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Universidade Mackenzie participa da formação dos primeiros doutores de Timor-Leste

Grupo com 13 alunos da Universidade Nacional de Timor-Leste cursa o Programa de Pós-Graduação em Letras junto ao Mackenzie

21.06.202417h57 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Universidade Mackenzie participa da formação dos primeiros doutores de Timor-Leste

Na última terça-feira, 18 de junho, aconteceu a abertura do III Seminário Internacional DINTER do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), em parceria com a Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL). O programa visa formar doutores para atuarem no país, contribuindo com educação e desenvolvimento do Timor-Leste.

Localizado no Sudeste Asiático, o Timor-Leste é um pequeno e jovem país que teve sua independência conquistada apenas em 2002 e tem o Português como língua oficial. “A ação do Mackenzie junto ao Timor-Leste, especificamente com a UNTL, começou há 23 anos. Ao longo do tempo, trabalhamos com os timorenses e desenvolvemos uma série de ações e projetos”, contou a coordenadora geral do DINTER, professora Regina Pires de Brito. 

Entre essas ações está o DINTER, doutorado interinstitucional internacional, que surgiu em 2021. “Logo que começou a pandemia, a professora Regina sinalizou a necessidade de realizar o DINTER com o Timor-Leste e a ideia foi acolhida junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A aprovação foi fantástica, não apontaram nenhum tipo de correção”, contou a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UPM, Maria Cristina Trigueiro. 

“Criamos um modelo diferente de DINTER porque, normalmente, é preciso ficar seis meses na instituição que acolhe, no caso, o Mackenzie. Nós, professores, fomos ao Timor-Leste duas vezes e ministramos as disciplinas em caráter intensivo, para que os alunos, que são docentes da UNTL, pudessem continuar dando aulas, pois a Universidade ficaria sem professores se fosse diferente”, detalhou a professora Brito. 

O DINTER iniciou, efetivamente, no final de 2022 e terá a duração de 30 meses, com a defesa da tese prevista para agosto de 2025, no país asiático. O grupo, com 13 doutorandos, chegou ao Brasil no dia 04 de junho para um período de 20 dias com muitas atividades culturais e acadêmicas, entre elas, a qualificação, na qual todos foram aprovados. 

“Vamos possibilitar que esses professores e futuro doutores possam formar a primeira pós-graduação da UNTL, exclusivamente com docentes timorenses. O impacto é dar autonomia a partir do doutoramento deles, na área de Letras”, completou Brito. 

Os alunos timorenses  

A doutoranda e docente da língua portuguesa na UNTL, Flávia Maria Augusta Martins, disse que “o Brasil é um país lindo e a Universidade Mackenzie é excelente e muito acolhedora, todos tiveram muita atenção conosco”. 

Já o doutorando e docente da língua inglesa da UNTL, Marcos Antônio Amaral, também destacou que o grupo foi muito bem cuidado e que sente orgulho da oportunidade de cursar o doutorado a partir da parceria com uma instituição brasileira. “Estou aqui para aprender e, com os conhecimentos que adquiri, principalmente em línguas e literatura, pretendo continuar como docente na UNTL e contribuir com o meu país na área da educação”, declarou. 

A professora Regina Brito compartilhou a vivência dos alunos durante os 20 dias no Brasil. “Muitos nunca saíram da Ásia, eles não conhecem o metrô, os ônibus, a vida em uma metrópole como São Paulo. Estão felizes e encantados pela experiência cultural, alguns até falam que preferiam que a defesa fosse feita aqui”. 

Confira a fala de algumas autoridades presentes

“Agradeço a entrega da Universidade Mackenzie à imensa tarefa na formação de doutores. Ao falar em cooperação, devemos destacar o papel da construção do Estado com o apoio das universidades privadas, por isso parabenizo o Mackenzie por nos proporcionar a formação de doutores, pois, para um novo Timor, tem de se fazer de uma nova maneira”. 
Maria Ângela Guterres, embaixadora de Timor-Leste no Brasil 

“O relacionamento entre Brasil e Timor-Leste é algo muito especial para o Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM). Só temos que celebrar o encontro e a participação conjunta dos dois países e das duas universidades que se complementam. Vocês, do Timor, são muito bem-vindos à nossa casa”. 
Luiz Roberto Martins Rocha, diretor de Infraestrutura e Saúde e presidente em exercício do IPM

“É um momento de gratidão e reafirmação de compromisso. Desejo vida longa ao Timor-Leste e que possamos sempre ouvir boas notícias do desenvolvimento da Universidade Nacional de Timor-Leste”. 
Marco Tullio de Castro Vasconcelos, reitor da UPM 

“O Programa de Letras é uma formação de excelência que podemos oferecer para legitimar a língua portuguesa no Timor-Leste. Para nós, mackenzistas, é uma grande honra tê-los na nossa Universidade, e os títulos de doutores, que receberão em 2025, têm uma série fatores contextuais que enaltecem essa titulação”. 
Maria Cristina Trigueiro, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UPM 

“Gostaria de agradecer o acolhimento que recebemos. O Programa com o Mackenzie é um passo muito importante para o presente e para o futuro da Universidade Nacional de Timor-Leste, quando chegar o momento de criar o nosso próprio curso de doutorado”. 
João Soares Martins, reitor da UNTL 

“É uma alegria e privilégio para o Centro de Comunicação e Letras (CCL) receber os nossos colegas do Timor-Leste. Precisamos agir conjuntamente para buscarmos soluções para as nossas mazelas e construir conjuntamente um mundo melhor, acredito que seja o desejo de todos nós que trabalhamos com educação”. 
Rafael Fonseca Santos, diretor do CCL da UPM 

Participaram, ainda, do evento o adido da educação da Embaixada de Timor-Leste no Brasil, Marcelino Ximenes Magno; o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UNTL, Afonso de Almeida; pró-reitor de Extensão e Cultura da UPM, Cleverson Pereira de Almeida; o pró-reitor de Planejamento e Administração da UPM, Wallace Sabainni; o professor Vicente Paulino, representando o coordenador em Timor-Leste do DINTER, professor Benjamim Corte Real; e a assessora da coordenação em Timor-Leste do DINTER, professora Karin Indart.