A pesquisadora e professora, Camila Maroneze, do Instituto Mackenzie de Pesquisas em Grafeno e Nanotecnologias (MackGraphe), do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), e docente da Escola de Engenharia (EE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), recebeu destaque na entrega do 24º Prêmio Inventor Petrobras, por conta de uma patente depositada em parceria com a petrolífera brasileira.
“A conquista deste prêmio foi resultado de um trabalho árduo em equipe, com professores e alunos em diferentes níveis de formação acadêmica, guiados por um objetivo bem definido e com todo o apoio financeiro e administrativo necessários para que os desafios fossem superados”, destacou a pesquisadora.
Camila Maroneze recebeu o prêmio na última segunda-feira, 29 de abril. A patente premiada foi intitulada de Processo de Obtenção de Membranas de Óxido de Grafeno Reduzido, Membranas Obtidas com esse Método e seus usos em Processo de Separação.
“As membranas de óxido de grafeno reduzido podem ser utilizadas em aplicações que envolvem principalmente separações de espécies iônicas, moleculares e biológicas em fase líquida e gasosa, como o tratamento de águas e efluentes industriais e/ou purificação de gases”, explicou a docente.
O processo descreve um método para obter membranas de óxido de grafeno reduzido (rGO). Esse método possibilita a obtenção de membranas rGO com alto grau de redução, estabilidade, homogeneidade e forte aderência em substratos porosos, sendo adequadas para aplicações que envolvem separação de espécies iônicas, moleculares e biológicas em fase líquida e gasosa, como o tratamento de águas e efluentes industriais e/ou purificação de gases.
Essa inovação visa aumentar a eficiência do processo de osmose reversa e, consequentemente, reduzir os altos custos operacionais. Isso é alcançado através de três aspectos principais: aumento do tempo de vida útil das membranas de osmose reversa; aumento da resistência química das membranas ao cloro; e aumento da eficiência energética do processo.
“Neste momento, eu diria que o trabalho desenvolvido tem um bom potencial de se tornar uma inovação na área de tratamento de água. Ainda não está no mercado e sendo comercializado, portanto, ainda precisaria de algumas etapas para se tornar de fato uma inovação”, finaliza Maroneze.
O diretor do MackGraphe, Benedito Guimarães Aguiar Neto, celebrou a conquista. “O prêmio tem um grande significado, pois é resultado de uma demanda que gerou patente e, também, pelo reconhecimento da excelência do trabalho realizado pela Camila Maroneze”, apontou.
A pesquisa é fruto do projeto Desenvolvimento de Tecnologia Inovadora para Tratamento de Águas e Efluentes por Meio de Nanomateriais (2019-2023), idealizado e coordenado pela professora.
O Prêmio Inventor Petrobras reconhece os pesquisadores e os colaboradores da petroleira que contribuíram para inovação na empresa através de depósito de patentes além de seu potencial de impacto, para que a empresa se mantenha dentre as mais inovadoras do país no setor de óleo e gás.