Mutirão de cirurgias de próstata com técnica inovadora atende pacientes do SUS no HUEM

Hiperplasia Benigna de Próstata afeta mais de 50% da população masculina acima de 50 anos

11.12.202309h47 Comunicação - Marketing Mackenzie

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O Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) realizou no último final de semana um mutirão de cirurgias para tratamento da Hiperplasia Benigna de Próstata (HBP). No sábado e domingo, dias 9 e 10 de dezembro, foram atendidos 20 pacientes com a doença, que afeta mais de 50% da população masculina acima de 50 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia.

O procedimento minimamente invasivo de enucleação endoscópica da próstata com Holmium Laser (HoLEP) foi executado em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa técnica é considerada a mais moderna em cirurgias de HBP, como destaca o médico urologista do HUEM, Paulo Jaworski, um dos responsáveis pelo mutirão.

“Atualmente existe uma fila represada de pacientes em Curitiba que precisam desta cirurgia e que, se não fosse pelo mutirão, seriam operados pela técnica convencional, de cirurgia aberta. Com o mutirão, os pacientes têm acesso à tecnologia mais avançada no tratamento de próstatas grandes, sem cortes e com alta prevista em 24 horas após a cirurgia”, ressalta Jaworski.

O mecânico Antônio Servienski, 61 anos, está tratando a doença há dois anos. Com a próstata inchada, ele estava aguardando por cirurgia desde setembro. A condição da próstata teve como consequência a obstrução das vias urinárias, o que obrigou o uso de sonda no paciente.

“É bastante incômodo ficar desse jeito. Felizmente teve esse mutirão e a minha esperança é fazer a cirurgia para que esse problema pare de me incomodar”, disse enquanto aguardava a sua vez de realizar o procedimento.

Capacitação

O Hospital reservou duas salas do centro cirúrgico para realização de procedimentos simultâneos. Os atendimentos fazem parte de um curso de treinamento em enucleação endoscópica com Holmium Laser (HoLEP) do SCOLLA – Centro de Treinamento Cirúrgico.

Após aulas teóricas, 12 médicos cirurgiões acompanharam as cirurgias para aprender a técnica que utiliza tecnologia de ponta. A capacitação continuada é fundamental para os profissionais estarem aptos a atuar com o que existe de mais moderno na medicina.

O médico urologista Ruimário Coelho, coordenador do curso, explica que a doença em questão é mais comum com o avanço da idade e chega a atingir 80% dos homens acima dos 90 anos.

“É uma condição comum na terceira idade e que afeta diretamente a qualidade de vida dos pacientes, pois com o aumento da próstata há uma compressão e estreitamento da uretra. Se não for tratada, a HBP pode evoluir para quadros mais graves e em alguns casos pode levar à insuficiência renal”, enfatiza.