Conheça o novo INCT de Neurociência Social e Afetiva sediado no Mackenzie

A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) é a sede do mais novo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), o Instituto de Neurociência Social e Afetiva (SANI, pela sigla em inglês). Fundado em 2023, o centro de pesquisas reúne professores e demais pesquisadores de diversas instituições de ensino do país para se aprofundarem nos estudos sobre neurodesenvolvimento e suas diversas relações.

Um INCT é um instituto que reúne pesquisadores de laboratórios espalhados por todo o Brasil, tendo a UPM como sede, no Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). O SANI possui parceiros na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, da PUC-RS, UNB, PUC-SP, da Universidade Federal do ABC e diversas outras. “Trata-se de uma rede colaborativa de pesquisa, com pesquisadores de vários lugares do país e de fora do país para responder a grandes desafios da ciência”, aponta o coordenador do SANI, professor Paulo Boggio, que é pesquisador do CCBS da UPM.

Atualmente, o instituto possui 15 pesquisadores parceiros brasileiros e 17 estrangeiros, além de 37 alunos dos níveis de doutorado, mestrado e iniciação científica (graduação). Cada instituição de ensino também proporciona diferentes laboratórios que estão à disposição de cada um dos projetos desenvolvidos no INCT. 

O SANI tem como desafio responder às propostas alinhadas com Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, visando principalmente o desenvolvimento de bem-estar social e da saúde da humanidade, por meio da neurociência. A ideia é compreender como diferentes características individuais ou de grupo, que dão base à pluralidade das visões de mundo, podem explicar os complexos fenômenos sociais associados aos desafios atuais e aos problemas apontados na Agenda 2030. 

“Todos nós temos vieses, crenças e expectativas sobre o que é um mundo. E essa visão de mundo impacta diretamente em como a gente interpreta as coisas, em como a gente apoia ou não políticas públicas, o quanto a gente acredita ou não em fake news, o quanto a gente acredita ou não que o clima está mudando. O problema todo é que está ficando mais complexo integrar visões de mundo diferentes para problemas que são comuns no mundo todo”, aponta Boggio.

Os projetos desenvolvidos no SANI são interdisciplinares e reúnem áreas como psicologia, neurociência, biologia, filosofia, sociologia e outros. Algumas das pesquisas que já são desenvolvidas analisam a questão da polarização política; mudança climática; saúde e bem-estar; desinformação; e diversidade, igualdade e inclusão. Cada uma dessas áreas gera tópicos que norteiam os projetos de pesquisas do instituto.  

Para Boggio, a UPM ganha muita visibilidade com o SANI, pois é a única instituição privada a receber aporte para a organização de um INCT, o que mostra a qualidade e aprovação de seus docentes, que desenvolvem pesquisa de ponta. “Isso significa que a Universidade sedia um Instituto que tem reconhecimento nacional.A gente está mostrando que os docentes que estão envolvidos, estão sendo aprovados em editais extremamente competitivos”, conclui.

A sede do SANI na UPM fica no Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social, localizado no CCBS.