Saúde e Bem-Estar

Novembro Azul: a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata

Paulo Jaworski, urologista e professor do HUEM, explica a importância do acompanhamento médico na luta contra a doença

07.11.202310h00 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Novembro Azul: a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata

O mês de novembro é marcado pela importância da conscientização dos cuidados com a saúde masculina, dentre eles o câncer de próstata - doença que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é o segundo mais comum entre os homens no Brasil (atrás apenas do câncer de pele não melanoma). Um homem morre a cada 38 minutos em decorrência das complicações da doença, totalizando 26,8% de todos os óbitos derivados do câncer entre homens do país.

De acordo com Paulo Jaworski, urologista e professor do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), é fundamental a conscientização da enfermidade entre homens adultos. Diferente da grande maioria dos cânceres, a neoplasia na próstata não apresenta sintomas iniciais, e pode apresentar sinais apenas nos últimos estágios, explica o médico. “Por isso, incentivamos as campanhas de conscientização”, afirma. “Quando avançado, o paciente pode sentir vontade de urinar frequente, presença de sangue e dores ao urinar e mal-estar físico”, reitera.

“Fazendo o diagnóstico precoce durante a fase assintomática, nós da equipe médica, podemos dar ao paciente a escolha de como tratar a doença - de forma operatória ou pela radioterapia”, ressalta o urologista.

Prevenção e tratamento

Existem alguns fatores de risco que podem interferir na vida do paciente. Homens afro-descendentes representam 60% de todos os casos no Brasil. Além do tom de pele, indivíduos que possuem um histórico familiar de câncer, principalmente câncer de mama, estão mais suscetíveis a serem vítimas da doença.

Quando se trata da realização de ações preventivas, Jaworski afirma que não existem muitas possibilidades, já que a doença é majoritariamente genética. “Não é como o câncer de pele, que podemos utilizar protetor solar para evitar. É mais complexo”, explica. No entanto, evitar alimentos ultraprocessados, o tabagismo e o sedentarismo são algumas maneiras que tendem a auxiliar em um quadro mais saudável.

A idade média do diagnóstico é, aproximadamente, aos 66 anos. Contudo, é importante relembrar que a idade para iniciar as consultas preventivas é em torno dos 50 anos. “Homens, muitas vezes, não possuem o hábito de ir ao médico com frequência. Por isso, ir ao urologista é o primeiro passo para cuidar da saúde masculina”, diz o médico.

Para muitos, o cuidado com o corpo masculino ainda é um tabu. No entanto, ações preventivas e o acompanhamento médico se mostram necessários muito além da campanha do mês de novembro. “Precisamos trazer a conscientização entre a população masculina”, finaliza Jaworski.