 2020.
Realizada em espaço aberto e transmitida pela TV Mackenzie, a cerimônia foi iniciada com uma reflexão bíblica feita pelo presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), reverendo Roberto Brasileiro, que falou sobre a importância de conservar os marcos antigos, as bases da fundação do Mackenzie, como homens e mulheres estudando na mesma sala; liberdade do ser humano e a visão social.
“O desejo da Igreja Presbiteriana do Brasil é poder dizer que o Mackenzie continua com as três mesmas bandeiras. Não podemos deixar de lado a liberdade e o cuidado com a visão social, em que valorizamos o indivíduo e seu crescimento”, pontuou. Ao fim de sua fala, depositou no Baú um exemplar da Bíblia Sagrada e a edição especial dos 150 anos da Revista Mackenzie.
Um dos idealizadores da ação foi o presidente do DCE, Vitor Mota, que depositou a bandeira e boné, itens dos diretórios acadêmicos da Bateria Invasão (tão presente nos jogos universitários), e definiu o momento como um marco na história de todos os presentes, mas também na vida dos futuros mackenzistas. “Estamos aqui para deixar um pouco do que muitos já construíram e o que nós estamos construindo para que o futuro seja mais sólido e feliz”, disse.
Quem abrirá este baú e qual será a reação da pessoa quando encontrar tais itens? Esse foi um dos pensamentos do reitor da UPM, professor Marco Tullio de Castro Vasconcelos, ao lembrar que colocaria um relatório de papel ali. “Eu os imaginei dizendo: ‘naquela época eles faziam relatório em papel?’”?, falou, em tom de brincadeira. “Estamos colocando uma pequena parte da nossa bela história, em todos os aspectos da UPM, produção escrita, tradição esportiva, atlética, cultural. É um momento muito especial”, assinalou.
Além do relatório, o reitor guardou no baú uma foto com sua equipe, composta pelos pró-reitores e chefe de gabinete; pasta com documentos da aula magna que marcou os 125 anos da Escola de Engenharia (EE); os livros Reinclusão Social de Residentes do Sistema Prisional Brasileiro e Modelo de Indicadores para Programas de Reinclusão Social por meio da Educação Superior, frutos da parceria entre UPM e a Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (FUNAP); e uma Face Shield, representando as diversas mobilizações e pesquisas realizadas pela UPM durante a pandemia da covid-19.
Já o chanceler do Mackenzie, reverendo Robinson Grangeiro Monteiro, escreveu uma carta aos mackenzistas do futuro, falando sobre os desafios enfrentados após a chegada do coronavírus no país, as mudanças no âmbito educacional e as vidas perdidas. “Talvez vocês tenham uma visão diferente, bem mais completa e rica em detalhes do que foi o ano de 2020 no mundo e, particularmente, no Brasil”, destacou o chanceler, ao ler a carta a todos os presentes.
No documento, o reverendo disse esperar que o espírito mackenzista resista bravamente nos corações de todos. “Vocês são as gerações que estamos construindo hoje e que estavam sendo construídas há 150 anos. Hoje, nós, mackenzistas do presente, nos unimos àqueles do passado e saudamos a vocês, mackenzistas do futuro, a nossa maior esperança e dedicação”, complementou.
O manual de combate à covid-19 e uma máscara com o logo do Mackenzie foram depositados no baú pelo presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), José Inácio Ramos, que elogiou a iniciativa do Baú da Memória Mackenzista e parabenizou a todos os participantes. “Essa é uma cerimônia muito relevante e significativa. Estamos aqui com um ar de saudosismo”, enfatizou.
Além dos itens relacionados à luta contra a pandemia, o presidente do IPM depositou também uma foto com os membros da Diretoria Executiva do IPM; uma carta destinada aos futuros mackenzistas; um exemplar dos livros Mackenzie em Três Séculos e O Mackenzie 1870-1960; relatório anual do IPM 2020; planejamento estratégico 150 anos; Código de Ética Mackenzie; e o Manual de Conduta do Hospital Evangélico Mackenzie Curitiba.
O presidente do Conselho Deliberativo do IPM, Hésio César de Sousa Maciel, tentou visualizar como seria um baú semelhante a este em 1920, ano em que o Mackenzie completou 50 anos. “Imagino que dentro dele tivessem referências à pandemia da gripe espanhola, ao final da primeira guerra mundial, e a todas as dificuldades que enfrentaram aqueles nossos antepassados”, conjecturou. Sobre o que as pessoas vão deduzir ao abrir a cápsula em 2070, Maciel espera que as futuras gerações saibam que resistimos e vencemos mais uma pandemia.
Pelo presidente do Conselho Deliberativo, foram depositados uma pasta com documentos históricos dos cursos Engenharia Civil e Engenharia Elétrica da EE; uma antena de TV Digital, tendo em vista que o Mackenzie encabeçou a pesquisa sobre sistema de TV digital, adotado no Brasil, e foto com os membros do Conselho Deliberativo.
Demais autoridades do Mackenzie foram convidadas para colocar outros itens no Baú da Memória Mackenzista, como o vice-presidente do Conselho Deliberativo, reverendo Cid Pereira Caldas, que depositou os três primeiros livros da Coleção 150 anos de Mackenzie e a Cidade de São Paulo e o livro comemorativo publicado nos 100 anos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da UPM; já o vice-presidente do Conselho de Curadores do IPM, Renato Laranjo Silva, guardou uma pasta com documentos históricos dos cursos de Engenharia de Materiais e de Química, alusivos aos 125 da EE, uma edição de jornal com a data de 29 de abril de 2021 e uma carta.
O presidente do Conselho de Curadores do IPM, reverendo Juarez Marcondes Filho, depositou documentos históricos dos cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção e outra edição de jornal do dia 29. O pastor foi o responsável pelo encerramento do evento, com uma oração, agradecendo os itens preservados, que representam a caminhada da instituição e o legado deixado para as gerações futuras.
No Baú da Memória Mackenzista, que ficará sob os cuidados do CHCM, vinculado à Chancelaria, foi fixada a placa que diz “Esse dia será o memorial que vocês e todos os seus descendentes celebrarão como festa ao Senhor. Celebrem-no como decreto perpétuo”, uma mensagem bíblica encontrada em Êxodo 12:14.
Confira o evento na íntegra aqui e saiba todos os itens depositados no Baú.