O Programa Mackenzie Inclusão (PMI), do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), junto ao Programa de Orientação e Atenção aos Discentes (PROATO) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e o Centro de Comunicação e Letras (CCL) da UPM, realizou no mês de abril a ação “Diálogos sobre Inclusão e Acessibilidade”, que teve o intuito de capacitar e conscientizar os professores da graduação sobre acessibilidade e inclusão de alunos com deficiência.
A palestrante, professora do Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT) da UPM, Aline Martins, orientou os participantes sobre métodos avaliativos e adaptações que podem ser feitas para que o aluno com deficiência tenha melhor compreensão dos conteúdos. Já o intérprete de libras, Roberto Cardoso, explicou de forma detalhada o papel que o profissional desempenha ao acompanhar o aluno em suas aulas.
A formação aconteceu em dois encontros, cada um com duração de uma hora e meia, destinando 20 minutos aos palestrantes e os 50 minutos restantes sendo abertos para os docentes relatarem seus maiores desafios ao atenderem alunos com deficiência e poderem tirar eventuais dúvidas.
O coordenador do PROATO, Rinaldo Molina, conta que a ação surgiu através de uma conversa com a direção do CCL, em que foi falado sobre a necessidade de apoiar os professores no ensino e aprendizagem de um aluno surdo ingressante de um dos cursos da unidade acadêmica. “Os professores se sentiam inquietos sobre como oferecer a esse aluno um ensino que fosse eficaz. Com o objetivo de auxiliá-los, oferecemos encontros de formação com especialistas na área de educação para surdos”, relata.
Os encontros contaram com 16 professores convidados e o material foi gravado para que demais docentes pudessem acessar. A responsável técnica do Programa Mackenzie de Inclusão, Cristiane Lico, que faz parte da equipe da Coordenação de Gestão por Competências da Superintendência de Gestão de Pessoas e Serviços (SUPES) do IPM, afirma que o programa atua conscientizando equipes e gestores ao receberem as pessoas com deficiência.
Cristiane ainda ressalta que “o PMI trabalha auxiliando também os professores e alunos durante o processo de ensino e aprendizagem, a partir de diálogos como este e as providências dos recursos, com o objetivo de promover a acessibilidade nas aulas e atividades extra aulas”, adiciona.
"Entendemos que, como uma renomada instituição de ensino, temos a responsabilidade de preparar cada vez melhor nosso corpo docente, valorizando cada vez mais nossa história de inclusão e responsabilidade social iniciada há mais de 150 anos", afirma Cristiane.
Para o diretor do CCL, professor Marcos Nepomuceno, participar dos diálogos sobre inclusão e acessibilidade permite que o tema seja trazido para o cotidiano da instituição de ensino, construindo, assim, pontes entre as políticas institucionais e a prática docente.
“Educadores precisam ter a ciência de que há uma rede de apoio nesse esforço - como a parceria do CCL com o PROATO e o PMI -, pois são eles que vivenciam as necessidades de acolhimento e adaptação para cada indivíduo. Só com muito diálogo e qualificação de nossa comunidade acadêmica poderemos melhorar a inclusão em sala de aula", finaliza Nepomuceno.