Atualidades

Mackenzie é parceiro de projeto internacional sobre aprendizagem e inclusão

Smart Ecosystem for Learning and Inclusion discute melhorias do uso da tecnologia como ferramenta de educação

06.11.201916h00 Comunicação - Marketing Mackenzie

Share on social networks

Entre os dias 05 e 08 de novembro, a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis, sedia o projeto SELI, sigla em inglês para Ecossistema Inteligente de Aprendizagem e Inclusão. Ao todo reúne nove países, seis da América Latina e três da Europa, para encontros e debates sobre a inacessibilidade de educação e ferramentas tecnológicas para grupos desfavorecidos, com o propósito de melhorar as competências digitais de acesso à educação. A Faculdade de Computação e Informática (FCI) e o programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Computação da UPM são responsáveis pelo evento, que em âmbito nacional é financiado pela FAPESP.

O professor da FCI, Ismar Frango, explica como funciona o projeto SELI. “A ideia é fornecer um conjunto de ferramentas e boas práticas para os professores, de qualquer nível educacional, para produzir cursos e materiais didáticos, de maneira a atender o maior número de pessoas”. Segundo ele, o cenário atual não é favorável para o suporte de pessoas com deficiência, sejam físicas ou cognitivas e, por isso, a combinação entre softwares e metodologias é a base do SELI para a produção de conteúdo dos professores. 

“Temos uma ferramenta de storytelling, em que os alunos podem, através do mecanismo de contar histórias em mídia, com vídeo, imagem e texto, escrever sobre o processo de aprendizagem deles”, completou Ismar. Neste método, o professor tem conhecimento e retorno de suas aulas, e ainda a ajuda na produção de outros conteúdos que atinjam aquele público.

Os países parceiros do projeto são Turquia, Polônia, Uruguai, Equador, República Dominicana, Bolívia, Panamá, Brasil, além da Finlândia, que assume o papel de coordenadora, e Guatemala e Cuba, que são colaboradores. A expectativa para os próximos dias de evento são as melhores possíveis, de acordo com Ismar, já que a realidade cultural entre os nove países é bastante diferente e o choque entre as culturas é sempre positivo. “Espero que os pesquisadores saiam daqui com bastante coisa para contar lá fora”, concluiu.

Um dos participantes é o professor da University of Eastern Finland, Solomon Sunday Oyelere, precursor da ideia do SELI, que contatou todos os professores e pesquisadores presentes no encontro. Para ele, o foco é encontrar soluções para os problemas educacionais de cada parceiro. “O Brasil é muito estratégico no projeto SELI porque é o líder dos países da América Latina. Quando começamos o projeto e buscamos parceiros, o Brasil forneceu a acessibilidade tecnológica que precisávamos no desenvolvimento desse ecossistema”, disse, e completou: “tecnologia e educação andam juntas para proporcionar soluções para estes grupos desfavoráveis”.

Solomon comentou que esteve no Brasil em agosto, durante uma conferência em Macéio (AL), mas esta é a primeira vez na cidade de São Paulo. “Definitivamente, adoraria voltar para cá e estabelecer uma relação forte entre Brasil e Finlândia”, finalizou.