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Como conversar sobre higiene e coronavírus com crianças e adolescentes

Atividades lúdicas e práticas, além de manter os pequenos informados são boas estratégias para ajudar a evitar transmissão

06.04.202013h07 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Apesar das crianças serem pouco afetadas pelos sintomas do coronavírus, elas também exigem cuidado e atenção, da mesma forma que adultos. Por isso, conversar com os pequenos sobre higiene pessoal é um cuidado essencial nesse período que o mundo vive, para que elas tenham compreensão da seriedade, porém sem desenvolver ansiedade. Para tanto, a coordenadora educacional do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM), Luci Chaves, recomenda que os pais devem pensar em alternativas lúdicas para ensinar os filhos a se cuidarem, além de manterem as crianças bem informadas.  

“Aprecio e indico a maneira lúdica para abordagem com as crianças, pois isso colabora com uma linguagem descontraída e favorece a compreensão na demonstração à ação do coronavírus em relação aos cuidados de higiene que se deva ter”, recomenda a especialista. 

Dentre as alternativas indicadas por Luci Chaves estão vídeos, histórias em quadrinhos, músicas e experiências com objetos concretos. Uma forma de explicar a importância da higiene pessoal com uma demonstração “científica” é utilizando utilizando 2 pratos, um com água e orégano e outro prato com água e sabão. Ao colocar o dedo no prato com orégano (uma representação para o vírus) após ter colocado o dedo na água com sabão, a criança é levada a compreender como a limpeza mantém o covid-19 distante.

Além disso, os adultos devem manter as crianças informadas, principalmente por fontes confiáveis. No entanto, isso requer cuidado para que os pequenos não desenvolvam ansiedade, já que a medidas preventivas também precisam levar em conta a psiquê dos pequenos. “Cuidar do compartilhamento de informações alarmistas, pois pode provocar insegurança e angústia em relação aos familiares mais idosos neste período de isolamento social”, alerta a educadora. Isso também deve incluir a substituição de visitas físicas aos avós e a outros familiares idosos por chamadas de vídeo. 

Cuidados

Por razões ainda não conhecidas, a taxa de infecção entre crianças e adolescentes costuma ser bastante baixa. Todavia, existe a possibilidade de estarem contaminadas e não apresentarem sintomas, o que as tornam vetores de transmissão, ou seja, mesmo sem serem afetadas, as crianças passam a transmitir o covid-19 para outras pessoas, com sérios riscos de atingir grupos de risco. 

Luci Chaves lembra que ainda não existe vacina nem remédio para combate o coronavírus. “A melhor medida contra a infecção é a rigorosa higienização como uma ação preventiva”, diz. Além de ensinar os pequenos a lavarem bem as mãos, a educadora recomenda constante higienização do ambiente, inclusive dos brinquedos, computadores e celulares. “Num ambiente higienizado o vírus não sobrevive, então se todos nós  estivermos cuidando da higiene certamente o vírus não prevalecerá”, declara a coordenadora do CPM.

O cuidado com a saúde física também não pode ser deixado de lado. Uma boa forma é estimular os exercícios físicos, por meio de brincadeiras reinventadas, para fazê-las gastarem energia. Também é importante que o cartão de vacinação esteja em dia. 

Outras medida indicadas pela professora incluem cuidados com higiene bucal, manter uma 

alimentação saudável, com frutas, legumes, sucos naturais e água fresca, e também cuidados ao tossir ou espirrar, sempre utilizando os cotovelos ou um lenço e nunca as mãos. Para os adolescentes, Luci Chaves recomenda o isolamento social, com o aproveitamento das redes sociais para manter o conversas e amizades. “O momento que estamos passando requer atenção, vamos juntos na prevenção contra a infecção”, aponta a professora.

Aos Pais

Além de todos esses cuidados, os pais também devem ter atenção com a higiene contínua de si e dos filhos: não esquecer de lavar sempre as mãos com água e sabonete; caso necessitem sair, ao retornar, deixar os calçados na entrada da casa e tomar banho; ao retornar do supermercado, higienizar os alimentos comprados; cuidar da alimentação e higiene bucal. “Os pais devem se desdobrar neste cuidado, o que não nos furta a executar na mesma intensidade conosco. Todos nós, somos desafiados a levarmos a sério a prática da higienização”, conclui a professora.


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