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Filmes que mostram o empoderamento feminino

Professora de Jornalismo separou uma lista que aborda o tema   

25.10.201915h30 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Nesta edição do #FavoriteiMackenzie, conversamos com a professora Mirtes de Moraes, professora do curso de Jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), que separou uma lista de filmes que abordam o feminismo, colocam as mulheres como protagonistas de suas histórias e conseguem mostrar seu empoderamento, ou parte dessa trajetória, como resposta às desigualdades. 

Para se ter uma ideia da questão no Brasil, em 1916, segundo o Código Civil, as mulheres não podiam trabalhar sem a autorização do marido. Isso só mudou em 1943, com o Consolidação das Leis do Trabalho. No ano de 1932 as mulheres tiveram direito ao voto. Em 1934, as mulheres conquistaram o direito à licença maternidade. Em 1985, o estado de São Paulo criou a primeira Delegacia da Mulher (DDM). Já em 2006, foi criada a Lei Maria da Penha, a primeira com mecanismos para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher.

Como se vê, alguns direitos conquistados pelas mulheres ainda são bem recentes e a questão merece atenção e debate. Confira a seguir a lista da professora Mirtes e seus comentários sobre as produções  que ampliam as reflexões a esse respeito!

Aquarius

“Para começar a lista, escolhi um filme brasileiro. Nele, o diretor Kleber Mendonça Filho destaca a personagem Clara – protagonizada pela atriz Sonia Braga. A personagem é uma viúva de 65 anos, que é a última moradora do edifício que dá título à obra, na orla da praia de Boa Viagem, no Recife. A força e a determinação são marcantes na atuação da personagem Clara. A questão do tempo é tecida numa relação tensa entre memória e mercado. Além de temas como especulação imobiliária, passagem do tempo e musicalidades, o filme também nos coloca para pensar a força da personagem Clara, que se mostra inabalável frente ao seu câncer e ao câncer social”.

Frida 

“O filme de Julie Taymor mostra a força da artista mexicana frente às adversidades de sua vida: na infância, a artista teve poliomielite; na adolescência, um acidente com o bonde que a trazia de volta da escola rendeu fraturas na bacia, ficando meses prostrada na cama e uma série de cirurgias ortopédicas. Com todos esses problemas, Frida se mostra forte e expressa por meio de sua arte esses sentidos que a faz uma artista singular, numa época em que poucas mulheres apareciam no contexto artístico. Frida é um filme que busca passar para as gerações mais jovens a força e a personalidade que a pintora possuía”.

Estrelas Além do Tempo

“O filme de Theodore Melfi conta a história real ocorrida no ambiente de trabalho da NASA durante a Guerra Fria, com uma agência espacial como um local exclusivamente masculino no qual a única mulher que aparece no filme fora o trio (Katherine Johnson - Taraji P. Henson, Dorothy Vaughn - Octavia Spencer, e Mary Jackson - Janelle Monáe) é uma secretária. Dessa forma, o filme mostra a invisibilidade feminina para determinados lugares. Além dessa questão da invisibilidade feminina, o filme ainda resgata um olhar sobre a questão do forte preconceito racial. Após muito esforço e perseverança, as amigas tornaram-se fundamentais para a trajetória dos Estados Unidos na corrida espacial. Pensar que ‘Estrelas Além do Tempo’ é uma história real, nos dá mais força e otimismo”.

As Sufragistas

“Já pensou que há alguns anos as mulheres não votavam, poucas eram as que cursavam universidades e a educação feminina estava muito restrita à economia doméstica? Pois bem, As sufragistas, filme de Sarah Gavron, mostra o início da luta do movimento feminista que promoveu inserir, no contexto social, questões ligadas ao voto e à educação das mulheres”.