Colégio Mackenzie Brasília prepara atletas para os próximos ciclos olímpicos

Com rotina profissional de treinos, atletas são formados desde cedo para grandes competições

08.02.202216h49 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Formar seres humanos é a principal etapa a ser cumprida para moldar campeões. Essa é uma das máximas ostentadas pelos três nomes que comandam os esportes aquáticos do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) Brasília Internacional, celeiro de atletas com potencial para vestir o uniforme nacional e ajudar o Brasil a acumular medalhas nos próximos ciclos olímpicos. Renato Dourado, Simone Formiga e o ex-atleta olímpico César Castro formam um trio que vem chamando a atenção em torneios nacionais e internacionais, com times construídos a partir de valores cívicos fundamentais para a construção de um mundo melhor.

“Nós temos muito cuidado em mostrar que o pódio é uma consequência do nosso trabalho, da dedicação, mas, antes de tudo, da pessoa que nós somos. O termo vencedor não pode estar apenas atrelado a uma medalha, precisa ser acompanhado de um conjunto de comportamentos, decisões, de feitos na vida particular”, comentou a professora Formiga, técnica do time de Nado Sincronizado, enquanto observava cuidadosamente as meninas na água. “Precisamos, antes de assumir a alcunha de campeãs de disputas, sermos campeãs de ações em prol de uma sociedade mais justa. E levamos essa ideia para dentro da água”, acrescentou.

A equipe da treinadora é, definitivamente, um dos principais destaques do país na modalidade, com atletas na Seleção Brasileira e uma sequência de troféus internacionais. Formiga está à frente do time há seis anos e já escreveu seu legado na história da cidade. Hoje, o CPM Brasília recebe atletas que mudam de instituição de ensino ou até de estado para participar da preparação com a professora. É o caso da nadadora Júlia Tomelin Coelho, que recentemente conseguiu uma vaga no time e convenceu os pais a mudá-la de escola e cidade em nome do sonho de ser uma atleta profissional.

“Não foi fácil sair de Minas Gerais, deixando tudo para trás, mas essa mudança será fundamental para a minha carreira. Estar com a técnica Simone é um sonho. Tenho certeza que conseguirei evoluir para posições muito importantes nos torneios”, comentou Júlia.

A atleta, que mal chegou e já está pré-convocada para a Seleção Brasileira Juvenil, compõe o time que conta, ainda, com Ana Clara Lobato e Farias Machado e Alice Vitor Guimarães Tenório, ambas representantes da equipe nacional júnior, e que merecem igual atenção pelo que poderão alcançar nessa temporada. Formiga também está de olho na base e confirmou que entre os principais desafios do ano está o investimento em atletas mais novos, buscando talentos no programa exclusivo para esportes do Mackenzie, o Macksports. A ideia é estimular a prática esportiva mais cedo e conseguir melhorar a preparação dos mais jovens, buscando avançar para resultados mais ambiciosos.

“O treinamento é uma etapa muito importante, nos detalhes. E quero conseguir ter mais espaço para cuidar desses atletas de forma mais assertiva, com mais tecnologia e mais tempo. Se conseguirmos a dedicação dos mais novos, levaremos uma contribuição importante para a formação humana deles e, também, trabalhando para que tenham seus nomes lembrados para sempre na história do esporte”, acrescentou ela.

O calendário do Nado Artístico do CPM, em 2022, tem pelo menos seis competições, considerando compromissos domésticos e internacionais. O São Paulo Open, marcado para os dias 23, 24, 25 e 26 de junho, abre oficialmente a temporada de torneios, que será intensa no segundo semestre. As atletas voltam para casa para o Torneio Regional de Figuras e o Torneio Regional de Rotinas Livres, ambos em setembro, sem dias definidos. Em seguida, viajam para a Copa España, no Chile, e para o 10º Argentina Open, que acontecem em outubro. Ambos antecedem o Campeonato Brasiliense, no mês de novembro, e o Campeonato Brasileiro e a Seletiva Nacional, ambos em dezembro, no Rio de Janeiro.

Natação

Na piscina ao lado, ainda dentro do Complexo Aquático do CPM Brasília, Dourado não abandona o apito enquanto verifica no relógio o tempo de virada dos atletas, que já treinam em ritmo acelerado para os compromissos do ano. O professor de Educação Física e técnico histórico de times juvenis de natação no Distrito Federal (DF) também elencou a reformulação da equipe como prioridade para o ano de 2022.

"Neste ano, queremos formar um novo time para as categorias de base, com alunos mais jovens, porque, com a pandemia, não pudermos fazer uma seleção e ainda perdemos alguns competidores, que acabaram se formando etc. Então, o maior desafio para esse ano é formar esse novo time de base para que possamos estar fortes nos Jogos Escolares Brasileiros (JEB’s), em novembro, uma das nossas principais metas do ano”, explicou.

A equipe disputará a competição nas categorias infantil, 12 a 14 anos, e juvenil, 15 a 17 anos. A expectativa do treinador é que o grupo juvenil se destaque entre as três melhores instituições de ensino também no torneio entre escolas do DF, que deve ocorrer em agosto. Para a edição de 2022 dos JEB’s, haverá classificação para os Jogos Sul-Americanos Escolares, que serão no Brasil. Já em 2023, o país vai receber os Jogos Mundiais Escolares Sub-15. Os eventos são organizados pela Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE).

“O time está em reconstrução mas é bastante competitivo, é importante ficar de olho em alguns atletas, como o Pedro Henrique Neves e a Carolina Diniz, ambos são da categoria Infantil II e já foram campeões brasileiros duas vezes, em 2021. São grandes promessas para o Brasil e com certeza vão ajudar o Mackenzie a alcançar resultados importantes e brigar pelo pódio ao longo do ano”, complementou Dourado.

Outro objetivo é conseguir envolver os atletas em projetos sociais de combate à exclusão social. A ideia é propor iniciativas em conjunto com outros setores do CPM para promover programas de atenção especial a famílias afetadas pela pandemia do coronavírus e ocasiões para aproximar realidades distintas, provocando nas crianças o poder de reflexão sobre as diferentes condições experimentadas no Brasil. O técnico quer despertar o potencial dos estudantes para traçar soluções efetivas para as principais problemáticas e até criar oportunidades para talentos que eventualmente não tenham a oportunidade estrutural de desenvolver o potencial atlético.

“A intenção é marcar a vida dessas crianças e adolescentes para que eles levem dessa piscina mais do que simplesmente o ímpeto de chegar em primeiro, de não desistir de ir em frente, superando os próprios limites, de trabalhar em equipe. Que agreguem a si valores importantes para que sejam bons cidadãos, que tenham empatia, que saibam olhar para o lado e que consigam estender a mão com a real intenção e vontade de fazer a diferença”, concluiu.

Saltos Ornamentais

Mais acima, exatamente a 10 metros de altura do Tanque de Saltos do CPM, na última plataforma da estrutura, que foi recém-reformada, o medalhista olímpico e mackenzista César Castro, hoje professor de Educação Física do Colégio e técnico do time de Saltos Ornamentais, observa seus pequenos atletas desafiando a distância para a piscina com coragem enquanto manobram no ar com movimentos quase perfeitos. A equipe já trabalha com o treinador há quase três anos em busca do mesmo sonho: chegar a uma Olimpíada.

“Passamos um bom tempo sem saltar na piscina, fazendo nossos treinamentos apenas na parte seca, mas contamos com um espaço completo para treinamento de força e ginástica, onde nos preparamos ao longo dos últimos meses, enquanto o Tanque era reformado. Estivemos muito ansiosos para esse retorno, agora com um planejamento mais completo, incluindo dedicação intensa ao esporte. Terei mais tempo com eles, nesse ano com foco em prepará-los para competições maiores”, explicou Castro.

Entre as principais competições de 2022 para o time estão a Copinha Brasil de Saltos Ornamentais, de 4 a 12 de junho, e as etapas do Circuito Brasiliense de Saltos, com datas ainda a serem definidas. Artur Baeta, Raul Barbosa e Maria Clara Mouco são os três atletas mirins para acompanhar de perto, devido principalmente ao tempo de treino e aos resultados já alcançados até aqui.

“Com eles temos trabalhado muito e intensamente nos últimos três anos. São crianças que não conhecem o medo de altura, com um alto poder de concentração, muita disciplina e que já começam a mostrar um talento que foi forjado por eles no cotidiano de treinos. Esses três também carregam um exemplo de comportamento humano que fomentamos em todo o Colégio e que atrelamos, aqui, em paralelo e em conjunto, aos treinos e torneios”, disse.

Ainda muito novos, os atletas da equipe de Saltos Ornamentais já ostentam algumas medalhas e conquistas, sendo observados com muito cuidado por especialistas no esporte que acompanham o projeto de Castro junto ao Mackenzie, principalmente pelo que o ex-atleta olímpico realizou em sua carreira. Ao lado dos demais colegas do Complexo Aquático do COM Brasília, César e seus pupilos representam, literalmente, o futuro da nação nas maiores competições do Brasil e do mundo, mas são preparados também para, dentro e fora das águas, fazer do Brasil e do mundo, lugares melhores neste futuro.