06.12.2019 - EM Atualidades
No contexto de uma sociedade na qual o jovem prioriza viver experiências, a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) promoveu, na quinta-feira, dia 5 de dezembro, o Pitch Day do Programa de Pré-Aceleração INOVAMACK, realizado pela Coordenadoria de Desenvolvimento e Inovação (CDI) em parceria com a Aceleradora Bluefields. O evento, sediado no auditório João Calvino do campus Higienópolis do Mackenzie, teve como objetivo apresentar as startups de empreendedores mackenzistas que participaram do Programa de Pré-Aceleração para possíveis investidores. O reitor da UPM, Benedito Guimarães Aguiar Neto, esteve presente.
O fundador e CEO da Acelera Bluefields, Paulo Humaitá, explica que o termo Pitch vem do inglês pitching, que no jogo de baseball significa o momento que a bola é lançada. “A ideia é o empreendedor lançar sua ideia, contar o que está querendo fazer, sua estratégia, o modelo de negócio, quanto dinheiro é preciso, etc. Tudo em um tempo determinado”. Neste caso, o Pitch foi uma breve apresentação das startups, feita em quatro minutos e dividida em dois blocos. Os investidores convidados externos eram Luciano Touguinha e Marco Poli; enquanto Danilo Dupas, gerente do fundo MackPesquisa, e Leandro Nunes de Castro, coordenador do CDI, tiveram cinco minutos para tirar suas dúvidas após a exposição das ideias inovadoras das seis empresas.
O responsável pelo CDI, Leandro Nunes de Castro, conta que o Programa de Pré-Aceleração teve aproximadamente oito semanas de duração, com início em outubro, e a jornada empreendedora foi executada em quatro etapas: idealização, validação, aceleração e crescimento.
“O programa é como se fosse um funil, começamos com uma determinada quantidade de empresas e as startups que conseguiram atingir as metas chegam a esse momento de apresentação”, diz. O coordenador também falou que a abertura de um concurso de empreendedorismo para alunos e empreendedores foi a origem do projeto desenvolvido e executado pela CDI e Bluefields.
Em um processo bem dinâmico, representantes das seis startups ficaram frente a frente com a banca formada pelos investidores, que ao contrário de um processo de Pitch convencional, só tinham acesso ao nome da empresa e uma pequena ideia da proposta de cada uma. No final, houve feedback, uma avaliação dos investidores em relação à maturidade dos negócios.
Diferentes segmentos de atuação foram apresentados pelas startups. A Edumap é voltado para a educação, a Faz Bem mapeia lugares para doação, a Canolli busca recuperar o vínculo entre cliente e padaria com serviço a domicílio, a Cuidadores da Alma é voltada para o atendimento psicológico de idosos, a TPlan tem o objetivo de programar todo o planejamento e roteiros de viagens e a Trim visa o empréstimo de aparelhos celulares de última linha.
Para Castro, a importância do protagonismo empreendedor na Universidade é devido à oportunidade de propor novas soluções para o mercado, que demanda as soft-skills, isto é, habilidade humanas como liderança, gestão de conflitos, resolução de problemas, que são trabalhadas em programas de empreendedorismo e aceleração e até na capacitação de desenvolvimento de negócios como alternativa de carreira.
“O que a gente observa hoje no mercado é uma abertura muito grande da indústria, do setor produtivo, das empresas para programas de inovação aberta. Um desafio é colocado e aberto para a universidade, startups ou empreendedores para que possam propor a resolução desse problema”, complementa o coordenador.
Entre as apresentações de Pitch, houve uma dinâmica com o público presente no auditório. Foram formadas duplas entre pessoas que estavam próximas e que não se conheciam, e ambas tinham três chances para descobrir o nome do parceiro e depois o sonho de vida dele.
Cenário do surgimento das startups
De acordo com Humaitá, a internet pode ser considerada um dos fatores para o surgimento das startups porque este ambiente tem gerado experiências digitais e novas oportunidades de negócios. “Hoje em dia, com zero reais é possível abrir um site e começar a vender um produto, o que possibilitou novos entrantes, novos empreendedores, e a startup é basicamente isso, tentar usar a tecnologia ou alguma inovação em um mercado”.
Castro aponta a crise e o ambiente regulatório mais favorável como outros fatores para as pessoas pensarem no empreendedorismo como um alternativa para gerar renda. “Hoje é possível abrir uma startup com muito menos recurso financeiro do que antes, a Lei do Investidor Anjo cria um ambiente de financiamento aos empreendedores, então existe mais recurso disponível para geração desses novos negócios e ideias”.
Sobre os realizadores
A CDI é a área vinculada à reitoria da UPM que faz a gestão de todo o ecossistema de inovação e empreendedorismo, batizada recentemente de INOVAMACK, que abrange infraestruturas como as incubadoras.
Já a Bluefields é uma aceleradora de startups com foco em tecnologia e impacto social, que acelerou mais de 100 startups e mais de 205 empreendedores desde 2016, e tem a meta de acelerar 500 empreendedores até 2022.