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Universidade Mackenzie promove Conferência sobre o Futuro da Educação Básica

Palestrantes destacam desafios e caminhos para a formação de professores e a qualidade do ensino 

16.06.202318h14 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Na última quinta-feira, 15 de junho, a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) realizou a Conferência do Núcleo de Estudos Avançados (NEA), da série “O Futuro da Universidade”, dessa vez o tema debatido foi A Universidade e a Formação de Professores para a Educação Básica. As palestras foram proferidas pela diretora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), Carlota Boto, em conjunto com o professor emérito da Universidade Federal de Pernambuco e titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do Instituto de Estudos Avançados da USP – Ribeirão Preto, Mozart Neves. 

“Todos nós temos em nossa mente e coração a lembrança daqueles que contribuíram para o desenvolvimento da nossa formação. Os professorem marcam a vida das pessoas, por isso parabenizo a todos aqui presentes e incentivo eventos como esse”, expressou o reitor Marco Tullio de Castro Vasconcelos.  

Segundo Mozart Neves, a pandemia catalisou alguns dos desafios da educação, mas também trouxe a importância de usar novas tecnologias de maneira adequada no processo de ensino e aprendizado. Ele ainda afirmou que a universidade precisa “olhar para o retrovisor, mas também olhar para onde aponta o farol”, já que vivemos um momento de reformas curriculares. 

O especialista também enfatizou a necessidade de seguirmos o artigo 205 da Constituição. “Precisamos de uma educação que desenvolva plenamente as pessoas de tal maneira que elas podem exercer a cidadania, e preparar as pessoas para o mundo do trabalho”, explicou. 

Segundo Carlota, mais da metade das crianças do 2° ano não estão alfabetizadas, se pensarmos alfabetização como ler e articular palavras num contexto de significado. “Quando a criança não é alfabetizada na idade certa, aumentam as chances imediatas e futuras de evasão, reprovação e desistência. No caso das desistências, por exemplo, sete em cada dez alunos desistem da formação de professor em exatas”, afirmou. 

A diretora da FEUSP ainda explicou que a democratização do ensino ocorre em gerações, simbolizando três etapas. A primeira corresponde ao desafio de colocar todas as crianças na escola, estendendo as oportunidades de ensino para dar acesso. O segundo momento, que ainda vivemos, é a luta pelo ensino de qualidade. Já a terceira etapa ocorre na atualização dos conteúdos escolares, incorporando saberes voltados à diversidade, à criatividade, e à consciência emocional. 

Ainda durante a Conferência, a professora de Letras e moderadora do evento, Maria Lucia Vasconcelos, mencionou que a UPM nasceu com a intenção de educar e, por isso, é importante que não se perca a gênese da Instituição. “Enquanto não melhorar a sala de aula da educação básica, teremos problemas em todas as áreas da universidade”, salientou. 

O evento ainda contou com uma devocional proferida pelo reverendo Gildásio Reis.