Saúde e Bem-Estar

Colégio Mackenzie Brasília cria projeto Mãos Dadas para diminuir tensão do retorno ao presencial

Programa prevê uma série de atividades para melhorar a qualidade de vida de estudantes, professores e demais colaboradores

11.05.202210h45 Comunicação - Marketing Mackenzie

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O projeto Mãos Dadas é uma das respostas que o Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) Brasília internacional estruturou pensando nos impactos já diagnosticados dos primeiros meses de retorno às atividades educacionais presenciais. Em diálogo com familiares, estudantes, professores e colaboradores, e por meio da observação do ecossistema escolar da instituição, a equipe gestora colocou em prática o programa que estabelece a atenção humanizada aos frequentadores do campus para além das rotinas e obrigações do dia a dia. A ideia é contribuir para aumentar a qualidade de vida das pessoas e reduzir o nível de estresse.

Com o Mãos Dadas, alunos, docentes e colaboradores farão justamente a desconexão com essas perspectivas, separando algumas horas semanais (dentro do período comercial), para dedicação exclusiva a atividades físicas, relacionamento com os colegas, interação com projetos e ações que não tenham relação direta ou indireta com o cotidiano de trabalho ou com a rotina de aulas, e o envolvimento com produções artísticas.

“Esses momentos servirão também para as famílias. Teremos desde aulas de relaxamento e alongamento a jogos de futebol, vôlei e basquete, treinamentos esportivos no complexo aquático, apresentações de grupos musicais, palestras, rodas de conversas, atendimentos individualizados e coletivos e outras propostas com o objetivo de aliviar um pouco da tensão e integrar todas e todos os envolvidos. O Mãos Dadas foi criado voltado totalmente para a nossa comunidade, para aqueles que fazem o Mackenzie ser uma das principais instituições de ensino e pesquisa em Brasília e no Brasil”, explicou o professor Ênio César Moraes, assessor pedagógico do CPMB.

Tensão

Crianças e adolescentes (re)aprendendo a lidar com a presença do outro, com o contato físico, com o cumprimento de horários, com a dinâmica das atividades avaliativas; pais e responsáveis buscando retomar e estabelecer rotinas para si e para os filhos, “brigando com o relógio” na administração do tempo, com deslocamentos, trânsito e demandas de trabalho; professores e gestores buscando readaptar a dinâmica do fazer pedagógico, com aproveitamento do aprendizado ocorrido durante o regime de excepcionalidade. Tudo isso tem promovido ambientes de convivência mais complexos em algumas escolas.

“Nesse contexto, naturalmente, as tensões típicas da socialização promovida pela escola recrudescem. A alegria do reencontro, a reconquista da liberdade, o prazer de estar junto abrem espaço para ansiedade, intolerância, irritabilidade, agressividade e ampliam as disfunções na instigante arte de conviver”, explica o professor Moraes.

Além disso, se antes, a maioria das problemáticas eram sobre a necessidade de conectar atividades educacionais efetivas, porém ainda analógicas, ao digital, sem prejuízos ao processo de ensino, e com o máximo de acolhimento, hoje, elas são relacionadas aos espaços de trabalho e estudo, onde professores, funcionários e alunos lidam com disrupções, novas exigências, novas velocidades e modelos de relacionamento no retorno às salas de aula. Nada está como era antes.

“E não haveria nenhuma possibilidade de ser. Além do passar dos anos, também presenciamos uma evolução tecnológica abrupta, acelerada pelas urgências do contato remoto, que acabou invadindo também nossas vidas pessoais. Alguns dos padrões e códigos criados para facilitar a vida, em tese, se tornaram parte do DNA humano nesse meio tempo, metaforicamente falando. E essa nova sociedade, mais tecnológica, com outros anseios, receios, preocupações em geral, focos diferentes, vontades inéditas, outras frustrações e até percepções sobre si, que até então não eram registradas, voltou para a escola. Um ambiente com pessoas de todas as idades, muitas percepções de mundo distintas e experiências únicas do período de pandemia”, acrescenta o professor.