Maior explosão solar do atual ciclo XXIV é registrada pelo Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie

Os registros foram feitos no Observatório Solar Mackenzie

06.09.201715h22 Comunicação - Marketing Mackenzie

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O Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie (CRAAM) registrou entre os dias 4 e 6 de setembro um período de atividade importante do sol. Se trata do crescimento rápido do tamanho e da complexidade magnética de uma das regiões ativas presentes na superfície solar. De acordo com o cientista do CRAAM, Jean Pierre Raulin, uma região do sol cresceu substancialmente nas últimas 48 horas, o que causou uma série de surtos solares.

O primeiro surto ocorreu no dia 4, quando uma grande quantidade de massa solar foi ejetada. A massa irá viajar pelo meio interplanetário até atingir a terra entre hoje (6) e sexta (8 de setembro), quando poderá acontecer os efeitos na nossa atmosfera terrestre.

Essa atividade afetará nosso cotidiano? “Depende da estrutura e da configuração magnética da nuvem ejetada”, explica Jean Pierre Raulin. “No pior dos casos, poderá haver uma tempestade geomagnética com potencial para afetar redes de distribuição de energia elétrica localizadas em altas latitudes. No Brasil, por exemplo, o risco é menor”.

Um outro evento, 50 vezes maior e oriundo da mesma região ativa solar, ocorreu nesta quarta-feira, às 12h02 (Tempo Universal). Foi a maior atividade registrada no ciclo XXIV. “Nesse caso, o efeito da radiação que chega à Terra em oito minutos, são quase imediatos”, conta o cientista da CRAAM. “Efeitos adicionais, retardados entre uma e algumas horas, podem acontecer devido a prótons energéticos acelerados no Sol e viajando na direção da Terra”. Possíveis efeitos incluem o aquecimento da alta atmosfera, o que dificulta o controle da trajetória de satélites, e falhas ou blecautes nas comunicações na banda HF (High Frequency).

 

Fotos registradas pelo coronógrafo LASCO 

Os eventos foram registrados pelos instrumentos do Observatório Solar Mackenzie, na sede do CRAAM, e pelo Telescópio Solar para ondas Submilimétricas (SST), operando na Argentina, e controlado em tempo real pela equipe de cientistas no laboratório do Mackenzie. Além do SST, os instrumentos responsáveis pela detecção são o telescópio solar H-alpha, que registrou um clarão intenso e brilhante na região 12673, e a câmera infra-vermelha em 30 THz.

Ciclo XXIV

O sol tem um ciclo de atividade de onze anos, durante esse período ele apresenta atividades distintas, que variam entre máxima e mínima. Quando é mínima, o disco solar não apresenta manchas, portanto o número de explosões é pequeno. Já em sua atividade máxima, esse número é bem maior. O ciclo é contato desde 1755 e nesse momento estamos no XXIV.