Nesta quarta-feira, 8 de setembro, é comemorado o Dia Mundial da Alfabetização, data criada em 1967 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco), como uma forma de combater um dos maiores problemas sociais que existem no mundo: o analfabetismo.
De acordo com dados divulgados em 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a situação ainda é bastante grave no Brasil, com aproximadamente 11 milhões de pessoas com 15 anos ou mais, analfabetos, o equivalente a 6,6% da população brasileira. Outro dado preocupante diz respeito ao analfabetismo funcional, que por definição são pessoas que sabem identificar palavras, números, assinar o nome e ler pequenas frases, porém, não são capazes de compreender ou entender o que leem. Este problema atinge 29% dos brasileiros.
Combater o analfabetismo é uma necessidade, pois todos devem ter acesso e condições iguais de participação na vida em sociedade, por isso, aprender a ler e a escrever é tão importante. Neste sentido, a Escola Presbiteriana AEJA Mackenzie tem como objetivo proporcionar para jovens e adultos a oportunidade de aprender e conquistar o diploma no Ensino Médio.
“A alfabetização transforma completamente a vida do indivíduo. Ler abre oportunidades, não só de melhor colocação no trabalho, mas de melhor compreensão da vida, dos direitos e deveres enquanto cidadão, além de facilitar demais o dia a dia em atividades básicas”, explica a diretora da AEJA, Márcia Nepomuceno.
De acordo com a diretora, são muito diversas as razões que impedem uma pessoa de ter um ensino no período regular: ter que trabalhar muito cedo para ajudar a família, a falta de acesso à escola na infância ou outras dificuldades que impediram estudos. Por isso, a existência da Educação para Jovens e Adultos (EJA), como forma de proporcionar uma segunda chance de aprendizado é tão importante.
“No contexto brasileiro, a nossa escola tem papel relevante a fim de reduzir o déficit educacional e o alto índice de analfabetos, inclusive o analfabetismo funcional, potencializando o acesso ou retorno dos indivíduos aos estudos a fim de capacitá-los ampliando as oportunidades sociais, formando os cidadãos para que tenham acesso a qualificação para o trabalho e melhoria na qualidade de vida, e se tornarem mais produtivos e ativos socialmente”, explica Nepomuceno.
Na AEJA Mackenzie, 23 turmas se formaram no Ensino Médio entre 2009 e 2021 e mais 800 jovens e adultos foram impactados pelo ensino. “Saber ler e escrever na vida adulta é ter maior independência e liberdade”, finaliza.
Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho.
Salmos 32:8