Cultura

JK: O reinventor o Brasil

Série documental teve o primeiro episódio exibido na Universidade Presbiteriana Mackenzie

24.11.202317h02 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Para entender o país é necessário conhecer e redescobrir a história. A série documental JK: o reinventor do Brasil, produzida pela TV Cultura, teve seu primeiro episódio exibido nesta sexta-feira, 24 de novembro, na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), no auditório MackGraphe, no campus Higienópolis. A pré-estreia exclusiva contou com uma bate-papo entre o produtor do documentário e diretor de Redes da TV Cultura, Fábio C. Guedes Borba, e a professora e historiadora da UPM, Rosangela Patriota Ramos.

O documentário conta a história do ex-presidente do Brasil, Juscelino Kubitscheck, desde o começo de sua vida até a sua morte. A série será exibida pela TV Cultura a partir do sábado, 25 de novembro e está dividido em 4 episódios, com 50 minutos cada um. Considerada a maior produção documental sobre Juscelino Kubitschek já realizada pela televisão brasileira, é narrada em ritmo de podcast, algo considerado inovador para o produtor Borba

“A nossa intenção foi produzir um documentário com a linguagem diferente e que chamasse a atenção do público jovem, que muitas vezes não conhecem quem foi JK. É um documentário que tem a linguagem próxima do podcast”, afirmou. Ele também destacou que o projeto pretende transformar a produção em um podcast, após ser exibido na televisão.

O primeiro episódio destaca o começo da vida de Juscelino, nascido em 1962, na cidade de Diamantina, em Minas Gerais. Com forte destaque para o contexto histórico e cultural, a narrativa evidencia a construção do “presidente Bossa Nova”, considerado o primeiro a usar fortemente a mídia e a propaganda a seu favor. Nessa primeira parte, conhece-se o percurso que levou JK a se tornar o político articulador, simpático e caloroso, conhecido por ser um negociador hábil, capaz de se aproximar inclusive de seus adversários na política.

Para a professora de História, Rosangela Patriota Ramos, o documentário é bastante rico na ideia de não apenas reinventar a maneira de apresentar a imagem de JK, mas de evidenciar um contexto mais amplo, de uma busca por construir um projeto de país. “O documentário levanta uma ideia muito rica quando ele fala de ‘um projeto de Brasil’, que começa com Getúlio Vargas e passa pelo Juscelino. A maior marca do JK é a de ser um democrata e a ideia de democracia vem com toda a pluralidade e complexidade que ela envolve. Ele é a marca de um Brasil plural”, apontou.

Borba concorda. “O JK assentou as condições para que o Brasil, como conhecemos hoje, se tornasse realidade”.

A pesquisa da produção também é um forte destaque. O projeto conseguiu unir mais de 50 mil fotos, buscadas no Brasil e no exterior, em um ritmo leve e envolvente, em que o espectador é levado por uma viagem pela história do Brasil, principalmente nos anos 1940 e 1950, com a ascensão de JK na vida pública. Além da imensa quantidade de imagens históricas, o documentário também traz relatos importantes de historiadores, políticos, especialistas e pessoas que foram próximas do ex-presidente, incluindo a filha adotiva, Maria Estela Kubitscheck.

“O documentário insere uma série de pessoas, acompanhado de drops, contando quem são essas pessoas. Com isso, percebemos a teia da história, que tem vivacidade, e aponta para o tempo presente”, destacou a professora mackenzista, sobre o ritmo narrativo da série.

Além do primeiro episódio, os mackenzistas puderam ver um pequeno extra, sobre a relação entre Juscelino Kubitscheck e o Clube da Esquina, conjunto de músicos e compositores que marcaram o cenário musical dos anos 1960 em Belo Horizonte. Cantores como Milton Nascimento, Lô Borges, Toninho Horta e Beto Guedes, são alguns dos expoentes deste marco musical da música brasileira.

O vice-presidente da TV Cultura, Carlito Camargo, reforçou a parceria entre a Fundação Pdre Anchieta e UPM, como uma forma de inovação que beneficia todo o Brasil. “A Cultura precisa se reinventar e não há lugar melhor para isso do que numa universidade, lugar em que as ideias circulam. É uma parceria para que a gente faça um novo país. O JK é o grande presidente da mudança e é fundamental que o Brasil tenha conhecimento de si mesmo”, apontou.

Já para o professor da UPM, Lindberg Morais, a parceria também contribui para a renovação da Universidade. “Estamos praticamente reinventando uma universidade quando queremos colocar dentro do que é cultura nesse país. Não que já não estivesse, mas é importante fazer parte e trazer para dentro da academia. Isso é extensão: idealizar um país melhor”, pontuou.

Para os episódios subsequentes da série documental, são narrados os períodos após JK assumir a presidência do Brasil. O episódio dois é focado no governo de JK, com suas principais realizações e desafios. O terceiro episódio é dedicado exclusivamente à construção de Brasília, um dos maiores feitos de Juscelino. Por fim, no quarto episódio, a atuação de JK após o golpe militar de 1964, com o período de exílio, retorno ao país, até a sua morte.  

JK: o reinventor do Brasil estreia no próximo sábado, 25 de novembro, na TV Cultura, às 22h30 com transmissão para todo o Brasil. Os episódios serão exibidos semanalmente aos sábados, no mesmo horário.